Batalha de Misurata

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Batalha de Misurata
Guerra Civil Líbia de 2011

Mudanças nas linhas de frente durante a Batalha de Misrata
Data 18 de fevereiro - 15 de maio de 2011
Local Misrata, Libia
Desfecho Vitória dos rebeldes
  • Rebeldes assumem o controle total de toda a cidade.
  • Porto reabre depois se ser parcialmente fechado devido ao fogo de artilharia e às minas de 29 de abril a 9 de maio
  • Todos os serviços públicos da cidade são encerrados
  • Rebeldes avançam para Dafniya, a oeste de Misrata, e aos arredores de Tawergha, ao sul de Misrata
Beligerantes
Líbia Forças anti-Gaddafi

Nações Unidas Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU[2]

Líbia Forças Armadas da Líbia
Comandantes
Líbia Ibrahim Baitulmal[5]
Líbia Nuri Abdullah Abdul latif[6]
Líbia Salah Badi[7]
Líbia Ali Attalah Obeidi [8]
Líbia Khamis Gaddafi (a partir de 12 de março)
Líbia Nabih Zayid[9]
Líbia Albarrani Shkal[10]
Forças
3.000 rebeldes
(29 de maio)[11]
Brigada Hamza (inicialmente)[12]
Brigada Khamis (desde 12 de março)[13]
Total: 2.000-3.000 homens[14]

A Batalha de Misurata (em árabe: معركة مصراتة), também conhecida como Cerco de Misurata[15], foi uma batalha da Guerra Civil Líbia de 2011 pelo controle de Misurata. Foi travada entre tropas leais ao governo de Muammar Gaddafi e os rebeldes anti-Gaddafi que mantinham Misurata, a terceira maior cidade da Líbia. Após as etapas iniciais da revolta, o governo líbio retomou a maioria das cidades no oeste do país, deixando Misurata como a única grande cidade sob controle rebelde na Tripolitânia. A cidade logo se tornou o local de uma das principais batalhas da guerra. O sofrimento dos cidadãos de Misurata ganhou atenção mundial. A intensidade dos combates e sua importância, tanto estratégica quanto simbólica, daria a batalha a alcunha de "Stalingrado da Líbia".[16][17] Durante o cerco, ocorreram combates muito pesados, a cidade foi atacada e bombardeada diariamente, e por vezes foi cerrada do seu porto marítimo, não deixando nenhuma via de fuga para os habitantes de Misurata.[18] Após a intervenção militar estrangeira na guerra civil, a OTAN declarou que o rompimento do cerco da cidade era sua principal prioridade. É considerada como uma das batalhas mais longas e sangrentas de toda a guerra. No final de abril e início de maio, os contra-ataques rebeldes retomariam a cidade com sucesso, culminando com a queda do aeroporto e a base aérea nas proximidades em 11 de maio.

Referências

  1. «Libyan rebels continue their struggle». Al Jazeera English 
  2. «UN clears way for Libyan no-fly zone». 18 de março de 2011 
  3. «Nato takes control of enforcing Libya no-fly zone». 25 de março de 2011 
  4. «Canadian jets bomb Libyan target in first attack». The Globe and Mail. 23 de março de 2011 
  5. «Libya rebel city tense as Gadhafi ultimatum expires». 3 de Maio de 2011. Cópia arquivada em 3 de Maio de 2011 
  6. «Misrata rebels officially plead for Western troops». The INQUIRER Network. 19 de Abril de 2011 
  7. «Libya: rebels celebrate seizing Misurata airport». London: The Daily Telegraph. 11 de Maio de 2011 
  8. «Rebels claim top Libyan general quit over kill orders». euronews 
  9. Chris Stephen. «Libyan rebels in Zlitan capture key government commander». the Guardian 
  10. Stephen, Chris (29 de agosto de 2011). «Misrata rebels defy Libya's new regime». London. The Guardian 
  11. Libya's Misrata rebels face tough new fight - Boston.com 29 de maio de 2011.
  12. «Libyan forces shoot protesters». Al Jazeera. 25 de fevereiro de 2011. Cópia arquivada em 5 de março de 2011 
  13. «Libyan troops defect near rebel-held Misrata-rebel» (em inglês). 12 de março de 2011. Cópia arquivada em 14 de março de 2011 
  14. Ten dead, several wounded as Gaddafi forces attack Misurata - timesofmalta.com 9 de junho de 2011.
  15. «Hardened Misrata fighters took out fury on Gadhafi - World news - Mideast/N. Africa - NBC News». msnbc.com 
  16. «The Independent: Misrata becomes Libya's Stalingrad (17 de Abril de 2011)». The Independent 
  17. «Los Angeles Times: Misurata, proud of its role in Libya revolt, looks to the future (23 de setembro de 2011)». Los Angeles Times 
  18. «Eine Massenflucht hat eigentlich keine Chance». Deutschland Radio. 21 de Abril de 2011