Próteses auditivas osteointegradas: diferenças entre revisões

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Os aparelhos auditivos ancorados no osso usam um abtument implantado cirurgicamente para transmitir o som por condução direta através do osso para o ouvido interno, desviando do canal auditivo externo e do ouvido médio. Uma prótese de titânio é inserida cirurgicamente no crânio com um pequeno abutment exposto fora da pele. Um processador de som assenta neste pilar e transmite as vibrações sonoras ao implante de titânio. O implante faz vibrar o crânio e o ouvido interno, que estimulam as fibras nervosas do ouvido interno, permitindo a audição.  
Os aparelhos auditivos ancorados no osso usam um abtument implantado cirurgicamente para transmitir o som por condução direta através do osso para o ouvido interno, desviando do canal auditivo externo e do ouvido médio. Uma prótese de titânio é inserida cirurgicamente no crânio com um pequeno abutment exposto fora da pele. Um processador de som assenta neste pilar e transmite as vibrações sonoras ao implante de titânio. O implante faz vibrar o crânio e o ouvido interno, que estimulam as fibras nervosas do ouvido interno, permitindo a audição.  

<sup class="noprint Inline-Template Template-Fact" data-ve-ignore="true" style="white-space:nowrap;">&#x5B; ''<nowiki><span title="This claim needs references to reliable sources. (March 2019)">citação necessária</span></nowiki>'' &#x5D;</sup>
A cirurgia geralmente é realizada sob anestesia local e como procedimento ambulatorial. Uma informação importante para o paciente é que se ele por algum motivo não ficar satisfeito com a solução BAHA, a retirada do implante é fácil. Nenhum outro procedimento cirúrgico no ouvido é reversível como este.
A cirurgia geralmente é realizada sob anestesia local e como procedimento ambulatorial. Uma informação importante para o paciente é que se ele por algum motivo não ficar satisfeito com a solução BAHA, a retirada do implante é fácil. Nenhum outro procedimento cirúrgico no ouvido é reversível como este.


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Uma área onde a pele é penetrada requer cuidado e limpeza devido ao risco de inflamação ao redor do abutment. É necessária limpeza diária.  
Uma área onde a pele é penetrada requer cuidado e limpeza devido ao risco de inflamação ao redor do abutment. É necessária limpeza diária.  
<sup class="noprint Inline-Template Template-Fact" data-ve-ignore="true" style="white-space:nowrap;">&#x5B; ''<nowiki><span title="This claim needs references to reliable sources. (March 2019)">citação necessária</span></nowiki>'' &#x5D;</sup>


== Crianças pequenas ==
== Crianças pequenas ==
A audição é importante para o desenvolvimento normal da fala. <ref name="Lieu2004">{{Citar periódico|ano=2004|titulo=Speech-language and educational consequences of unilateral hearing loss in children|jornal=[[Archives of Otolaryngology–Head & Neck Surgery]]|volume=130|páginas=524–30|doi=10.1001/archotol.130.5.524|pmid=15148171|doi-access=free}}</ref> O osso do crânio em crianças costuma ser muito fino e mais macio do que no adulto. A cirurgia é freqüentemente adiada até a idade de quatro a cinco anos. Nesse ínterim, a criança com atresia bilateral pode receber uma faixa ao redor da cabeça com acoplamento para BAHA. Isso pode ser feito com a idade de um mês. Bebês dessa idade podem tolerar isso bem. <ref name="PapsinSirimanna1997">{{Citar periódico|ano=1997|titulo=Surgical experience with bone-anchored hearing aids in children|jornal=The Laryngoscope|volume=107|páginas=801–6|doi=10.1097/00005537-199706000-00015|pmid=9185737}}</ref>
A audição é importante para o desenvolvimento normal da fala. <ref name="Lieu2004">{{Citar periódico|ano=2004|titulo=Speech-language and educational consequences of unilateral hearing loss in children|jornal=[[Archives of Otolaryngology–Head & Neck Surgery]]|volume=130|páginas=524–30|doi=10.1001/archotol.130.5.524|pmid=15148171|doi-access=free}}</ref>.

