Chiroderma vizottoi: diferenças entre revisões
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=== Alimentação === |
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* Possuem dietas frugívoras, incluindo também insetivoria por oportunismo. Os valores nutricionais dos frutos da região em que estes morcegos ocorrem tendem a ser baixas, principalmente em lipídios e proteínas, dessa forma, estes animais comem sementes, visto que possuem uma grande quantidade de nutrientes. |
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=== Reprodução === |
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* Fêmeas grávidas e lactantes capturadas em janeiro. Padrão reprodutivo não totalmente conhecido. |
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=== Aspectos Culturais e Sociais === |
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* Como as informações sobre o organismo são escassas, não há observações. |
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Revisão das 20h09min de 5 de dezembro de 2023
Chiroderma vizottoi é uma espécie de morcego da família Phyllostomidae. Endêmica do Brasil, onde pode ser encontrada nos estados do Ceará e Piauí.[1][2]
Chiroderma vizottoi | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Chiroderma vizottoi Taddei & Lim, 2010 |
Características Gerais
Chiroderma vizottoi é um morcego monotípico encontrado na Caatinga brasileira[3]. Apresenta pelagem dorsal amarelo-acastanhada, faixas brancas distintas na cabeça e asas negras. Com antebraço medindo entre 45 e 50 mm[4], é adaptado ao ambiente xérico, mas detalhes específicos são limitados devido a escassez de estudos.
Anatomia
Uropatágio bem desenvolvido. De forma geral, o gênero Chiroderma apresenta como característica peculiar a ausência dos ossos nasais[5].
Morfologia
A morfologia de Chiroderma vizottoi é caracterizada[6] por uma pelagem dorsal de tonalidade acinzentada a castanha clara. As listras faciais são notáveis, com destaque para o par superior, que é largo e proeminente, tocando-se para formar uma extensa área branca sobre a cabeça. Uma faixa branca dorsal média estende-se dos ombros até a base da membrana interfemoral. Os incisivos superiores internos são mais largos e inclinados. O primeiro pré-molar inferior possui uma cúspide bem desenvolvida, alcançando metade da altura do segundo pré-molar. A caixa craniana é notavelmente alta e globosa em comparação com a subespécie nominal. O entalhe nasal é longo, ultrapassando a borda anterior das órbitas, e a área pós orbitais são moderadamente desenvolvidos. Essas características morfológicas distintivas contribuem para a identificação única desta subespécie de morcego. Além das características descritas, asas são negras, com área translúcida, e uropatágio peludo.
Ecologia
Habitat
- Encontrado na Caatinga xérica brasileira. Em um estudo com o Chiroderma vizottoi, um espécime coletado na Caatinga do Piauí foi capturado numa área com árvores xerofíticas baixas (3 a 5 m)[7], próximo a um afloramento rochoso. Dois exemplares do Maranhão foram capturados em redes armadas na beira da praia, em área de restinga. Essa espécie ocorre nos estados brasileiros do Ceará e Piauí.
Alimentação
- Possuem dietas frugívoras, incluindo também insetivoria por oportunismo. Os valores nutricionais dos frutos da região em que estes morcegos ocorrem tendem a ser baixas, principalmente em lipídios e proteínas, dessa forma, estes animais comem sementes, visto que possuem uma grande quantidade de nutrientes.
Reprodução
- Fêmeas grávidas e lactantes capturadas em janeiro. Padrão reprodutivo não totalmente conhecido.
Aspectos Culturais e Sociais
- Como as informações sobre o organismo são escassas, não há observações.
História Natural da Espécie
Pouco se sabe sobre a história natural de C. vizottoi. No Ceará, sete espécimes foram capturados em redes armadas próximas a uma Moraceae com frutos e uma fêmea grávida e outra lactante foram capturadas em janeiro[8]. O ácaro Periglischrus iheringi (Spinturnicidae) [9]foi registrado parasitando indivíduos de C. vizottoi no Ceará.
