Acetato de polivinila: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Acréscimo de um tópico sobre as técnicas de polimerização usadas para sintetizar o PVAc.
Erros de pontuação e de digitação do foram corrigidos.
Linha 39: Linha 39:
}}
}}


{{PBPE|Poli(acetato de vinila) '''PVAc'''|Acetato de Polivinilo}}<ref>{{Citar web|url=https://biblioteca.fe.up.pt/arquivo/glossario/acetato-de-polivinilo/|titulo=Acetato de polivinilo - Arquivo da FEUP|data=|acessodata=2016-07-16|obra=biblioteca.fe.up.pt|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> é um polímero sintético, termoplástico, insípido e inodoro<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. Por isso, é muito utilizado na indústria para a produção de cola de madeira, tinta, materiais de construção, etc. Ele é preparado pela [[polimerização]] do [[acetato de vinila]]. Além disso, ele é o usado para produzir o Poli(álcool polivinílico) PVA, pois não é viável produzir o PVA a partir do seu monômero, que é instável<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/940850088|título=Polymer science and technology|ultimo=Ebewele, Robert Oboigbaotor.|data=2000|editora=CRC Press|isbn=9781420057805|oclc=940850088}}</ref>. A parcial ou completa [[hidrólise]] deste polímero é usada para preparar o [[álcool de polivinila]]. Ele foi descoberto na [[Alemanha]] pelo Dr. [[Fritz Klatte]] em [[1912]].
{{PBPE|Poli(acetato de vinila) '''PVAc'''|Acetato de Polivinilo}}<ref>{{Citar web|url=https://biblioteca.fe.up.pt/arquivo/glossario/acetato-de-polivinilo/|titulo=Acetato de polivinilo - Arquivo da FEUP|data=|acessodata=2016-07-16|obra=biblioteca.fe.up.pt|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> é um polímero sintético, termoplástico, insípido e inodoro<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. Por isso, é muito utilizado na indústria para a produção de cola de madeira, tinta, materiais de construção, etc. Ele é preparado pela [[polimerização]] do [[acetato de vinila]]. Além disso, ele é o usado para produzir o Poli(álcool polivinílico) PVA, pois não é viável produzir o PVA a partir do seu monômero, que é instável<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/940850088|título=Polymer science and technology|ultimo=Ebewele, Robert Oboigbaotor.|data=2000|editora=CRC Press|isbn=9781420057805|oclc=940850088}}</ref>. Ele foi descoberto na [[Alemanha]] pelo Dr. [[Fritz Klatte]] em [[1912]].


O PVA é vendido como uma [[emulsão]] em água, como um [[adesivo]] para materiais [[porosidade|porosos]], como a [[madeira (material)|madeira]]. De fato, é muito usado para colar derivados da madeira. A "cola branca" ou cola escolar e a "cola amarela" pode ser usada para colar [[madeira]], como isolante, como aditivo para [[cal]],<ref>{{citar web|url=http://dourocom.pt/duquebel/images/fichas/507-FIXADORDECALrev2.pdf|titulo=Fixador de cal|data=|acessodata=2016-07-24|publicado=}}</ref> ou como recobrimento protector alimentar para o tratamento externo durante a maturação dos [[queijo]]s.<ref>{{Citar web|url=http://tecnilac.pt/derplast-e-pro/|titulo=Derplast E-PRO; Tecnilac|data=|acessodata=2016-07-16|obra=tecnilac.pt|publicado=}}</ref> Experimentalmente tenta-se a incorporação de PVA em [[argamassa]]s.<ref>{{citar web|url=https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/30312/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Pedro%20Carvalho_2012.pdf|titulo=Betões e Argamassas Modificados com Incorporação de PVA|data=2012|acessodata=2016-07-16|publicado=Universidade do Minho; Escola de Engenharia|ultimo=Carvalho|primeiro=Pedro J.}}</ref>
O PVAc é vendido como uma [[emulsão]] em água, como um [[adesivo]] para materiais [[porosidade|porosos]], como a [[madeira (material)|madeira]]. De fato, é muito usado para colar derivados da madeira. A "cola branca" ou cola escolar e a "cola amarela" pode ser usada para colar [[madeira]], como isolante, como aditivo para [[cal]],<ref>{{citar web|url=http://dourocom.pt/duquebel/images/fichas/507-FIXADORDECALrev2.pdf|titulo=Fixador de cal|data=|acessodata=2016-07-24|publicado=}}</ref> ou como recobrimento protector alimentar para o tratamento externo durante a maturação dos [[queijo]]s.<ref>{{Citar web|url=http://tecnilac.pt/derplast-e-pro/|titulo=Derplast E-PRO; Tecnilac|data=|acessodata=2016-07-16|obra=tecnilac.pt|publicado=}}</ref> Experimentalmente tenta-se a incorporação de PVAc em [[argamassa]]s.<ref>{{citar web|url=https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/30312/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Pedro%20Carvalho_2012.pdf|titulo=Betões e Argamassas Modificados com Incorporação de PVA|data=2012|acessodata=2016-07-16|publicado=Universidade do Minho; Escola de Engenharia|ultimo=Carvalho|primeiro=Pedro J.}}</ref>


