Alfredo Gallis

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Alfredo Gallis
Alfredo Gallis
Nome completo Joaquim Alfredo Gallis
Nascimento 1859
Lisboa, Reino de Portugal e dos Algarves
Morte 24 de novembro de 1910
Lisboa, 1ª República Portuguesa
Nacionalidade Português
Ocupação Administrador do Concelho do Barreiro (1901-1905)

Jornalista, Ensaísta

Magnum opus "Volúpias: 14 contos galantes"
Movimento estético Naturalismo

Joaquim Alfredo Gallis (Lisboa, 1859 — Lisboa, 24 de Novembro de 1910), mais conhecido por Alfredo Gallis, foi um jornalista e romancista naturalista, muito afamado nos anos finais do século XIX, que exerceu o cargo de escrivão da Corporação dos Pilotos da Barra e o de administrador do concelho do Barreiro (1901-1905).[1][2]

Usou múltiplos pseudónimos, entre os quais Anthony, Rabelais, Condessa do Til, Katisako Aragwisa, entre outros, enquanto escritor de prosa licenciosa. Assinou também com o seu nome autêntico, alguns dos textos de caráter ensaístico, inclusive, onde o autor investe na reflexão sobre temas que vão desde a história do país, à história da Sexualidade, tal como comprovam Sinopse dos homens célebres de Portugal desde a Fundação da Monarquia (1883), O sensualismo na antiga Grécia (1894) e Um reinado trágico (1908-1909, complementos à História de Portugal, de Pinheiro Chagas).[2]

Referência à Universal e à família Gallis

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em 1859, e falecido a 24 de novembro de 1910, filho de Francisco Augusto Gallis (?- 9 de novembro de 1895) e Maria Eugénia Gallis, primo de Carlos Eugénio Gallis, Valentim Augusto Gallis e Bertha Gallis[3].

Desde muito jovem redigiu artigos e folhetins em jornais e revistas, entre os quais a Universal (c. 1895[3]), a Ilustração Portuguesa [4] (1884-1890), O Branco e Negro [5] (1899), o Jornal do Comércio, a Ecos da Avenida e o Diário Popular (onde usou o pseudónimo Anthony).[2]

Como romancista conquistou grande popularidade, especializando-se em textos impregnados de sensualismo exaltado que viviam das «fraquezas e aberrações de que eram possuídas, eram desenvolvidas entre costumes libertinos e explorando o escândalo».[2] Escreveu cerca de três dezenas de romances, por vezes publicados com o pseudónimo Rabelais.

Alguns dos seus romances têm títulos sugestivos da sensualidade que exploram, nomeadamente Mulheres perdidas, Sáficas, Mulheres honestas, A amante de Jesus, O marido virgem, As mártires da virgindade, Devassidão de Pompeia e O abortador. É autor dos dois volumes da História de Portugal, apensos à História, de Pinheiro Chagas, referentes ao reinado do rei D. Carlos I de Portugal.[2]

Principais obras[editar | editar código-fonte]

Entre muitas outras, é autor das seguintes obras:

  • As doze mulheres de Adão
  • A amante de Jesus
  • Lascivas
  • Sensações fortes
  • Sensuais
  • Aventuras galantes (com o pseudónimo Rabelais)
  • O que as Noivas devem saber (3.ª ed. 1910, sob o pseudónimo de Condessa de Til)
  • O que os noivos não devem ignorar
  • O Sensualismo na antiga Grécia
  • O Marido Virgem : patologia do amor (1900)
  • O Sr. Ganimedes (1906)
  • O algoz
  • A luxúria judaica
  • Cartas de um Japonez: de Lisboa para Tokio : critica d'um oriental ácerca do nosso paiz (1907, com o pseudónimo Katisako Aragwisa)
  • As mártires da virgindade
  • Devassidão de Pompeia
  • O abortador
  • Um reinado trágico (complementos à História de Portugal de Pinheiro Chagas)

Na série Tuberculose Social publicou os seguinte volumes[6]:

  • I. Os Chibos
  • II. Os Predestinados
  • III. Mulheres Perdidas
  • IV. Decadentes
  • V. Malucos?
  • VI. Políticos
  • VII. A Taberna
  • VIII. Sáficas (1902)
  • IX. Casas de Hóspedes
  • X. A Sacristia
  • XI. Mulheres Honestas
  • XII. Os Pelintras

Notas

Ligações externas[editar | editar código-fonte]