Crianças menores de 3 anos não recebem indicação para o procedimento cirúrgico<ref>{{Citar periódico|ultimo=Snik|primeiro=F. M.|ultimo2=Mylanus|primeiro2=Emmanuel A. M.|ultimo3=Proops|primeiro3=David W.|ultimo4=Wolfaardt|primeiro4=John F.|ultimo5=Hodgetts|primeiro5=William E.|ultimo6=Somers|primeiro6=Thomas|ultimo7=Niparko|primeiro7=John K.|ultimo8=Wazen|primeiro8=Jack J.|ultimo9=Sterkers|primeiro9=Olivier|data=2005-12|titulo=Consensus Statements on the BAHA System: Where Do We Stand at Present?|url=https://doi.org/10.1177/0003489405114S1201|jornal=Annals of Otology, Rhinology & Laryngology|lingua=en-US|volume=114|numero=12_suppl|paginas=2–12|doi=10.1177/0003489405114s1201|issn=0003-4894}}</ref>. Enquanto aguardam, é possível utilizar o recurso "soft band" que nada mais é que uma faixa ao redor da cabeça com um processador de fala acoplado. Esse processador irá capitar os sons do ambiente e transmitirá o som até a orelha interna da criança, permitindo-a que escute<ref>{{Citar periódico|ultimo=Verhagen|primeiro=C. V. M.|ultimo2=Hol|primeiro2=M. K. S.|ultimo3=Coppens-Schellekens|primeiro3=W.|ultimo4=Snik|primeiro4=A. F. M.|ultimo5=Cremers|primeiro5=C. W. R. J.|data=2008-10-01|titulo=The Baha Softband: A new treatment for young children with bilateral congenital aural atresia|url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165587608002644|jornal=International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology|lingua=en|volume=72|numero=10|paginas=1455–1459|doi=10.1016/j.ijporl.2008.06.009|issn=0165-5876}}</ref>. Isso pode ser feito com a idade de um mês. Bebês dessa idade podem tolerar isso bem. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Verhagen|primeiro=C. V. M.|ultimo2=Hol|primeiro2=M. K. S.|ultimo3=Coppens-Schellekens|primeiro3=W.|ultimo4=Snik|primeiro4=A. F. M.|ultimo5=Cremers|primeiro5=C. W. R. J.|data=2008-10-01|titulo=The Baha Softband: A new treatment for young children with bilateral congenital aural atresia|url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165587608002644|jornal=International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology|lingua=en|volume=72|numero=10|paginas=1455–1459|doi=10.1016/j.ijporl.2008.06.009|issn=0165-5876}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Bento|primeiro=Ricardo|ultimo2=Kiesewetter|primeiro2=Alessandra|ultimo3=Ikari|primeiro3=Liliane|ultimo4=Brito|primeiro4=Rubens|data=2013-12-05|titulo=Bone-anchored hearing aid (BAHA): indications, functional results, and comparison with reconstructive surgery of the ear|url=http://www.thieme-connect.de/DOI/DOI?10.7162/S1809-97772012000300017|jornal=International Archives of Otorhinolaryngology|lingua=en|volume=16|numero=03|paginas=400–405|doi=10.7162/S1809-97772012000300017|issn=1809-9777|pmc=PMC4399697|pmid=25991965}}</ref><ref name="PapsinSirimanna1997">{{Citar periódico|ano=1997|titulo=Surgical experience with bone-anchored hearing aids in children|jornal=The Laryngoscope|volume=107|páginas=801–6|doi=10.1097/00005537-199706000-00015|pmid=9185737}}</ref>

Fixação do implante. O osso do crânio em crianças costuma ser muito fino e mais macio do que no adulto.

