Piranha-vermelha: diferenças entre revisões

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{{citar livro|título=Fish mercury increase in Lago Manso, a new hydroelectric reservoir in tropical Brazil.|ultimo=HYLANDER|primeiro=LD. et all.|editora=Journal Of Environmental Management|ano=Outubro de 2006|páginas=155-166}}
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A '''piranha-vermelha''' (''Pygocentrus nattereri'' Kner, 1858) é uma espécie de peixe de [[água doce]] da família [[Characidae]]<ref>{{Citar web|url = https://www.inaturalist.org/taxa/120226 |título = Pygocentrus nattereri |obra = [[INaturalist]] |língua = en |acessodata = 24 de novembro de 2019}}</ref><ref>{{Citar web|url = https://www.britannica.com/animal/red-bellied-piranha |título = Piranha-vermelha |obra = Encyclopædia Britannica Online |língua = en |acessodata = 24 de novembro de 2019}}</ref><ref name=":0">{{citar web |ultimo=(Portal da Biodiversidade) |primeiro=PortalBio |url=https://portaldabiodiversidade.icmbio.gov.br/portal/search |titulo=Pygocentrus nattereri {{!}} Piranha |data=2018 |acessodata=12 de Abril de 2021 |publicado=ICMBio}}</ref>. Tais [[peixe]]s habitam as bacias dos [[rio Amazonas|rios Amazonas]], [[rio Paraná|Paraná]] e [[rio São Francisco|São Francisco]]. Possuem coloração avermelhada, com cabeça e dorso acinzentados e chegam a medir até 30&nbsp;cm de comprimento. Também são chamados de chupita, coicoa, piranha-caju e piranha-vermelha-da-amazônia. Muitas vezes temida por causa de seus ataques agressivos e frenéticos, a piranha-vermelha tem uma reputação de um predador voraz e agressivo, com dentes afiados e apetite insaciável.
A '''piranha-vermelha''' (''Pygocentrus nattereri'' Kner, 1858) é uma espécie de peixe carnívoro de [[água doce]] da família [[Characidae]] <ref>{{Citar web|url = https://www.inaturalist.org/taxa/120226 |título = Pygocentrus nattereri |obra = [[INaturalist]] |língua = en |acessodata = 24 de novembro de 2019}}</ref><ref>{{Citar web|url = https://www.britannica.com/animal/red-bellied-piranha |título = Piranha-vermelha |obra = Encyclopædia Britannica Online |língua = en |acessodata = 24 de novembro de 2019}}</ref><ref name=":0">{{citar web |ultimo=(Portal da Biodiversidade) |primeiro=PortalBio |url=https://portaldabiodiversidade.icmbio.gov.br/portal/search |titulo=Pygocentrus nattereri {{!}} Piranha |data=2018 |acessodata=12 de Abril de 2021 |publicado=ICMBio}}</ref>. Nativa, não endêmica e epicontinental <ref name=":1" />, possuem coloração avermelhada, com cabeça e dorso acinzentados e alguns artigos chegam a registrar indivíduos de até 50 cm <ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-09352010000100033&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Ecological aspects of endoparasites in red piranha (Pygocentrus nattereri Kner, 1860) from Cuiabá river, Mato Grosso, Brazil |data=2010-02-XX |acessodata=2021-05-06 |jornal=Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia |número=1 |ultimo=Barros |primeiro=L. A. |ultimo2=Mateus |primeiro2=L. a. F. |paginas=228–231 |doi=10.1590/S0102-09352010000100033 |issn=0102-0935 |ultimo3=Braum |primeiro3=D. T. |ultimo4=Bonaldo |primeiro4=J.}}</ref>. Também são chamados de chupita, coicoa, piranha-caju e piranha-vermelha-da-amazônia. A espécie não possui avaliação da IUCN.


== Etimologia e Aspectos Culturais e Socioeconômicos ==
== Etimologia e Aspectos Culturais e Socioeconômicos ==
A piranha-vermelha é popularmente conhecida também por outros nomes no Brasil, como "piranha-caju" e apenas "piranha", e em países como Colômbia e Bolívia é chamada de "piranã roja" e "palometa", respectivamente <ref>{{citar web |ultimo=SANTOS, FERREIRA, ZUANON |primeiro=Geraldo, Efrem, Jansen |url=https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4700 |titulo=Peixes Comerciais de Manaus |data=2009 |acessodata=10 de abril de 2021 |publicado=INPA}}</ref>.
A piranha-vermelha é popularmente conhecida também por outros nomes no Brasil, como "piranha-caju" e apenas "piranha", e em países como Colômbia e Bolívia é chamada de "piranã roja" e "palometa", respectivamente <ref>{{citar web |ultimo=SANTOS, FERREIRA, ZUANON |primeiro=Geraldo, Efrem, Jansen |url=https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4700 |titulo=Peixes Comerciais de Manaus |data=2009 |acessodata=10 de abril de 2021 |publicado=INPA}}</ref>.


