Virgílio de Melo Franco: diferenças entre revisões
Comecei a fazer adições à história de vida de Virgílio |
|||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{Info/Biografia/Wikidata}} |
{{Info/Biografia/Wikidata}} |
||
'''Virgílio Alvim de Melo Franco''' ([[Ouro Preto]], [[12 de julho]] de [[1897]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[29 de outubro]] de [[1948]]) foi um [[político]] e [[jornalista]] [[brasil]]eiro. Teve participação política na época do início do Governo Vargas, sendo inicialmente apoiador do presidente e depois trabalhando como oposição, assim que perdeu uma disputa política por causa da nomeação de Benedito Valadares para um cargo de destaque em Minas Gerais. Sempre dedicado à vida política, foi morto no Rio de Janeiro, em 1948 em um assassinato cometido por um ex-empregado seu. As resoluções do crime até hoje não foram esclarecidas |
'''Virgílio Alvim de Melo Franco''' ([[Ouro Preto]], [[12 de julho]] de [[1897]] — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[29 de outubro]] de [[1948]]) foi um [[político]] e [[jornalista]] [[brasil]]eiro. Teve participação política na época do início do Governo Vargas, sendo inicialmente apoiador do presidente e depois trabalhando como oposição, assim que perdeu uma disputa política por causa da nomeação de Benedito Valadares para um cargo de destaque em Minas Gerais. Sempre dedicado à vida política, foi morto no Rio de Janeiro, em 1948 em um assassinato cometido por um ex-empregado seu. As resoluções do crime até hoje não foram esclarecidas.<ref name=":0">{{Citar periódico|data=2010-12|titulo=Teses e dissertações do Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV defendidas em 2010|url=http://dx.doi.org/10.1590/s0103-21862010000200013|jornal=Estudos Históricos (Rio de Janeiro)|volume=23|numero=46|paginas=398–410|doi=10.1590/s0103-21862010000200013|issn=0103-2186}}</ref> |
||
Formou-se pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em [[1918]], atual [[Faculdade Nacional de Direito]] da [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (UFRJ). Sua entrada na política aconteceu com apenas 25 anos de idade, em [[1922]] foi eleito [[deputado estadual]] por Minas Gerais pela legenda do [[Partido Republicano Mineiro]] (PRM), depois foi [[deputado federal]] e [[deputado constituinte|constituinte]] de [[1933]]. |
Formou-se pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em [[1918]], atual [[Faculdade Nacional de Direito]] da [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (UFRJ). Sua entrada na política aconteceu com apenas 25 anos de idade, em [[1922]] foi eleito [[deputado estadual]] por Minas Gerais pela legenda do [[Partido Republicano Mineiro]] (PRM), depois foi [[deputado federal]] e [[deputado constituinte|constituinte]] de [[1933]]. |
||
==== Família política ==== |
|||
Virgílio fazia parte de uma família atuante politicamente e seguiu os passos do pai e do irmão, que tiveram importantes cargos e posições políticas ao longo da vida. Filho de [[Afrânio de Melo Franco]], que teve importante carreira tanto no governo como no Parlamento na época da República Velha e mais tarde se tornou o primeiro ministro das Relações Exteriores do Brasil após a Revolução de 30, o pai teve grande importância na carreira escolhida por Virgílio. Além dele, seu irmão [[Afonso Arinos de Melo Franco (sobrinho)|Afonso Arinos de Melo Franco]] também trabalhou neste universo e seguiu os passos do pai, chefiando o ministério das Relações Exteriores na [[década de 1960]]. |
|||
Virgílio fazia parte de uma família atuante politicamente e seguiu os passos traçados pelo pai e irmãos, que tiveram importantes cargos e posições políticas ao longo da vida. Mas antes mesmo deles, a participação de seus avôs no quadro político brasileiro influenciou o rumo da família em uma época tão importante para o país. Seu avô paterno, [[Virgílio Martins Ferreira de Melo Franco|Virgílio Martins de Melo Franco]], foi deputado provincial no Império e senador estadual em Minas Gerais entre 1892 e 1923. Não menos importante, seu avô materno, [[Cesário Alvim]], foi deputado geral por Minas e presidente da província do Rio de Janeiro durante o Império. Na República, governou Minas de 1889 a 1890 e de 1890 a 1892, foi ministro da Justiça em 1890 e prefeito do Distrito Federal de 1898 a 1900.<ref name=":0" /> |
|||
Virgílio era filho de [[Afrânio de Melo Franco]], que teve importante carreira tanto no governo como no Parlamento na época da República Velha e mais tarde se tornou o primeiro ministro das Relações Exteriores do Brasil após a Revolução de 30. Ele foi ainda presidente da Comissão Constitucional designada em 1934 para elaborar um anteprojeto de Constituição, voltando depois a atuar na política mineira como constituinte e deputado estadual de 1934 a 1937. Seu tio, [[Afonso Arinos de Melo Franco]], foi uma influência literário dentro de casa, já que foi escritor da escola regionalista, autor de ''Pelo sertão'' e membro da Academia Brasileira de Letras, podendo ter sido fundamental para Virgílio escolher uma carreira política ligada com a jornalística. Além deles, Virgílio tinha dois irmãos. Um que levava o nome do tio, [[Afonso Arinos de Melo Franco (sobrinho)|Afonso Arinos de Melo Franco]] também trabalhou neste universo e seguiu os passos do pai, chefiando o ministério das Relações Exteriores na [[década de 1960]]. Ele também foi deputado federal por Minas Gerais desde a Constituinte de 1946 até 1959, senador pelo Distrito Federal e, depois, pelo estado da Guanabara de 1959 a 1967 e ministro das Relações Exteriores em 1961 e em 1962. Escritor, tornou-se também membro da Academia Brasileira de Letras. Outro irmão seu, Caio de Melo Franco, diplomata de carreira, foi embaixador do Brasil na França de 1953 a 1955.<ref name=":0" /> |