A cirurgia é freqüentemente adiada até a idade de quatro a cinco anos devido à espessura do osso do crânio <ref>{{Citar periódico|ultimo=Granström|primeiro=Gösta|ultimo2=Bergström|primeiro2=Kerstin|ultimo3=Odersjö|primeiro3=Marie|ultimo4=Tjellström|primeiro4=Anders|data=2001-07|titulo=Osseointegrated Implants in Children: Experience from Our First 100 Patients|url=http://journals.sagepub.com/doi/10.1067/mhn.2001.116190|jornal=Otolaryngology–Head and Neck Surgery|lingua=en|volume=125|numero=1|paginas=85–92|doi=10.1067/mhn.2001.116190|issn=0194-5998}}</ref>. Pelo Sistema Universal de Saúde ([[SUS]]), no Brasil, a idade recomendada para o procedimento é de pelo menos 5 anos<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/23/DIRETRIZES-GERAIS-ATENCAO-ESPECIALIZADA-23122014.pdf |titulo=Diretrizes Gerais da Atenção Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva no SUS |data= |acessodata= |publicado=}}</ref>. A cirurgia pode acontecer em uma ou duas, dependendo da espessura do crânio.<ref>{{Citar periódico|data=2011-11-01|titulo=Practice guidelines for bone-anchored hearing aids in children|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1879729611000834|jornal=European Annals of Otorhinolaryngology, Head and Neck Diseases|lingua=en|volume=128|numero=5|paginas=253–258|doi=10.1016/j.anorl.2011.04.005|issn=1879-7296}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Tietze|primeiro=Linda|ultimo2=Papsin|primeiro2=Blake|data=2001-04-06|titulo=Utilization of bone-anchored hearing aids in children|url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165587600004729|jornal=International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology|lingua=en|volume=58|numero=1|paginas=75–80|doi=10.1016/S0165-5876(00)00472-9|issn=0165-5876}}</ref>.

Reabilitação.


== História ==
== História ==

Revisão das 20h02min de 24 de agosto de 2020

Um aparelho auditivo ancorado no osso ( BAHA ) [1] é um tipo de aparelho auditivo baseado na condução óssea . É principalmente adequado para pessoas com perdas auditivas condutivas, perda auditiva unilateral, surdez unilateral e pessoas com perdas auditivas mistas que não podem usar aparelhos auditivos "no ouvido" ou "atrás da orelha". Eles são mais caros do que os aparelhos auditivos convencionais e sua colocação envolve cirurgia invasiva que traz o risco de complicações, embora, quando ocorrem, elas geralmente são menores. [2]

Duas das causas da perda auditiva são a falta de função no ouvido interno ( cóclea ) e quando o som tem problemas para alcançar as células nervosas do ouvido interno. Exemplos do primeiro incluem perda auditiva relacionada à idade e perda auditiva devido à exposição ao ruído. Um paciente nascido sem canal auditivo é um exemplo do último para o qual um aparelho convencional com um molde na abertura do canal auricular não seria eficaz. Algumas pessoas com essa condição têm função normal do ouvido interno, pois o conduto auditivo externo e o ouvido interno são desenvolvidos em diferentes estágios durante a gravidez. Com anatomia interna normal, o som conduzido pelo osso do crânio melhora a audição.

Um vibrador com uma mola de aço sobre a cabeça ou em armações de óculos pressionadas contra o osso atrás da orelha têm sido usadas para levar o som ao ouvido interno. No entanto, isso tem várias desvantagens, como desconforto e dor devido à pressão necessária. A qualidade do som também é prejudicada, pois grande parte da energia do som é perdida no tecido mole sobre o osso do crânio, particularmente para as frequências sonoras mais altas, importantes para a compreensão da fala no ruído.

Um processador de som atrás da orelha

Os aparelhos auditivos ancorados no osso usam um abtument implantado cirurgicamente para transmitir o som por condução direta através do osso para o ouvido interno, desviando do canal auditivo externo e do ouvido médio. Uma prótese de titânio é inserida cirurgicamente no crânio com um pequeno abutment exposto fora da pele. Um processador de som assenta neste pilar e transmite as vibrações sonoras ao implante de titânio. O implante faz vibrar o crânio e o ouvido interno, que estimulam as fibras nervosas do ouvido interno, permitindo a audição.  

A cirurgia geralmente é realizada sob anestesia local e como procedimento ambulatorial. Uma informação importante para o paciente é que se ele por algum motivo não ficar satisfeito com a solução BAHA, a retirada do implante é fácil. Nenhum outro procedimento cirúrgico no ouvido é reversível como este.

Ao ignorar o ouvido externo ou médio, o BAHA pode aumentar a audição em situações ruidosas e ajudar a localizar os sons. Além de melhorar a compreensão da fala, resulta em um som natural com menos distorção e feedback em comparação com aparelhos auditivos convencionais. [3] [4] [5] [6] [7] O canal auditivo é deixado aberto para maior conforto e ajuda a reduzir quaisquer problemas causados por infecções de ouvido crônicas ou alergias. Em pacientes com surdez neurossensorial unilateral, o BAHA envia o som pelo osso do crânio do lado surdo para o ouvido interno do lado auditivo. Esta transferência de som proporciona uma percepção de som de 360 °.

