Constantino Focas

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Constantino Focas
Constantino Focas
Suposto envenenamento e morte de Constantino Focas. Seu pai, em luto e furioso, ordena a execução de todos os prisioneiros árabes. Iluminura no Escilitzes de Madrid.
Conhecido(a) por
Nacionalidade Império Bizantino
Progenitores Pai: Bardas Focas, o Velho
Parentesco Leão Focas, o Jovem (irmão); Nicéforo II Focas (irmão)
Ocupação General
Título
Religião Cristianismo

Constantino Focas (em grego: Κωνσταντῖνος Φωκᾶς; m. 953/954) foi um general e aristocrata bizantino, filho mais novo de Bardas Focas, o Velho e irmão do general e, posteriormente, imperador Nicéforo Focas e de Leão Focas, o Jovem.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Quando seu pai foi nomeado doméstico das escolas (comandante-em-chefe do exército bizantino) em 945, Constantino foi nomeado estratego do Tema de Selêucia, na fronteira sudeste do Império Bizantino com o Califado Abássida.[1] Participou nas campanhas do pai contra os muçulmanos, vindo a ser derrotado em 952 por Abu Firas Hamadani quando da tentativa de obstrução do projeto de refortificação empreendido pelo hamadânida emir de Alepo Ceife Adaulá (r. 945–967) das cidades de Ra'ban e Marache na zona fronteiriça.[2] Em 953, foi capturado por Ceife Adaulá na Batalha de Marache.[3][4] Como prisioneiro, presenciou a subsequente entrada triunfal de Adaulá em Alepo, mas logo em seguida caiu enfermo e morreu (provavelmente no início de 954).[5]

Algumas fontes bizantinas, porém, alegam que teria sido envenenado pelo emir após recusar-se a converter-se ao islamismo, enquanto que as fontes árabes alegam que teria sido envenenado por agentes bizantinos após Ceife Adaulá ter recusado um enorme resgate oferecido por Bardas Focas. Seja como for, a culpa pela morte de Constantino parece ter sido atribuída a Adaulá pelos bizantinos e muitos prisioneiros, incluindo alguns parentes do emir da dinastia hamadânida, foram executados como retaliação.[5] Algumas fontes, bizantinas e árabes, relatam que a morte dos prisioneiros árabes foi resultado do fracasso de uma embaixada enviada pelos bizantinos em junho de 954, liderada por Paulo Monômaco, com o objetivo de negociar a paz, mas os estudiosos modernos rejeitam essa explicação.[6][7]

Referências

  1. Whittow 1996, p. 323, 347.
  2. Lilie 2013, Abū Firās al-Ḥāriṯ b. Saʻīd b. Ḥamdān (#20051).
  3. Vasiliev 1968, p. 348–350.
  4. Wortley 2010, p. 232–233.
  5. a b Vasiliev 1968, p. 351–352.
  6. Vasiliev 1968, p. 352.
  7. Wortley 2010, p. 233.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt 
  • Vasiliev, A.A. (1968). Byzance et les Arabes, Tome II, 1ére partie: Les relations politiques de Byzance et des Arabes à L'époque de la dynastie macédonienne (867–959) (em francês). Bruxelas: Éditions de l'Institut de Philologie et d'Histoire Orientales 
  • Wortley, John (2010). John Skylitzes: A Synopsis of Byzantine History, 811-1057. Cambridge, Reino Unido: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-76705-7