Do Tupi-guarani, seu nome é composto de duas palavras:
Existem duas explicações etimológicas para a origem do nome "piranha":

*A junção dos termos [[Língua tupi|tupis]] ''pirá'' ("peixe") e ''anha'' ("dente"), significando "peixe com dente"
* "pirá" (significado = peixe) + "ranha" (significado = dente) <ref>{{citar web |ultimo=FERREIRA |primeiro=ALEXANDRE ALVES |url=https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1814/1/Alexandre%20Alves%20Ferreira.pdf |titulo=Peixe Piranha (Pygocentrus nattereri) do pantanal: composição em ácidos graxos e mudanças com o processamento e estocagem. |data=2010 |acessodata=02 de Maio de 2021 |publicado=Campo Grande}}</ref>
*A união dos termos tupis ''pira'' ("pele") e ''raim'' ("o que corta"), significando "corta a pele"

Seu [[nome científico]], por sua vez, foi dado em homenagem ao naturalista [[Johann Natterer]].
Seu [[nome científico]], por sua vez, foi dado em homenagem ao naturalista [[Johann Natterer]].


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==Taxonomia e Sistemática==
==Taxonomia e Sistemática==
A classe [[Actinopterygii]] a qual pertence a piranha-vermelha possui mais de 26 000 (vinte e seis mil) espécies de peixes, possuindo esqueleto ósseo, bexiga antatória e sua respiração ocorre através de brânquias e a subfamília a qual pertence (Serrasalminae) é [[Monofilia|monofilética]].


=== Descrição morfológica ===
=== Descrição morfológica ===
[[File:Piranha.jaw.jpg|thumb|right|Mandíbula de piranha-vermelha , mostrando os dentes afiados e triangulares]]Peixe escamoso; Corpo romboide, ou seja, formato de losango, arredondado e comprimido; Focinho curto, arredondado, mandíbula saliente e dentes triangulares afiados. Entre todas as piranhas é a que possui o focinho mais rombudo. Embora seja extremamente variável em sua aparência, a piranha-vermelha herdou esse nome por conta de sua coloração ventral e mandibular avermelhada, característica da espécie. Geralmente mais intenso e profundo nos machos, enquanto que o resto do corpo normalmente é cinzento, com escamas salpicadas prateadas, as vezes marrom-cremoso nas laterais. Manchas escuras muitas vezes aparecem atrás das guelras e a barbatana anal geralmente é preta na base, enquanto as nadadeiras peitorais e pélvicas variam do vermelho ao laranja. Alcança no máximo de 20 a 30&nbsp;cm de comprimento total e um peso calculado em 2,5&nbsp;kg.
[[File:Piranha.jaw.jpg|thumb|right|Mandíbula de piranha-vermelha , mostrando os dentes afiados e triangulares]]Peixe escamoso; Corpo romboide, ou seja, formato de losango, discoide, largo e comprimido; Focinho curto, arredondado; Mandíbula saliente e massiva com dentes triangulares afiados, de série única e com surpreendente força. Entre todas as piranhas é a que possui o focinho mais rombudo. Embora seja extremamente variável em sua aparência, a piranha-vermelha herdou esse nome por conta de sua coloração ventral e mandibular avermelhada característica da espécie, geralmente mais intenso e profundo nos machos, que normalmente possuem o restante do corpo cinzento, com escamas salpicadas prateadas, as vezes marrom-cremoso nas laterais. Manchas escuras muitas vezes aparecem atrás das guelras e a barbatana anal geralmente é preta na base, enquanto as nadadeiras peitorais e pélvicas variam do vermelho ao laranja. De porte médio, normalmente varia de 18 centímetros a 45 cm de comprimento e um peso calculado em 2,5 kg <ref>{{Citar livro|url=https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4700|título=Peixes comerciais de Manaus|ultimo=Santos|primeiro=Geraldo Mendes dos|ultimo2=Ferreira|primeiro2=Efrem Jorge Gondim|ultimo3=Zuanon|primeiro3=Jansen Alfredo Sampaio|data=2009|editora=Editora INPA}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=NUNES |primeiro=Karla Bittencourt |url=https://emsinapse.wordpress.com/2019/08/11/peixes-osseos-classe-actinopterygii/ |titulo=ASPECTOS REPRODUTIVOS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES DE
IMPORTÂNCIA COMERCIAL COMO SUBSÍDIO PARA O ORDENAMENTO
PESQUEIRO DA BAIXADA MARANHENSE |data=2015 |acessodata=03 de Maio de 2021 |publicado=São Luís - MA |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=PIORSKI |primeiro=Nivaldo Magalhães et all. |url=https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0044-59672005000100010&script=sci_arttext |titulo=Alimentação e ecomorfologia de duas espécies de piranhas (Characiformes: Characidae) do lago de Viana, estado do Maranhão, Brasil |data=2005 |acessodata=27 de Abril de 2021 |publicado=Acta Amazonica}}</ref>.