BAHAs podem facilitar o desenvolvimento normal da linguagem. [8]

Doença crônica do ouvido

Esta condição bastante comum é geralmente associada à purgação de orelha média, agudas ou de repetição. Esses pacientes também podem ter perda auditiva e precisar de amplificação. Um auxiliar de condução de ar convencional com molde colocado na abertura do conduto auditivo pode não ser adequado devido à drenagem, podendo até provocar drenagem. Se a perda auditiva for significativa, um aparelho de condução aérea pode ter dificuldade em superar a disfunção do tímpano e dos ossos do ouvido médio. O aparelho auditivo por condução óssea contornando o ouvido médio pode ser um tratamento mais adequado para esses pacientes. Pode ser possível uma boa transmissão do som no osso, com atenuação e distorção reduzidas.

Surdez unilateral

Uma pessoa com perda auditiva unilateral pode apresentar dificuldade funcional para ouvir mesmo quando o outro ouvido está normal, principalmente em situações exigentes, como ambientes ruidosos e quando várias pessoas estão falando ao mesmo tempo. Uma complicação na surdez unilateral é a deficiência auditiva no ouvido auditivo. A cirurgia convencional de ouvido envolve um risco de perda auditiva devido ao procedimento cirúrgico. A maioria dos cirurgiões de ouvido, portanto, reluta em realizar a cirurgia em um único ouvido que ouve. A cirurgia de BAHA evita este risco e pode ser um tratamento apropriado. Um teste prolongado de um sistema BAHA com uma faixa na cabeça antes da cirurgia levou a expectativas mais realistas. No julgamento, 50% dos candidatos desejavam realizar a cirurgia. [9]

Problemas de canal auditivo externo

Irritação no canal auditivo externo devido a inflamação ou eczema pode ser uma condição para a qual um auxílio de condução de ar convencional não é um tratamento apropriado. A condução óssea direta pode ser uma opção.

Malformações

Pacientes com malformações nem sempre são adequados para cirurgia reconstrutiva. Os pacientes com síndrome de Treacher Collins podem ter malformações significativas com defeitos ossiculares e uma via anormal do nervo facial. Essas estruturas, assim como o ouvido interno, podem estar em perigo na cirurgia.

Pacientes com síndrome de Down podem ter um canal auditivo estreito e malformação do ouvido médio levando a problemas de audição. Parte do atraso cognitivo visto nessas crianças pode ser parcialmente devido à sua audição deficiente.

A cirurgia só pode ser realizada quando o crânio estiver com pelo menos 2,5 mm de espessura. [10] [11] [ precisa de atualização ] As crianças que sofrem de certas síndromes podem ter uma constituição mais esguia, ossos mais finos ou anatomia incomum. Outras crianças podem ter um crânio mais espesso em uma idade mais jovem, por isso é difícil indicar uma idade específica para a cirurgia.

Nos EUA, a agencia nacional de liberação de drogas e alimentos só aprova a implantação do BAHA em crianças com cinco anos ou mais.

Para bebês e crianças pequenas antes da cirurgia, o processador de som pode ser usado em uma faixa na cabeça ou faixa macia que a criança usa para segurá-la contra o crânio.

Efeitos colaterais

As complicações dos sistemas BAHA podem ser consideradas relacionadas ao osso (tecido duro) ou ao tecido mole.

  • Osso
    • Falha de osseointegração
    • Infecção crônica
    • Trauma
  • Tecido macio
    • Irritação da pele ao redor do implante
    • Necrose de retalho cutâneo (morte do retalho cutâneo, por exemplo, devido ao suprimento de sangue interrompido)
    • Crescimento excessivo da pele sobre o dispositivo
    • Deiscência da ferida (divisão da ferida)
    • Sangramento ou formação de hematoma
    • Dor persistente

As complicações dos tecidos moles são muito mais comuns e a maioria é tratada com tratamentos tópicos. As crianças têm maior probabilidade de sofrer os dois tipos de complicações do que os adultos. Às vezes, um segundo procedimento cirúrgico é necessário. As complicações são menos prováveis com uma boa higiene da ferida. [2] Outras desvantagens do BAHA incluem a perda acidental ou espontânea do implante ósseo e a recusa do paciente ao tratamento devido ao estigma. [12]

Procedimento cirúrgico

O osso atrás da orelha é exposto através de uma incisão em forma de U ou reta ou com a ajuda de um dermátomo BAHA especialmente projetado. É perfurado um buraco de 3 ou 4 mm de profundidade, dependendo da espessura do osso. O orifício é alargado e o implante com o acoplamento montado é inserido sob refrigeração generosa para minimizar o trauma cirúrgico ao osso.

