Castelinho (Erechim)

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 Nota: Para outros significados, veja Castelinho.
Castelinho
Castelinho (Erechim)
Início da construção 1912
Fim da construção 1915 (109 anos)
Geografia
País Brasil
Coordenadas 27° 38' 06" S 52° 16' 25" O

Castelinho[1] é um edifício localizado no centro do município de Erechim, no estado do Rio Grande do Sul. Construído entre os anos de 1912 e 1915, é uma atração turística municipal, por ser o primeiro edifício público do município. Tombado como patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio Grande do Sul em 1992 e doado ao município de Erechim em 1998.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Representa um importante testemunho da política imigratória implementada no Governo Borges de Medeiros no início do século XX.[2]

O projeto de construção foi contratado pelo Sr. Guilherme Franzmann e executado pelo Sr. Germano Müssig, entre 1912 e 1915. A inauguração ocorreu em 20 de abril de 1916,[3] instalando-se a Comissão de Terras, cuja finalidade era a demarcação e venda de lotes rurais e urbanos, instalação de núcleos agrícolas e urbanos, assentamento de imigrantes europeus como agricultores nas novas colônias e abertura de estradas coloniais.[2] Logo em seus primórdios, atendeu 7412 imigrantes. Em 1923 serviu de hospital para os chimangos(grupo/corrente que apoiavam o governo durante o período regencial e faziam oposição aos farroupilhas) feridos no Combate do Desvio Giaretta.[4]

A madeira (de lei) veio do Município de Getúlio Vargas e as pedras, que constituem os alicerces, vieram das cabeceiras do Rio Dourado. Foram transportadas pelo Sr. Olinto Zambonatto.[3]

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

A construção de cinco pavimentos é a mais antiga construção em madeira de Erechim. Abrigou a sede da Comissão de Terras do Estado, que foi o órgão que projetou e demarcou as ruas e avenidas de Erechim, durante a colonização da região.[5] Pelas fotos não se observa os cinco pavimentos, pois dois deles são subsolos[6]:

  • Segundo subsolo: possui área de 104,26 metros quadrados, piso de cerâmica, basalto e cimento alisado, equipado com sanitários. Construído em concreto.
  • Primeiro subsolo: possui área de 297,61 metros quadrados, já o piso é de cerâmica, granito e assoalho de madeira, também equipado com sanitários. Construído em concreto.
  • Térreo: possui 296,31 metros quadrados, construído em madeira com assoalho e forro de madeira.
  • Segundo pavimento: possui 181,97 metros quadrados, construído em madeira com assoalho de madeira, piso de cerâmica e equipado com sanitários.
  • Ático: possui 23,98 metros quadrados, construído em madeira com assoalho de madeira.

Está construído em uma área total de 904,13 metros quadrados.[6]

Os lambrequins, elementos decorativos de madeira de acabamento nos beirais, apresentam desenho requintado.[2]

Restauração[editar | editar código-fonte]

Em março de 2021 foi apresentado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Erechim o plano de ação estratégica para reabertura do castelinho, com o objetivo de retomar o projeto de Plano de Ocupação, desenvolvido entre os anos de 2018 e 2019. Neste plano consta também o plano de restauro e gestão.[5] Está fechado desde 2013 e teve todos os protocolos de restauração e ocupação atualizados pela equipe técnica que dará continuidade ao Plano de Ocupação.[5]

Referências

  1. http://www.queb.com.br/turismo_gaucho_roteiro.php?id=111
  2. a b c d «Erechim - Castelinho -ipatrimônio». Consultado em 4 de abril de 2021 
  3. a b «Prefeitura Municipal de Erechim». Prefeitura Municipal de Erechim. Consultado em 4 de abril de 2021 
  4. «Arquivo Histórico Juarez Miguel Illa Font, Av. Pedro Pinto de Souza nº 100, Erechim (2021)». www.gluseum.com. Consultado em 4 de abril de 2021 
  5. a b c Cidades, Jornal. «Plano vai detalhar a reabertura do Castelinho, em Erechim». Jornal Cidades. Consultado em 4 de abril de 2021 
  6. a b Dall'Agnol, Francielle (2009). «Complexo Cultural em Erechim - RS» (PDF). UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Faculdade de Arquitetura. Consultado em 4 de abril de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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