=== Observações Taxonômicas ===
=== Observações Taxonômicas ===
De acordo com o Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil <ref>{{Citar web |url=http://fauna.jbrj.gov.br/fauna/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&lingua=&jsonRank=&rankTaxon=32767&nomeTaxon=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Pygocentrus+nattereri+Kner,+1858&formaVida=QUALQUER&substrato=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&endemismo=TODOS&origem=TODOS&mostrarAte=SUB_ESPECIE&opcoesBusca=NOME_ACEITO |titulo=Lista do Brasil |acessodata=2021-05-06 |website=fauna.jbrj.gov.br}}</ref> a família a qual ''P. nattereri'' pertence é a Serrasalmidae. Entretando, pelo PortalBio <ref name=":0" /> a família registrada é a Characidae.[[File:Voksen Pygocentrus Nattereri.jpg|thumb|left|''Pygocentrus nattereri'']]
De acordo com o Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil <ref name=":1">{{Citar web |url=http://fauna.jbrj.gov.br/fauna/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&lingua=&jsonRank=&rankTaxon=32767&nomeTaxon=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Pygocentrus+nattereri+Kner,+1858&formaVida=QUALQUER&substrato=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&endemismo=TODOS&origem=TODOS&mostrarAte=SUB_ESPECIE&opcoesBusca=NOME_ACEITO |titulo=Lista do Brasil |acessodata=2021-05-06 |website=fauna.jbrj.gov.br}}</ref> a família a qual ''P. nattereri'' pertence é a Serrasalmidae. Entretando, pelo PortalBio <ref name=":0" /> a família registrada é a Characidae.[[File:Voksen Pygocentrus Nattereri.jpg|thumb|left|''Pygocentrus nattereri'']]


== Ecologia ==
== Ecologia ==


=== Habitat e Distribuição Geográfica ===
=== Habitat e Distribuição Geográfica ===
A piranha-vermelha ocorre nas bacias do Amazonas, Araguaia-Tocantins, Prata, São Francisco e em açudes do Nordeste brasileiro. A piranha-vermelha normalmente é encontrada em rios de água branca e em alguns riachos e lagos. Em certas áreas, pode habitar também florestas inundadas (tais como aquelas encontradas pela Amazônia brasileira).
A piranha-vermelha é um peixe neotropical <ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0073-47212008000400014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Distribuição e alimentação de duas espécies simpátricas de piranhas Serrasalmus maculatus e Pygocentrus nattereri (Characidae, Serrasalminae) do rio Ibicuí, Rio Grande do Sul, Brasil |data=2008-12-XX |acessodata=22 de Abril de 2021 |jornal=Iheringia. Série Zoologia |número=4 |ultimo=Behr |primeiro=Everton R. |ultimo2=Signor |primeiro2=Cleiton A. |paginas=501–507 |lingua=pt |doi=10.1590/S0073-47212008000400014 |issn=0073-4721}}</ref> que ocorre nas Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Atlântico Nordeste Oriental, Paraguai, Paraná <ref name=":1" /> e em açudes do Nordeste brasileiro. Registrada sua ocorrência no Norte (Pará, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, tocantins), Nordeste (Maranhão), Centro-Oeste (Mato-Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Pará). A piranha-vermelha normalmente é encontrada em rios de água branca e em alguns riachos e lagos. Em certas áreas, pode habitar também florestas inundadas (tais como aquelas encontradas pela Amazônia brasileira).