Alguns cirurgiões realizam uma redução do tecido mole subcutâneo. A justificativa para isso é reduzir a mobilidade entre o implante e a pele para evitar inflamação no local de penetração. Essa redução do tecido mole tem sido questionada e alguns cirurgiões não a realizam ou pelo menos a realizam. A justificativa para isso é que qualquer cirurgia resultará em algum tecido cicatricial que pode ser o foco da infecção. As infecções observadas no início do procedimento cirúrgico talvez possam ser explicadas pela falta de vedação entre o implante e o pilar, permitindo a entrada de bactérias no espaço. Uma nova vedação hermética de hélio pode ser vantajosa e evitar a formação de biofilme. Isso também permitirá que o cirurgião use abutments mais longos, caso haja necessidade. Três a seis semanas depois ou até antes, o fonoaudiólogo ajustará e ajustará o processador auditivo de acordo com o nível de audição do paciente. A adaptação será feita em programa especial em computador.

O procedimento cirúrgico original foi descrito em detalhes por Tjellström et al. 2001. [10]

Manipulação

Um implante mostrado em tamanho real na mão de um adulto

Uma área onde a pele é penetrada requer cuidado e limpeza devido ao risco de inflamação ao redor do abutment. É necessária limpeza diária.  

Crianças pequenas

A audição é importante para o desenvolvimento normal da fala. [13].

Crianças menores de 3 anos não recebem indicação para o procedimento cirúrgico[14]. Enquanto aguardam, é possível utilizar o recurso "soft band" que nada mais é que uma faixa ao redor da cabeça com um processador de fala acoplado. Esse processador irá capitar os sons do ambiente e transmitirá o som até a orelha interna da criança, permitindo-a que escute[15]. Isso pode ser feito com a idade de um mês. Bebês dessa idade podem tolerar isso bem. [16][17][11]

Fixação do implante. O osso do crânio em crianças costuma ser muito fino e mais macio do que no adulto.

A cirurgia é freqüentemente adiada até a idade de quatro a cinco anos devido à espessura do osso do crânio [18]. Pelo Sistema Universal de Saúde (SUS), no Brasil, a idade recomendada para o procedimento é de pelo menos 5 anos[19]. A cirurgia pode acontecer em uma ou duas, dependendo da espessura do crânio.[20][21].

Reabilitação.

História

Pacientes com infecção de ouvido crônica em que o tambor e / ou os ossos pequenos do ouvido médio estão danificados geralmente apresentam perda auditiva, mas têm dificuldade em usar um aparelho auditivo instalado no canal auditivo. A condução direta do osso por meio de um vibrador conectado a um implante de penetração na pele resolve essas desvantagens.

Em 1977, os primeiros três pacientes foram implantados com uma solução auditiva por condução óssea por Anders Tjellström no Departamento de Ouvido, Nariz e Garganta do Hospital Universitário Sahlgrenska em Gotemburgo, Suécia. Um parafuso de titânio de 4 mm de comprimento com um diâmetro de 3,75 mm foi inserido no osso atrás da orelha, e um aparelho auditivo de condução óssea foi conectado.

O termo osseointegração foi cunhado pelo professor Brånemark. Durante estudos em animais, ele encontrou o tecido ósseo preso ao implante de titânio sem qualquer tecido mole entre eles. Ele também mostrou que tal implante pode suportar uma carga pesada. Sua definição de osseointegração era "contato direto entre osso vivo e um implante que pode suportar uma carga".

A primeira aplicação clínica do titânio foi na cirurgia oral, onde implantes eram usados para retenção de próteses. Brånemark buscou uma forma acústica de avaliar a osseointegração. Um paciente com implantes nas mandíbulas foi equipado com um vibrador ósseo em um de seus implantes. Quando testado, o paciente sentiu um som muito alto, mesmo em baixos níveis de estimulação, indicando que o som poderia se propagar muito bem no osso. Posteriormente, Håkansson demonstrou que a transmissão do som no osso é linear, indicando baixa distorção do som.