Conservação
Classificado como Data Deficient no IUCN Red List. Conhecido por apenas dez indivíduos; informações sobre dieta, distribuição e história de vida são escassas.
Etimologia do nome
A espécie C. vizottoi é nomeada em homenagem ao Professor Luis Dino Vizotto em reconhecimento às suas contribuições para a sistemática dos morcegos brasileiros.
Referências
- ↑ Taddei, V.; Lim, B. (2010). «A new species of Chiroderma (Chiroptera, Phyllostomidae) from Northeastern Brazil». Brazilian Journal of Biology. 70 (2): 381–386
- ↑ Silva, Da; P, Shirley S.; Dias, Daniela; Martins, Mayara A.; Guedes, Patrícia G.; Almeida, De; C, Juliana; Cruz, Da; P, Alexandre (1 de dezembro de 2015). «Bats (mammalia: chiroptera) from the caatinga scrublands of the crateus region, northeastern Brazil, with new records for the state of Ceará». Mastozoología neotropical. 22 (2): 335–348. ISSN 0327-9383
- ↑ Taddei, VA.; Lim, BK. (maio de 2010). «A new species of Chiroderma (Chiroptera, Phyllostomidae) from Northeastern Brazil». Brazilian Journal of Biology (2): 381–386. ISSN 1519-6984. doi:10.1590/s1519-69842010000200021. Consultado em 5 de dezembro de 2023
- ↑ Taddei, VA.; Lim, BK. (maio de 2010). «A new species of Chiroderma (Chiroptera, Phyllostomidae) from Northeastern Brazil». Brazilian Journal of Biology (2): 381–386. ISSN 1519-6984. doi:10.1590/s1519-69842010000200021. Consultado em 5 de dezembro de 2023
- ↑ Reis, Nelio R. dos; Peracchi, Adriano L.; Lima, Isaac P. de; Pedro, Wagner A. (setembro de 2006). «Riqueza de espécies de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em dois diferentes habitats, na região centro-sul do Paraná, sul do Brasil». Revista Brasileira de Zoologia (3): 813–816. ISSN 0101-8175. doi:10.1590/s0101-81752006000300028. Consultado em 5 de dezembro de 2023
- ↑ GARBINO, GUILHERME S. T.; LIM, BURTON K.; TAVARES, VALÉRIA DA C. (7 de setembro de 2020). «Systematics of big-eyed bats, genus Chiroderma Peters, 1860 (Chiroptera: Phyllostomidae)». Zootaxa (1). ISSN 1175-5334. doi:10.11646/zootaxa.4846.1.1. Consultado em 5 de dezembro de 2023
- ↑ GARBINO, GUILHERME S. T.; LIM, BURTON K.; TAVARES, VALÉRIA DA C. (7 de setembro de 2020). «Systematics of big-eyed bats, genus Chiroderma Peters, 1860 (Chiroptera: Phyllostomidae)». Zootaxa (1). ISSN 1175-5334. doi:10.11646/zootaxa.4846.1.1. Consultado em 5 de dezembro de 2023
- ↑ Maas, Andrea Cecília Sicotti; Dias, Daniela; Pol, André; Martins, Mayara Almeida; Araújo, Roberta Miranda de; Gil, Bruno Bret; Schutte, Michel; Peracchi, Adriano Lúcio (1 de maio de 2013). «New records of bats for the state of Piauí, northeastern Brazil (Mammalia: Chiroptera)». Check List (2). 445 páginas. ISSN 1809-127X. doi:10.15560/9.2.445. Consultado em 5 de dezembro de 2023
- ↑ GARBINO, GUILHERME S. T.; LIM, BURTON K.; TAVARES, VALÉRIA DA C. (7 de setembro de 2020). «Systematics of big-eyed bats, genus Chiroderma Peters, 1860 (Chiroptera: Phyllostomidae)». Zootaxa (1). ISSN 1175-5334. doi:10.11646/zootaxa.4846.1.1. Consultado em 5 de dezembro de 2023