Amplamente distribuída por todo o continente sul-americano, a piranha-vermelha é encontrada em rios tropicais de água doce na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.[[File:Pygocentrus nattereri.jpg|thumb|Cardumes de piranhas-vermelhas]]
Amplamente distribuída por todo o continente sul-americano, a piranha-vermelha é encontrada em rios tropicais de água doce na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.


Diversos estudos com a espécie são relacionados a parasitofauna, ou seja, os parasitas a qual ''P. nattereri'' é hospedeira, sendo uma ótima opção de bioindicador sobre a qualidade do habitat, de fácil coleta e identificação <ref name=":2">{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1676-06032011000100021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Sazonalidade da fauna de metazoários de Pygocentrus nattereri (Kner, 1858) no lago Piranha (Amazonas, Brasil) e a avaliação de seu potencial como indicadora da saúde do ambiente |data=Jan./Mar. 2011 |acessodata=20 de Abril de 2021 |jornal=Biota Neotropica |publicado=INPA |número=1, vol. 11 |ultimo=Vital |primeiro=José Francalino |ultimo2=Varella |primeiro2=Angela Maria Bezerra |paginas=199–204 |doi=10.1590/S1676-06032011000100021 |issn=1676-0603 |ultimo3=Porto |primeiro3=Daniel Brito |ultimo4=Malta |primeiro4=José Celso de Oliveira}}</ref>. [[File:Pygocentrus nattereri.jpg|thumb|Cardumes de piranhas-vermelhas]]
=== Comportamento, Dieta e Reprodução ===
Ocorre em rios e lagoas de águas barrentas e vive em cardumes pequenos ou até com mais de 100 indivíduos. É uma espécie piscívora e, como forma grandes cardumes, pode ser muito perigosa em determinadas situações.


=== Comportamento, Dieta e Reprodução ===
A piranha-vermelha é um peixe omnívoro e se alimenta principalmente de peixes, insetos e invertebrados aquáticos, como moluscos e crustáceos. Pode também se alimentar de qualquer animal terrestre pequeno que encontrar cruzando o rio ou lago, bem como frutas, sementes, algas e plantas aquáticas. Os dentes afiados e triangulares fazem da piranha-vermelha um animal extremamente eficiente ao abocanhar o alimento, e a disposição da sua poderosa mandíbula e focinho dão ao peixe a capacidade de atacar e morder com uma força extraordinária.
A piranha-vermelha é uma espécie [[Omnívoro|onívora]] <ref name=":3">{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0073-47212008000400014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Distribuição e alimentação de duas espécies simpátricas de piranhas Serrasalmus maculatus e Pygocentrus nattereri (Characidae, Serrasalminae) do rio Ibicuí, Rio Grande do Sul, Brasil |data=2008-12-XX |acessodata=20 de Abril de 2021 |jornal=Iheringia. Série Zoologia |publicado=Iheringia |número=vol. 98 nº4 |ultimo=Behr |primeiro=Everton R. |ultimo2=Signor |primeiro2=Cleiton A. |paginas=501–507 |doi=10.1590/S0073-47212008000400014 |issn=0073-4721}}</ref> porém na maior parte do tempo seu hábito alimentar é [[Ictiófago|piscívoro]], e para se alimentar faz uso de suas forças mandibulares para arrancar pedaços da presa <ref name=":2" />, podendo se alimentar de animais maiores. Costumam se alimentar de microcrustáceos, insetos, sementes ou nadadeiras de peixes menores <ref name=":3" />, podem também se alimentar de qualquer animal terrestre pequeno que encontrar cruzando o rio ou lago, bem como frutas, sementes, algas e plantas aquáticas. Por seu hábito oportunista acaba atacando demais peixes quando colocada em cativeiro juntamente a outros indivíduos e até mesmo em redes de pesca.