Ultimamente, as colas feitas de PVA tem sido muito utilizadas na criação de "[[Geleca|slime]]" ou [[geleca]].
Ultimamente, as colas feitas de PVA tem sido muito utilizadas na criação de "[[Geleca|slime]]" ou [[geleca]].


== Histórico ==
== Histórico ==
O monômero do PVAc, Acetato de Vinila (VA), foi patenteado por um químico alemão chamado Fritz Klatte em 1912<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>.
O PVAc foi patenteado por um químico alemão chamado Fritz Klatte em 1912<ref>{{Citar periódico|data=1910|titulo=Das Reichs-Versicherungsamt|url=http://dx.doi.org/10.1007/978-3-662-26485-0_2|local=Berlin, Heidelberg|publicado=Springer Berlin Heidelberg|paginas=5–28|isbn=9783662243688}}</ref>.


Klatte queria obter uma resina sólida a partir da polimerização do cloro acetato de vinila (C4H5ClO2), mas a reação formou o PVAc, o poli(álcool vinílico) PVA e o poli(vinil butiral) PVB<ref>{{Citar periódico|ultimo=Amann|primeiro=Manfred|ultimo2=Minge|primeiro2=Oliver|data=2011|titulo=Biodegradability of Poly(vinyl acetate) and Related Polymers|url=http://dx.doi.org/10.1007/12_2011_153|local=Berlin, Heidelberg|publicado=Springer Berlin Heidelberg|paginas=137–172|isbn=9783642271533}}</ref>. Somente em 1920, na Alemanha, iniciou-se a produção de PVAc para fins comerciais<ref>{{Citar periódico|ultimo=Amann|primeiro=Manfred|ultimo2=Minge|primeiro2=Oliver|data=2011|titulo=Biodegradability of Poly(vinyl acetate) and Related Polymers|url=http://dx.doi.org/10.1007/12_2011_153|local=Berlin, Heidelberg|publicado=Springer Berlin Heidelberg|paginas=137–172|isbn=9783642271533}}</ref>.
Klatte queria obter uma resina sólida a partir da polimerização do cloro acetato de vinila (C4H5ClO2), mas a reação formou o PVAc, o poli(álcool vinílico) PVA e o poli(vinil butiral) PVB<ref>{{Citar periódico|ultimo=Amann|primeiro=Manfred|ultimo2=Minge|primeiro2=Oliver|data=2011|titulo=Biodegradability of Poly(vinyl acetate) and Related Polymers|url=http://dx.doi.org/10.1007/12_2011_153|local=Berlin, Heidelberg|publicado=Springer Berlin Heidelberg|paginas=137–172|isbn=9783642271533}}</ref>. Somente em 1920, na Alemanha, iniciou-se a produção de PVAc para fins comerciais<ref>{{Citar periódico|ultimo=Amann|primeiro=Manfred|ultimo2=Minge|primeiro2=Oliver|data=2011|titulo=Biodegradability of Poly(vinyl acetate) and Related Polymers|url=http://dx.doi.org/10.1007/12_2011_153|local=Berlin, Heidelberg|publicado=Springer Berlin Heidelberg|paginas=137–172|isbn=9783642271533}}</ref>.
Linha 77: Linha 77:


