Carta 08

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Carta 08 é um manifesto assinado por 303 intelectuais e ativistas dos direitos humanos, de múltiplas profissões (académicos, advogados, jornalistas e artistas) - e depois por outras oito mil pessoas[1] - para promover a reforma política e a democratização na República Popular da China.[2]

No texto exige-se que o governo chinês se empenhe em promover ou autorizar o multipartidarismo, um sistema judicial independente, e liberdade de religião, associação e imprensa.

Para um documento de origem chinesa, ele não é comum ao demandar liberdade de expressão e eleições livres. Foi publicado em 10 de dezembro de 2008, no 60.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e seu nome faz referência à Carta 77, publicada por dissidentes da Tchecoslováquia.[4]

Liu Xiaobo terá sido um dos principais redatores da Carta 08. Preso em dezembro de 2009, e em vias de condenação por 11 anos, foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz de 2010.Xiaobo veio a falecer em 13 de julho de 2017 ,vitima de um cancro hepático

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. publico.pt. «Pequem assume prisão de opositor influente». Consultado em 8 de outubro de 2010 
  2. «Over 5000 people have signed the Charter 08 (《零八宪章》签名已超过5000人)». Boxun. 17 de dezembro de 2008. Consultado em 15 de dezembro de 2008 
  3. «Charter 08 (translated from the Chinese by Human Rights in China)». Human Rights in China. Consultado em 10 de dezembro de 2008 
  4. Spencer, Richard (9 de dezembro de 2008). «Chinese dissidents emulate anti-Soviet heroes with Charter 08». Telegraph.co.uk. Consultado em 10 de dezembro de 2008 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Carta 08