As piranhas-vermelhas vivem em cardumes, embora não apresentem um comportamento de caça em grupo. Ocasionalmente, as piranhas-vermelhas entram em um "frenesi", onde o cardume ataca uma presa e a devora em poucos minutos. Esse comportamento particular contribui para a reputação da piranha-vermelha como predadora voraz, mas os "frenesis" normalmente não são ataques aleatórios, e geralmente são o resultado de provocação a elas ou por fome. São as piranhas mais agressivas da Amazônia.[[File:Pygocentrus natterei Prague 2012 2.jpg|thumb|200px|left| Piranha-vermelha no Prague sea aquarium]]Casos de ataque de piranhas a humanos e rebanhos são extremamente raros. Na verdade são bastante tímidas para com animais grandes ou humanos dentro da água e extremamente adaptadas a caçar peixes (normalmente menores). Caçam em bandos e dão ênfase para peixes moribundos ou feridos. Caso tenha um indivíduo ferido e/ou moribundo no próprio grupo, este pode ser atacado e devorado pelos seus companheiros, ocorrendo o [[canibalismo]] na espécie. A piranha vermelha é a espécie mais bonita e agressiva de todas, possui mandíbulas fortes que poderiam decepar facilmente um dedo humano. Apesar da agressividade, são excelentes pais.
Ocorre em rios e lagoas de águas barrentas e vive em cardumes pequenos ou de até mais de 100 indivíduos, embora não apresentem um comportamento de caça em grupo. Ocasionalmente entram em um "frenesi", onde o cardume ataca uma presa e a devora em poucos minutos. Esse comportamento particular contribui para a reputação da piranha-vermelha como predadora voraz, mas os "frenesis" normalmente não são ataques aleatórios, e geralmente são o resultado de provocação a elas ou por fome. São as piranhas mais agressivas da Amazônia mas são extremamente raros os casos de ataques a humanos. [[File:Pygocentrus natterei Prague 2012 2.jpg|thumb|200px|left| Piranha-vermelha no Prague sea aquarium]]Caso tenha um indivíduo ferido e/ou moribundo no próprio grupo, este pode ser atacado e devorado pelos seus companheiros, ocorrendo o [[canibalismo]] na espécie.


Quando estão em época de acasalamento adquirem uma coloração escura com belas escamas prateadas cintilantes.
A espécie atinge maturação sexual quando indivíduos macho atingem 13 centímetros e as fêmeas 15 cm e quando estão em época de acasalamento adquirem uma coloração escura com belas escamas prateadas cintilantes. Sua reprodução ocorre no período de enchentes e a desova é fracionada (desova parcelada) <ref name=":2" />, ocorrendo por volta de Abril e Maio durante a estação chuvosa, geralmente com um pico ao longo de um período de dois meses, que pode variar dependendo da localização.
A reprodução das piranhas-vermelhas ocorre por volta de Abril e Maio durante a estação chuvosa, geralmente com um pico ao longo de um período de dois meses, que pode variar dependendo da localização. A fêmea põe cerca de 5.000 ovos sobre a vegetação recém-submersa em um ninho construído pelo macho. O macho constrói um ninho de folhas próximo à margem ou troncos, onde serão depositados e fecundados os ovos. Durante o processo de desenvolvimento dos ovos e larvas o macho defende ferozmente seu ninho e faz suaves movimentos com a cauda próximo ao ninho para melhorar a oxigenação e evitar a proliferação de determinados fungos e bactérias. Os alevinos, quando se tornam maiores, costumam se infiltrar no meio de cardumes de [[pacu]]s pois se parecem muito com eles, e quando podem, devoram alguns indivíduos do grupo.


A fêmea põe cerca de 5.000 ovos sobre a vegetação recém-submersa em um ninho construído pelo macho. O macho constrói um ninho de folhas próximo à margem ou troncos, onde serão depositados e fecundados os ovos. Durante o processo de desenvolvimento dos ovos e larvas o macho defende ferozmente seu ninho e faz suaves movimentos com a cauda próximo ao ninho para melhorar a oxigenação e evitar a proliferação de determinados fungos e bactérias. Os alevinos, quando se tornam maiores, costumam se infiltrar no meio de cardumes de [[pacu]]s pois se parecem muito com eles, e quando podem, devoram alguns indivíduos do grupo.
==Principais Ameaças==