=== Polimerização em solução ===
=== Polimerização em solução ===
Na polimerização em solução, o monômero, o catalisador e o solvente são misturados formando uma solução que reaja sem aquecimento ou resfriamento<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/940850088|título=Polymer science and technology|ultimo=Ebewele, Robert Oboigbaotor.|data=2000|editora=CRC Press|isbn=9781420057805|oclc=940850088}}</ref>. A vantagens dessa técnica seria a melhor transferência de calor devido à baixa viscosidade do polímero resultante<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/940850088|título=Polymer science and technology|ultimo=Ebewele, Robert Oboigbaotor.|data=2000|editora=CRC Press|isbn=9781420057805|oclc=940850088}}</ref>. No entanto, essa técnica tem desvantagens como a baixa massa molar, difícil remoção do solvente e menor rendimento da reação<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>.
Na polimerização em solução, o monômero, o catalisador e o solvente são misturados formando uma solução que reaja sem aquecimento ou resfriamento<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/940850088|título=Polymer science and technology|ultimo=Ebewele, Robert Oboigbaotor.|data=2000|editora=CRC Press|isbn=9781420057805|oclc=940850088}}</ref>. A vantagens dessa técnica seria a melhor transferência de calor devido à baixa viscosidade do polímero resultante<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/940850088|título=Polymer science and technology|ultimo=Ebewele, Robert Oboigbaotor.|data=2000|editora=CRC Press|isbn=9781420057805|oclc=940850088}}</ref>. No entanto, essa técnica tem desvantagens como a baixa massa molar, difícil remoção do solvente e baixa conversão do monômero<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>.


=== Polimerização por emulsão ===
=== Polimerização por emulsão ===
Linha 83: Linha 83:


== Aplicações ==
== Aplicações ==
O PVAc é muito empregado na forma de dispersão em água<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/829945031|título=Impactos ambientais causados pelos plásticos : uma discussão abrangente sobre os mitos e os dados científicos|ultimo=Magrini, Alessandra.|data=2012|editora=E-papers|isbn=9788576503415|oclc=829945031}}</ref> para produzir a cola de madeira e tinta látex<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. A cola de madeira pode ser utilizada com a finalidade de se fazer [[home repair]] para fazer consertos em pequenos objetos e pequenas reformas em casa. A tintas látex têm grandes vantagens para quem faz [[home repair]], pois elas são estáveis, secam rapidamente e têm um custo relativamente baixo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Ebewele|primeiro=Robert O.|data=2000-03-23|titulo=Polymer Science and Technology|url=http://dx.doi.org/10.1201/9781420057805|doi=10.1201/9781420057805}}</ref>. Por ser atóxico, o PVAc não é nocivo para o homem. Assim, é adequado para o uso casual.
O PVAc é muito empregado na forma de dispersão em água<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/829945031|título=Impactos ambientais causados pelos plásticos : uma discussão abrangente sobre os mitos e os dados científicos|ultimo=Magrini, Alessandra.|data=2012|editora=E-papers|isbn=9788576503415|oclc=829945031}}</ref> para produzir a cola de madeira e tinta látex<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. A cola de madeira pode ser utilizada com a finalidade de se fazer [[home repair]] para consertos em pequenos objetos e pequenas reformas em casa. A tintas látex têm grandes vantagens para quem faz [[home repair]], pois elas são estáveis, secam rapidamente e têm um custo relativamente baixo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Ebewele|primeiro=Robert O.|data=2000-03-23|titulo=Polymer Science and Technology|url=http://dx.doi.org/10.1201/9781420057805|doi=10.1201/9781420057805}}</ref>. Por ser atóxico, o PVAc não é nocivo para o homem. Assim, é adequado para o uso casual.


Outra aplicação importante muito presente no cotidiano seria o uso do PVAc como um dos componentes para produzir o chiclete<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. O PVAc também é utilizado melhorar materiais de construção<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. A emulsão de PVAc misturada com o cimento Portland aumenta a sua resistência mecânica<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. O PVAc, também, é usado para dar mais consistência para tecidos de algodão e fibras sintéticas<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. As emulsões de PVAc também podiam ser usadas para conferir mais tenacidade e flexibilidade para os revestimentos de papel<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>.
Outra aplicação importante muito presente no cotidiano seria o uso do PVAc como um dos componentes para produzir o chiclete<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. O PVAc também é utilizado melhorar materiais de construção<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. A emulsão de PVAc misturada com o cimento Portland aumenta a sua resistência mecânica<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. O PVAc, além disso, é usado para dar mais consistência para tecidos de algodão e fibras sintéticas<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>. As emulsões de PVAc também podiam ser usadas para conferir mais tenacidade e flexibilidade para os revestimentos de papel<ref>{{Citar livro|url=http://worldcat.org/oclc/55921128|título=Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante.|ultimo=Mesquita, Andrea Cercan.|data=2002|oclc=55921128}}</ref>.