O implante no osso é feito de titânio e irá osteointegrar. O aparelho auditivo é compatível com impedância. A osseointegração foi definida como o contato direto entre o osso vivo e um implante que pode suportar uma carga, sem tecido mole na interface.

Custos

Nos EUA, o custo do dispositivo Baha é de cerca de US $ 4.000. Na Holanda, o custo do dispositivo é de cerca de € 3.000 (em 2008). O custo do implante de titânio, cirurgia e cuidados posteriores do cirurgião e do audiologista também devem ser considerados.

Referências

  1. Janssen. «Bilateral bone-anchored hearing aids for bilateral permanent conductive hearing loss: a systematic review.». Otolaryngology–Head and Neck Surgery. 147: 412–22. PMID 22714424. doi:10.1177/0194599812451569Acessível livremente 
  2. a b Wazen, JJ; Wycherly, B; Daugherty, J (2011). Complications of bone-anchored hearing devices. Col: Advances in Oto-Rhino-Laryngology. 71. [S.l.: s.n.] pp. 63–72. ISBN 978-3-8055-9700-5. PMID 21389706. doi:10.1159/000323583 
  3. «Baha solutions for patients with severe mixed hearing loss». Cochlear Implants International. 10 Suppl 1: 43–7. 2009. PMID 19195004. doi:10.1179/cim.2009.10.Supplement-1.43 
  4. «Amplification in the rehabilitation of unilateral deafness: Speech in noise and directional hearing effects with bone-anchored hearing and contralateral routing of signal amplification». Otology & Neurotology. 27: 172–82. 2006. PMID 16436986. doi:10.1097/01.mao.0000196421.30275.73 
  5. «Long-term results of bone-anchored hearing aid recipients who had previously used air-conduction hearing aids». Archives of Otolaryngology–Head & Neck Surgery. 131: 321–5. 2005. PMID 15837900. doi:10.1001/archotol.131.4.321 
  6. «Bone anchored hearing aids: A preliminary assessment of the impact on outpatients and cost when rehabilitating hearing in chronic suppurative otitis media». Clinical Otolaryngology. 33: 338–42. 2008. PMID 18983343. doi:10.1111/j.1749-4486.2008.01698.x 
  7. «Consensus statements on the BAHA system: where do we stand at present?». Annals of Otology, Rhinology, and Laryngology. 114: 2–12. PMID 16619473. doi:10.1177/0003489405114S1201  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  8. Verhagen. «The Baha Softband». International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology. 72: 1455–1459. PMID 18667244. doi:10.1016/j.ijporl.2008.06.009 
  9. «The importance of an extended preoperative trial of BAHA in unilateral sensorineural hearing loss: a prospective cohort study». Clinical Otolaryngology. 36: 442–9. 2011. PMID 21883961. doi:10.1111/j.1749-4486.2011.02388.x 
  10. a b «Bone-anchored hearing aids: Current status in adults and children». Otolaryngologic Clinics of North America. 34: 337–64. PMID 11382574. doi:10.1016/S0030-6665(05)70335-2 
  11. a b «Surgical experience with bone-anchored hearing aids in children». The Laryngoscope. 107: 801–6. 1997. PMID 9185737. doi:10.1097/00005537-199706000-00015 
  12. Håkansson, Bo (2011). «The future of bone conduction hearing devices». Implantable Bone Conduction Hearing Aids. Col: Advances in Oto-Rhino-Laryngology. 71. [S.l.: s.n.] pp. 140–52. ISBN 978-3-8055-9700-5. PMID 21389714. doi:10.1159/000323715 
  13. «Speech-language and educational consequences of unilateral hearing loss in children». Archives of Otolaryngology–Head & Neck Surgery. 130: 524–30. 2004. PMID 15148171. doi:10.1001/archotol.130.5.524Acessível livremente 
  14. Snik, F. M.; Mylanus, Emmanuel A. M.; Proops, David W.; Wolfaardt, John F.; Hodgetts, William E.; Somers, Thomas; Niparko, John K.; Wazen, Jack J.; Sterkers, Olivier (dezembro de 2005). «Consensus Statements on the BAHA System: Where Do We Stand at Present?». Annals of Otology, Rhinology & Laryngology (em inglês). 114 (12_suppl): 2–12. ISSN 0003-4894. doi:10.1177/0003489405114s1201 
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