==Importância e Principais Ameaças==


Além de economicamente importante para a região, a ''P. nattereri'' é fundamental para o equilíbrio ecológico do ecossistema em que vive, predando espécies e, portanto, regulando o número populacional de indivíduos. É de grande importância estudos e análises sobre levantamento de dados e população da espécie para que seja possível o monitoramento atualizado, evitando riscos com o mercado de pesca e venda de peixes <ref>{{Citar periódico |url=https://www.ppg.revistas.uema.br/index.php/REPESCA/article/view/264 |titulo=CRESCIMENTO E MORTALIDADE DE PYGOCENTRUS NATTERERI KNER, 1985 EM LAGOS DE VÁRZEA DA REGIÃO DE MANACAPURU, AMAZÔNIA |data=2010-09-10 |acessodata=18 de Abril de 2021 |jornal=Revista Brasileira de Engenharia de Pesca |número=2 |ultimo=Bevilaqua |primeiro=Danniel Rocha |ultimo2=Freitas |primeiro2=Carlos Edwar |paginas=43–52 |lingua=pt |doi=10.18817/repesca.v5i2.264 |issn=2175-3008 |ultimo3=Soares |primeiro3=Maria Gercilia}}</ref>.Mesmo não estando em um nível de risco de ameaça, é necessário acompanhamento e planejamento de preservação da espécie para que evite o avanço para alguma categoria de risco. Em alguns estudos foi possível identificar contaminação dos indivíduos por mercúrio devido ao descarte de reservatórios de hidrelétricas e resíduos plásticos no estômago. Com a diminuição da espécie, que é nativa, o ambiente se torna livre para espécies exóticas, colocando muitas outras espécies em risco <ref>{{citar web |ultimo=RIBEIRO-BRASIL |primeiro=DRG. et all. |url=http://dx.doi.org/10.1016/j.envpol.2020.115241 |titulo=Contamination of stream fish by plastic waste in the Brazilian Amazon. Environmental Pollution |data=Novembro de 2020 |acessodata=2 de Maio de 2021 |publicado=Elsevier BV}}</ref><ref>{{citar livro|título=Fish mercury increase in Lago Manso, a new hydroelectric reservoir in tropical Brazil.|ultimo=HYLANDER|primeiro=LD. et all.|editora=Journal Of Environmental Management|ano=Outubro de 2006|páginas=155-166}}</ref><ref>{{citar livro|título=Pesca atenuando os impactos de peixes exóticos sobre peixes nativos em lagos do médio Rio Doce, MG.|ultimo=SILVA, LATINI|primeiro=K. B., A. O.|editora=Conservation Biology|ano=1998|páginas=516-510}}</ref>.


{{Referências}}
{{Referências}}

Revisão das 19h57min de 6 de maio de 2021

HYLANDER, LD. et all. (Outubro de 2006). Fish mercury increase in Lago Manso, a new hydroelectric reservoir in tropical Brazil. [S.l.]: Journal Of Environmental Management. pp. 155–166  Verifique data em: |ano= (ajuda)

 Nota: Para outros usos do termo "Piranha", veja Piranha (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaPiranha-vermelha

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Characidae
Subfamília: Serrasalminae
Género: Pygocentrus
Espécie: P. nattereri
Nome binomial
Pygocentrus nattereri
Sinónimos
Serrasalmus nattereri

A piranha-vermelha (Pygocentrus nattereri Kner, 1858) é uma espécie de peixe carnívoro de água doce da família Characidae [1][2][3]. Nativa, não endêmica e epicontinental [4], possuem coloração avermelhada, com cabeça e dorso acinzentados e alguns artigos chegam a registrar indivíduos de até 50 cm [5]. Também são chamados de chupita, coicoa, piranha-caju e piranha-vermelha-da-amazônia. A espécie não possui avaliação da IUCN.

Etimologia e Aspectos Culturais e Socioeconômicos

A piranha-vermelha é popularmente conhecida também por outros nomes no Brasil, como "piranha-caju" e apenas "piranha", e em países como Colômbia e Bolívia é chamada de "piranã roja" e "palometa", respectivamente [6].

Do Tupi-guarani, seu nome é composto de duas palavras:

  • "pirá" (significado = peixe) + "ranha" (significado = dente) [7]

Seu nome científico, por sua vez, foi dado em homenagem ao naturalista Johann Natterer.

A espécie é de grande importância econômica devido aos trabalhos pesqueiros principalmente na região de Manaus, sendo uma das mais abundantes espécies no Amazonas [8]. Em algumas regiões, a carne da piranha-vermelha é bastante apreciada, sendo pescada principalmente para fazer o famoso caldo de piranha, considerado afrodisíaco e estimulante.