== Reciclagem ==
== Reciclagem ==

Revisão das 02h09min de 16 de julho de 2019

 Nota: Para outros significados, veja Acetato de polivinila (desambiguação).
Acetato de Polivinilo
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC butan-2-yl acetate
Outros nomes PVAc, PVA
Identificadores
Número CAS 9003-20-7
PubChem 7758
SMILES
Propriedades
Fórmula molecular (C4H6O2)n
Massa molar 86.09 g/mol
Riscos associados
MSDS MSDS
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Poli(acetato de vinila) PVAc (português brasileiro) ou Acetato de Polivinilo (português europeu)[1] é um polímero sintético, termoplástico, insípido e inodoro[2]. Por isso, é muito utilizado na indústria para a produção de cola de madeira, tinta, materiais de construção, etc. Ele é preparado pela polimerização do acetato de vinila. Além disso, ele é o usado para produzir o Poli(álcool polivinílico) PVA, pois não é viável produzir o PVA a partir do seu monômero, que é instável[3]. Ele foi descoberto na Alemanha pelo Dr. Fritz Klatte em 1912.

O PVAc é vendido como uma emulsão em água, como um adesivo para materiais porosos, como a madeira. De fato, é muito usado para colar derivados da madeira. A "cola branca" ou cola escolar e a "cola amarela" pode ser usada para colar madeira, como isolante, como aditivo para cal,[4] ou como recobrimento protector alimentar para o tratamento externo durante a maturação dos queijos.[5] Experimentalmente tenta-se a incorporação de PVAc em argamassas.[6]

Ultimamente, as colas feitas de PVA tem sido muito utilizadas na criação de "slime" ou geleca.

Histórico

O PVAc foi patenteado por um químico alemão chamado Fritz Klatte em 1912[7].

Klatte queria obter uma resina sólida a partir da polimerização do cloro acetato de vinila (C4H5ClO2), mas a reação formou o PVAc, o poli(álcool vinílico) PVA e o poli(vinil butiral) PVB[8]. Somente em 1920, na Alemanha, iniciou-se a produção de PVAc para fins comerciais[9].

Propriedades

O PVAc possui as seguintes características:

  • Amorfo[10]
  • Termoplástico[11]
  • Neutro[12]
  • Insípido[13]
  • Inodoro[14]
  • Atóxico[15]
  • Índice de Refração igual a 1,47[16]
  • Densidade de 1,19 g.cm^-3 a 20ºC[17]
  • Absorção de água de 3%[18]
  • Adesivo [19]
  • Temperatura de transição vítrea de 28 a 31ºC[20]
  • Ponto de Amolecimento de 35 a 50ºC[21]

Somente o PVAc atático e o amorfo são disponibilizados comercialmente[22].

Reação de Sintetização do PVAc

A reação mais importante de sintetização do PVAc é a polimerização por adição iniciada por radicais livres em que o reagente é o acetato de vinila (VA)[23]. A reação de polimerização por adição iniciada por radicais livres é dividida em três etapas: iniciação, propagação e terminação[24].

Técnicas de Polimerização do PVAc

Polimerização em massa

Nesta técnica, é necessário o monômero, um iniciador e, dependendo do caso, um agente de transferência para controlar a massa molar[25]. A vantagem dessa técnica é a pureza e alta massa molar do polímero resultante[26]. Essa técnica, porém, tem como desvantagem ser fortemente exotérmica, difícil dissipação calor, difícil controle de temperatura e a necessidade de grande energia de ativação[27].

Polimerização em solução

Na polimerização em solução, o monômero, o catalisador e o solvente são misturados formando uma solução que reaja sem aquecimento ou resfriamento[28]. A vantagens dessa técnica seria a melhor transferência de calor devido à baixa viscosidade do polímero resultante[29]. No entanto, essa técnica tem desvantagens como a baixa massa molar, difícil remoção do solvente e baixa conversão do monômero[30].

Polimerização por emulsão

Na polimerização por emulsão, adiciona-se o monômero, o surfactante, o iniciador solúvel em água e o agente de transferência[31]. As vantagens dessa técnica seria a alta dissipação de calor, formação de polímeros com alta massa molar e alto rendimento[32]. Uma das desvantagens é o aumento de custo para separar o polímero da fase aquosa [33].

Aplicações

O PVAc é muito empregado na forma de dispersão em água[34] para produzir a cola de madeira e tinta látex[35]. A cola de madeira pode ser utilizada com a finalidade de se fazer home repair para consertos em pequenos objetos e pequenas reformas em casa. A tintas látex têm grandes vantagens para quem faz home repair, pois elas são estáveis, secam rapidamente e têm um custo relativamente baixo[36]. Por ser atóxico, o PVAc não é nocivo para o homem. Assim, é adequado para o uso casual.