|||
Apoiou a [[Aliança Liberal]] e a [[Revolução de 1930]]. Treze anos depois, foi um dos signatários do [[Manifesto dos Mineiros]] contra a [[Estado Novo (Brasil)|ditadura Vargas]], e um dos fundadores da [[União Democrática Nacional]] (UDN) na redemocratização em [[1945]], partido que presidiu. |
Apoiou a [[Aliança Liberal]] e a [[Revolução de 1930]]. Treze anos depois, foi um dos signatários do [[Manifesto dos Mineiros]] contra a [[Estado Novo (Brasil)|ditadura Vargas]], e um dos fundadores da [[União Democrática Nacional]] (UDN) na redemocratização em [[1945]], partido que presidiu. |
||
<ref name=":0" />''(Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930''. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001) http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/virgilio-alvim-de-melo-franco |
|||
<ref>{{citar web|url=http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/virgilio-de-melo-franco-trajetoria-politica-e-jornalistica|titulo=Virgílio de Melo Franco: Trajetória política e jornalística|data=2013|acessodata=26/09/18|publicado=Universidade Federal de Ouro Preto|ultimo=Flávia Salles Ferro|primeiro=Flávia}}</ref>http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/virgilio-de-melo-franco-trajetoria-politica-e-jornalistica |
|||
{{esboço-políticobra}} |
{{esboço-políticobra}} |
Revisão das 14h57min de 26 de setembro de 2018
Virgílio de Melo Franco | |
---|---|
Nascimento | 12 de julho de 1897 Ouro Preto |
Morte | 29 de outubro de 1948 |
Cidadania | Brasil |
Progenitores | |
Irmão(ã)(s) | Afonso Arinos de Melo Franco |
Ocupação | jornalista, político |
Virgílio Alvim de Melo Franco (Ouro Preto, 12 de julho de 1897 — Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1948) foi um político e jornalista brasileiro. Teve participação política na época do início do Governo Vargas, sendo inicialmente apoiador do presidente e depois trabalhando como oposição, assim que perdeu uma disputa política por causa da nomeação de Benedito Valadares para um cargo de destaque em Minas Gerais. Sempre dedicado à vida política, foi morto no Rio de Janeiro, em 1948 em um assassinato cometido por um ex-empregado seu. As resoluções do crime até hoje não foram esclarecidas.[1]
Formou-se pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1918, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua entrada na política aconteceu com apenas 25 anos de idade, em 1922 foi eleito deputado estadual por Minas Gerais pela legenda do Partido Republicano Mineiro (PRM), depois foi deputado federal e constituinte de 1933.
Família política
Virgílio fazia parte de uma família atuante politicamente e seguiu os passos traçados pelo pai e irmãos, que tiveram importantes cargos e posições políticas ao longo da vida. Mas antes mesmo deles, a participação de seus avôs no quadro político brasileiro influenciou o rumo da família em uma época tão importante para o país. Seu avô paterno, Virgílio Martins de Melo Franco, foi deputado provincial no Império e senador estadual em Minas Gerais entre 1892 e 1923. Não menos importante, seu avô materno, Cesário Alvim, foi deputado geral por Minas e presidente da província do Rio de Janeiro durante o Império. Na República, governou Minas de 1889 a 1890 e de 1890 a 1892, foi ministro da Justiça em 1890 e prefeito do Distrito Federal de 1898 a 1900.[1]
Virgílio era filho de Afrânio de Melo Franco, que teve importante carreira tanto no governo como no Parlamento na época da República Velha e mais tarde se tornou o primeiro ministro das Relações Exteriores do Brasil após a Revolução de 30. Ele foi ainda presidente da Comissão Constitucional designada em 1934 para elaborar um anteprojeto de Constituição, voltando depois a atuar na política mineira como constituinte e deputado estadual de 1934 a 1937. Seu tio, Afonso Arinos de Melo Franco, foi uma influência literário dentro de casa, já que foi escritor da escola regionalista, autor de Pelo sertão e membro da Academia Brasileira de Letras, podendo ter sido fundamental para Virgílio escolher uma carreira política ligada com a jornalística. Além deles, Virgílio tinha dois irmãos. Um que levava o nome do tio, Afonso Arinos de Melo Franco também trabalhou neste universo e seguiu os passos do pai, chefiando o ministério das Relações Exteriores na década de 1960. Ele também foi deputado federal por Minas Gerais desde a Constituinte de 1946 até 1959, senador pelo Distrito Federal e, depois, pelo estado da Guanabara de 1959 a 1967 e ministro das Relações Exteriores em 1961 e em 1962. Escritor, tornou-se também membro da Academia Brasileira de Letras. Outro irmão seu, Caio de Melo Franco, diplomata de carreira, foi embaixador do Brasil na França de 1953 a 1955.[1]
Apoiou a Aliança Liberal e a Revolução de 1930. Treze anos depois, foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros contra a ditadura Vargas, e um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN) na redemocratização em 1945, partido que presidiu.
[1](Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001) http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/virgilio-alvim-de-melo-franco
[2]http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/virgilio-de-melo-franco-trajetoria-politica-e-jornalistica
- ↑ a b c d «Teses e dissertações do Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV defendidas em 2010». Estudos Históricos (Rio de Janeiro). 23 (46): 398–410. Dezembro de 2010. ISSN 0103-2186. doi:10.1590/s0103-21862010000200013
- ↑ Flávia Salles Ferro, Flávia (2013). «Virgílio de Melo Franco: Trajetória política e jornalística». Universidade Federal de Ouro Preto. Consultado em 26 de setembro de 2018