Índice Waffle House

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Os destroços de um estabelecimento Waffle House em Biloxi, Mississippi, após a passagem do furacão Katrina

O Índice Waffle House (no original em inglês, Waffle House Index) é um indicador de resposta a desastres elaborado com base na popular rede de restaurantes do sul dos Estados Unidos, Waffle House. Dado que estes restaurantes fornecem um serviço permanente e não encerram, desenvolveu-se uma métrica informal para determinar a gravidade de uma tempestade e a provável escala de assistência necessária para a recuperação de desastres.[1][2] O termo foi cunhado pelo ex-administrador Craig Fugate da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA).[3] O índice é usado de forma casual em comunicações efetuadas pela FEMA.[1][4][5][6]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O índice é baseado na reputação da Waffle House de efetuar um bom planeamento para cenários de desastre e permanecer aberta durante condições climatérias extremas, ou reabrir pouco tempo depois.

Chegar lá e a Waffle House estar fechada? Isso é mesmo grave...[7]
Original (em inglês): If you get there and the Waffle House is closed? That's really bad...
— Craig Fugate

 (em inglês)

Níveis[editar | editar código-fonte]

O índice tem três níveis, com base no tipo de operações e serviços fornecidos pelo restaurante após uma tempestade:[8][9]

  • VERDE: menu completo – restaurante com fornecimento de energia e danos mínimos ou ausentes;
  • AMARELO: menu limitado – a energia está ausente ou é fornecida por um gerador, ou o estoque de alimentos é reduzido;
  • VERMELHO: restaurante fechado – indica danos severos ou inundações graves; destruição severa do restaurante.

Contexto[editar | editar código-fonte]

O termo foi cunhado pelo então administrador da FEMA, Craig Fugate, em maio de 2011, após o tornado de Joplin de 2011, durante o qual os dois restaurantes Waffle House em Joplin permaneceram abertos.[10][11][12]

A métrica baseia-se na reputação da rede de restaurantes Waffle House permanecer aberta durante condições climáticas extremas e por reabrir rapidamente após ocorrências severas (como tornados ou furacões), embora às vezes com um menu limitado. O planeamento de desastres civis por parte da empresa inclui a formação de funcionários para facilitar a reabertura rápida após desastres. A Waffle House, juntamente com outras cadeias (como Home Depot, Walmart e Lowe's) que realizam uma proporção significativa dos seus negócios no sul dos EUA, onde existe um risco frequente de furacões, têm uma boa gestão de riscos e preparação para desastres. Por causa disso, e da existência de um menu limitado para situações excecionais, o índice raramente atinge o nível vermelho.[10]

O "Índice Waffle House" é considerado ao lado de indicadores mais científicos de medição de vento, precipitação e outras informações meteorológicas, como a Escala de Furacões Saffir-Simpson, que é usada para indicar a gravidade de uma tempestade.

A título de exemplo, devido à gravidade do furacão Iande 2022 na Flórida, 35 restaurantes Waffle House encerraram antes da tempestade. Este acontecimento raro foi tido como um indicador da seriedade do evento climático. O furacão Ian atingiu a costa como um furacão de categoria 4 com ventos de 155 milhas por hora (250 km/h), atingindo o pico sobre o Oceano Atlântico como um furacão de categoria 5.[carece de fontes?]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Rossman, Sean (7 de setembro de 2017). «How FEMA uses Waffle Houses in disasters». USA Today. Consultado em 31 de outubro de 2021 
  2. Zraick, Karen; Caron, Christina (13 de setembro de 2018). «Landfall, Storm Surge and the Waffle House Index: Hurricane Terms and What They Mean». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 31 de outubro de 2021 
  3. Walter, Laura (6 de abril de 2011). «What Do Waffles Have to Do with Risk Management?». EHS Today 
  4. Mettler, Katie (7 de outubro de 2016). «The 'Waffle House index': Hurricane Matthew is so scary even the always-open eatery is evacuating». The Washington Post (em inglês). ISSN 0190-8286. Consultado em 31 de outubro de 2021 
  5. McKnight, Brent; Linnenluecke, Martina K. (2016). «How Firm Responses to Natural Disasters Strengthen Community Resilience: A Stakeholder-Based Perspective». Organization & Environment. 29 (3): 290–307. ISSN 1086-0266. JSTOR 26164770. doi:10.1177/1086026616629794 – via JSTOR 
  6. Wolff-Mann, Ethan (7 de outubro de 2016). «Here's what FEMA told us about the Waffle House Index». Yahoo! Finance. Consultado em 31 de outubro de 2021 
  7. (inscrição necessária)Bauerlein, Valerie (1 de setembro de 2011). «How to Measure a Storm's Fury One Breakfast at a Time». The Wall Street Journal. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2015 
  8. Fugate, Craig (28 de maio de 2016). «Wait Wait... Don't Tell Me!» 
  9. Smith, K. Annabelle (30 de agosto de 2012). «How Waffle House Uses Twitter to Help Recovery Efforts». Smithsonian Magazine. Consultado em 31 de outubro de 2012 
  10. a b Walter, Laura (6 de julho de 2011). «What Do Waffles Have to Do with Risk Management?». EHS Today Walter, Laura (July 6, 2011). "What Do Waffles Have to Do with Risk Management?". EHS Today.
  11. «What the Waffle House Can Teach About Managing Supply Chain Risk». Insurance Journal. 19 de julho de 2011 
  12. Brown, JPat (1 de setembro de 2017). «FEMA really does have a 'Waffle House Index' for hurricanes – and they're not too happy about it». MuckRock. Consultado em 30 de outubro de 2019