Outra aplicação importante muito presente no cotidiano seria o uso do PVAc como um dos componentes para produzir o chiclete[37]. O PVAc também é utilizado melhorar materiais de construção[38]. A emulsão de PVAc misturada com o cimento Portland aumenta a sua resistência mecânica[39]. O PVAc, além disso, é usado para dar mais consistência para tecidos de algodão e fibras sintéticas[40]. As emulsões de PVAc também podiam ser usadas para conferir mais tenacidade e flexibilidade para os revestimentos de papel[41].

Reciclagem

Como já mencionado, o PVAc faz parte da composição do chiclete, o qual é muitas vezes descartado de maneira inadequada, piora a aparência dos espaços públicos e pode ser um risco para a vida dos animais. Surgiram, então, maneiras para se reciclar o chiclete, como construir estátuas[42] e produzir tênis a partir de pedaços de chiclete coletados nas ruas[43].

Ligações externas

Referências

  1. «Acetato de polivinilo - Arquivo da FEUP». biblioteca.fe.up.pt. Consultado em 16 de julho de 2016 
  2. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  3. Ebewele, Robert Oboigbaotor. (2000). Polymer science and technology. [S.l.]: CRC Press. ISBN 9781420057805. OCLC 940850088 
  4. «Fixador de cal» (PDF). Consultado em 24 de julho de 2016 
  5. «Derplast E-PRO; Tecnilac». tecnilac.pt. Consultado em 16 de julho de 2016 
  6. Carvalho, Pedro J. (2012). «Betões e Argamassas Modificados com Incorporação de PVA» (PDF). Universidade do Minho; Escola de Engenharia. Consultado em 16 de julho de 2016 
  7. «Das Reichs-Versicherungsamt». Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg. 1910: 5–28. ISBN 9783662243688 
  8. Amann, Manfred; Minge, Oliver (2011). «Biodegradability of Poly(vinyl acetate) and Related Polymers». Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg: 137–172. ISBN 9783642271533 
  9. Amann, Manfred; Minge, Oliver (2011). «Biodegradability of Poly(vinyl acetate) and Related Polymers». Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg: 137–172. ISBN 9783642271533 
  10. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  11. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  12. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  13. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  14. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  15. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  16. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  17. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  18. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  19. Ebewele, Robert Oboigbaotor. (2000). Polymer science and technology. [S.l.]: CRC Press. ISBN 9781420057805. OCLC 940850088 
  20. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  21. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  22. Ebewele, Robert O. (23 de março de 2000). «Polymer Science and Technology». doi:10.1201/9781420057805 
  23. Ebewele, Robert O. (23 de março de 2000). «Polymer Science and Technology». doi:10.1201/9781420057805 
  24. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  25. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  26. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  27. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  28. Ebewele, Robert Oboigbaotor. (2000). Polymer science and technology. [S.l.]: CRC Press. ISBN 9781420057805. OCLC 940850088 
  29. Ebewele, Robert Oboigbaotor. (2000). Polymer science and technology. [S.l.]: CRC Press. ISBN 9781420057805. OCLC 940850088 
  30. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  31. Ebewele, Robert O. (23 de março de 2000). «Polymer Science and Technology». doi:10.1201/9781420057805 
  32. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  33. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  34. Magrini, Alessandra. (2012). Impactos ambientais causados pelos plásticos : uma discussão abrangente sobre os mitos e os dados científicos. [S.l.]: E-papers. ISBN 9788576503415. OCLC 829945031 
  35. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  36. Ebewele, Robert O. (23 de março de 2000). «Polymer Science and Technology». doi:10.1201/9781420057805 
  37. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  38. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  39. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  40. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  41. Mesquita, Andrea Cercan. (2002). Estudo da polimerização do acetato de vinila utilizando a radiação ionizante. [S.l.: s.n.] OCLC 55921128 
  42. Santos Souza, Josimara Pereira; De Moraes, Silmara Martins; Dode, Adilza Condessa (26 de julho de 2017). «ESTUDO DAS POSSIBILIDADES DE RECICLAGEM DA GOMA DE MASCAR: ESTUDO DE CASO NO CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX (CEUNIH), BELO HORIZONTE, MG». Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais. 5 (1). 1 páginas. ISSN 2317-563X. doi:10.9771/gesta.v5i1.16888 
  43. Clack, Erin E.; Clack, Erin E. (25 de abril de 2018). «These Sneakers Are Made From Old Chewing Gum Scraped from Amsterdam's Streets». Footwear News (em inglês). Consultado em 14 de julho de 2019