As tribos indígenas da Amazônia utilizam os dentes afiados das piranhas para confecção de pontas de flechas. Por ser um peixe que está sempre em procura busca de alimento, a piranha é facilmente atraída pelas iscas para captura. Os atrativos usados pelos pescadores são pedaços de carne com sangue, que são lançados na água.

Quando criadas em aquários, devem ser mantidas isoladas dos demais peixes para que a piranha não se alimente deles.

Taxonomia e Sistemática

A classe Actinopterygii a qual pertence a piranha-vermelha possui mais de 26 000 (vinte e seis mil) espécies de peixes, possuindo esqueleto ósseo, bexiga antatória e sua respiração ocorre através de brânquias e a subfamília a qual pertence (Serrasalminae) é monofilética.

Descrição morfológica

Mandíbula de piranha-vermelha , mostrando os dentes afiados e triangulares

Peixe escamoso; Corpo romboide, ou seja, formato de losango, discoide, largo e comprimido; Focinho curto, arredondado; Mandíbula saliente e massiva com dentes triangulares afiados, de série única e com surpreendente força. Entre todas as piranhas é a que possui o focinho mais rombudo. Embora seja extremamente variável em sua aparência, a piranha-vermelha herdou esse nome por conta de sua coloração ventral e mandibular avermelhada característica da espécie, geralmente mais intenso e profundo nos machos, que normalmente possuem o restante do corpo cinzento, com escamas salpicadas prateadas, as vezes marrom-cremoso nas laterais. Manchas escuras muitas vezes aparecem atrás das guelras e a barbatana anal geralmente é preta na base, enquanto as nadadeiras peitorais e pélvicas variam do vermelho ao laranja. De porte médio, normalmente varia de 18 centímetros a 45 cm de comprimento e um peso calculado em 2,5 kg [9][10][11].

Observações Taxonômicas

De acordo com o Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil [4] a família a qual P. nattereri pertence é a Serrasalmidae. Entretando, pelo PortalBio [3] a família registrada é a Characidae.

Pygocentrus nattereri

Ecologia

Habitat e Distribuição Geográfica

A piranha-vermelha é um peixe neotropical [12] que ocorre nas Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Atlântico Nordeste Oriental, Paraguai, Paraná [4] e em açudes do Nordeste brasileiro. Registrada sua ocorrência no Norte (Pará, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, tocantins), Nordeste (Maranhão), Centro-Oeste (Mato-Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo) e Sul (Pará). A piranha-vermelha normalmente é encontrada em rios de água branca e em alguns riachos e lagos. Em certas áreas, pode habitar também florestas inundadas (tais como aquelas encontradas pela Amazônia brasileira).

Amplamente distribuída por todo o continente sul-americano, a piranha-vermelha é encontrada em rios tropicais de água doce na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Diversos estudos com a espécie são relacionados a parasitofauna, ou seja, os parasitas a qual P. nattereri é hospedeira, sendo uma ótima opção de bioindicador sobre a qualidade do habitat, de fácil coleta e identificação [13].

Cardumes de piranhas-vermelhas

Comportamento, Dieta e Reprodução

A piranha-vermelha é uma espécie onívora [14] porém na maior parte do tempo seu hábito alimentar é piscívoro, e para se alimentar faz uso de suas forças mandibulares para arrancar pedaços da presa [13], podendo se alimentar de animais maiores. Costumam se alimentar de microcrustáceos, insetos, sementes ou nadadeiras de peixes menores [14], podem também se alimentar de qualquer animal terrestre pequeno que encontrar cruzando o rio ou lago, bem como frutas, sementes, algas e plantas aquáticas. Por seu hábito oportunista acaba atacando demais peixes quando colocada em cativeiro juntamente a outros indivíduos e até mesmo em redes de pesca.

Ocorre em rios e lagoas de águas barrentas e vive em cardumes pequenos ou de até mais de 100 indivíduos, embora não apresentem um comportamento de caça em grupo. Ocasionalmente entram em um "frenesi", onde o cardume ataca uma presa e a devora em poucos minutos. Esse comportamento particular contribui para a reputação da piranha-vermelha como predadora voraz, mas os "frenesis" normalmente não são ataques aleatórios, e geralmente são o resultado de provocação a elas ou por fome. São as piranhas mais agressivas da Amazônia mas são extremamente raros os casos de ataques a humanos.

Piranha-vermelha no Prague sea aquarium

Caso tenha um indivíduo ferido e/ou moribundo no próprio grupo, este pode ser atacado e devorado pelos seus companheiros, ocorrendo o canibalismo na espécie.

A espécie atinge maturação sexual quando indivíduos macho atingem 13 centímetros e as fêmeas 15 cm e quando estão em época de acasalamento adquirem uma coloração escura com belas escamas prateadas cintilantes. Sua reprodução ocorre no período de enchentes e a desova é fracionada (desova parcelada) [13], ocorrendo por volta de Abril e Maio durante a estação chuvosa, geralmente com um pico ao longo de um período de dois meses, que pode variar dependendo da localização.

A fêmea põe cerca de 5.000 ovos sobre a vegetação recém-submersa em um ninho construído pelo macho. O macho constrói um ninho de folhas próximo à margem ou troncos, onde serão depositados e fecundados os ovos. Durante o processo de desenvolvimento dos ovos e larvas o macho defende ferozmente seu ninho e faz suaves movimentos com a cauda próximo ao ninho para melhorar a oxigenação e evitar a proliferação de determinados fungos e bactérias. Os alevinos, quando se tornam maiores, costumam se infiltrar no meio de cardumes de pacus pois se parecem muito com eles, e quando podem, devoram alguns indivíduos do grupo.

Importância e Principais Ameaças

Além de economicamente importante para a região, a P. nattereri é fundamental para o equilíbrio ecológico do ecossistema em que vive, predando espécies e, portanto, regulando o número populacional de indivíduos. É de grande importância estudos e análises sobre levantamento de dados e população da espécie para que seja possível o monitoramento atualizado, evitando riscos com o mercado de pesca e venda de peixes [15].Mesmo não estando em um nível de risco de ameaça, é necessário acompanhamento e planejamento de preservação da espécie para que evite o avanço para alguma categoria de risco. Em alguns estudos foi possível identificar contaminação dos indivíduos por mercúrio devido ao descarte de reservatórios de hidrelétricas e resíduos plásticos no estômago. Com a diminuição da espécie, que é nativa, o ambiente se torna livre para espécies exóticas, colocando muitas outras espécies em risco [16][17][18].

Referências

  1. «Pygocentrus nattereri». INaturalist (em inglês). Consultado em 24 de novembro de 2019 
  2. «Piranha-vermelha». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 24 de novembro de 2019 
  3. a b (Portal da Biodiversidade), PortalBio (2018). «Pygocentrus nattereri | Piranha». ICMBio. Consultado em 12 de Abril de 2021 
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  5. Barros, L. A.; Mateus, L. a. F.; Braum, D. T.; Bonaldo, J. (2010-02-XX). «Ecological aspects of endoparasites in red piranha (Pygocentrus nattereri Kner, 1860) from Cuiabá river, Mato Grosso, Brazil». Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (1): 228–231. ISSN 0102-0935. doi:10.1590/S0102-09352010000100033. Consultado em 6 de maio de 2021  Verifique data em: |data= (ajuda)
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  7. FERREIRA, ALEXANDRE ALVES (2010). «Peixe Piranha (Pygocentrus nattereri) do pantanal: composição em ácidos graxos e mudanças com o processamento e estocagem.» (PDF). Campo Grande. Consultado em 02 de Maio de 2021  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
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  10. NUNES, Karla Bittencourt (2015). «ASPECTOS REPRODUTIVOS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PEIXES DE IMPORTÂNCIA COMERCIAL COMO SUBSÍDIO PARA O ORDENAMENTO PESQUEIRO DA BAIXADA MARANHENSE». São Luís - MA. Consultado em 03 de Maio de 2021  line feed character character in |titulo= at position 60 (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
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  15. Bevilaqua, Danniel Rocha; Freitas, Carlos Edwar; Soares, Maria Gercilia (10 de setembro de 2010). «CRESCIMENTO E MORTALIDADE DE PYGOCENTRUS NATTERERI KNER, 1985 EM LAGOS DE VÁRZEA DA REGIÃO DE MANACAPURU, AMAZÔNIA». Revista Brasileira de Engenharia de Pesca (2): 43–52. ISSN 2175-3008. doi:10.18817/repesca.v5i2.264. Consultado em 18 de Abril de 2021 
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  18. SILVA, LATINI, K. B., A. O. (1998). Pesca atenuando os impactos de peixes exóticos sobre peixes nativos em lagos do médio Rio Doce, MG. [S.l.]: Conservation Biology. pp. 516–510 

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