Discussão:Cross-dressing

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O artigo estava péssimo, confuso, com erros factuais, linguagem atroz, considerações pessoais vagas, ligações externas sem interesse, com informação incorrecta, e sem fontes. Reescrevi-o como um esboço, mas um utilizador reinseriu muitos dos erros anteriores, insistiu em colocar novamente um link sem interesse algum, e substituiu o português europeu, que era consistente pelo artigo fora, por brasileiro (que é contra as regras de ortografia da wikipédia). Desfiz essas edições. O artigo é um esboço, mas com informação correcta e pertinente - sugiro que se algum utilizador quiser adicionar algo que vá para além do nível de esboço, o faça com fontes, linguagem e conceitos claros, e que discuta as alterações antes de as efectuar (e, antes de tudo, que leia e se informe sobre o assunto...) As páginas da wikipédia pt sobre temas LGBT estão *muito* más, vamos mudar isso? 87.196.75.29 (discussão) 18h03min de 9 de março de 2009 (UTC)Responder

Prezados Senhores: Pensei que fosse do interesse de vocês que se acrescentasse informações e que se enriquecesse as matérias apresentadas por essa enciclopédia. Mas vejo que há uma dinastia de supervisores que simplesmente podam toda e qualquer colaboração. Pois que escrevam eles mesmos as matérias! Eu pessoalmente estou esgotada de oferecer a minha colaboração e ser podada. Mais: de colocar ligações externas que a liga de "supervisores" considera irrelevantes ao seu bel prazer, podando simplesmente sem nenhuma justificativa. Como eu já disse, eles que reescrevam as matérias. Passar bem.

Revisão[editar código-fonte]

Cara IP: não sou admin da wikipédia, aliás nem conta registada tenho, e temos o mesmo direito de a editar. Você não escreveu nada na página de discussão, que é o que deve ser feito antes de alguma mudança substancial a um artigo. A versão anterior ao rascunho que escrevi estava pior que uma página em branco, e não adicionei mais informações porque é importante termos uma estrutura e fontes antes de expandir o artigo. As suas alterações não tinham fontes, muitas eram considerações pessoais e subjectivas, algumas completamente erradas e induzindo à confusão, e a ligação exterior é para um site com muitos erros - não é um site autoritativo, apenas a página pessoal de uma pessoa que pratica o crossdressing. As páginas pessoais, pela própria política da wikipédia, são de evitar, sobretudo quando não são em nada notáveis (e, como era o caso, com opiniões apresentadas como facto). Já tinham havido várias tentativas de o voltar a inserir, sem discussão prévia alguma nesta página.
Acho que as suas contribuições, desde que sigam estes pontos e os restantes da política da wikipédia (que não está lá para limitar, mas para contribuir para a qualidade dos artigos), podem ser importantes, e p.f. não se sinta desencorajada de fazer alterações que forem nesse sentido. E não se esqueça de assinar com quatro tildes depois das mensagens!
Cumprimentos. 87.196.51.30 (discussão) 05h19min de 15 de março de 2009 (UTC)Responder
Sugiro para quem se interessa sobre o assunto, diferenciar crossdresser da transexualidade, transgeneridade, transexual e travesti e, quando o caso, apontar semelhanças. Algumas leituras podem ser importantes para isso como Harry Benjamin, Escala de Orientação Sexual, Magnus Hirschfeld, Sigmund Freud, Alfred Kinsey, Escala Kinsey, Sandra Bem e demais pesquisas. --Jirah (discussão) 01h53min de 21 de março de 2009 (UTC)Responder

Acrescentar mais alguns pormenores...[editar código-fonte]

Olá,

Gostaria de propôr a expansão deste artigo com mais algumas referências. Conforme tenho lido nalguns sites e blogs portugueses (não sei se esta situação é comum noutros países de expressão portuguesa), a classe de indivíduos transgênero (incluindo obviamente também os crossdressers) tende a ser omitida ou mesmo completamente ignorada pelos movimentos LGBT — em Portugal, por exemplo, esquece-se frequentemente de que o "T" faz parte da sigla LGBT! Uma razão que aponto para esta "omissão" é a falta de literatura de qualidade sobre o assunto e relativamente pouco informação de grupos de apoio, online ou de "carne-e-osso", pelo menos no caso português. À excepção de algumas crossdressers com alguma fama (como por exemplo a Jó Bernardo) e respectivo clube de amigos(as), assim como uma associação incipiente, há mesmo muito pouca informação disponível. Penso que a página da Wikipedia em língua portuguesa reflecte justamente esta ausência de informação.

Em particular, existe muito frequentemente a associação imediata do acto de crossdressing a uma atitude homossexual, e "travesti" (ou o seu termo mais pejorativo, "traveco") é aplicado com a conotação negativa de "homossexual" (estes, no entanto, com os seus direitos muito mais protegidos, pelo menos na legislação portuguesa). Embora certamente exista um fetiche homossexual associado à actividade de crossdressing, e este seja, efectivamente, bastante frequente (uma afirmação que posso apenas fazer baseado na minha experiência pessoal; a maior parte das crossdressers portuguesas com que comunico via Internet são atraídas por homens do sexo masculino e vestem-se de mulher com esse intuito, visto existir igualmente um forte grupo de fetichistas masculinos que se sentem atraídos por homens transvestidos de mulheres); no entanto, este grupo não representa a totalidade do panorama de crossdressers.

Gostaria de propôr uma subclassificação no artigo, baseada nalguns estudos de Anne Lawrence (ver este textopor ex.) e algumas discussões, em língua portuguesa, propondo alguma classificação mais explicativa da tipologia.

De notar que esta página está muito fraca, comparada com a definição de Travestismo, embora este artigo tenha muita contestação na página de discussão. "Travesti" é a forma mais popular de designar o acto de um indivíduo envergar roupas normalmente associadas ao sexo oposto, e é a designação mais frequentemente conhecida, mesmo que (infelizmente) tenha uma carga pejorativa muito negativa.

A proposta de expansão do artigo seria então assim:

Tipologia de crossdressers

É frequente existir na opinião popular a identificação da actividade de um homem que se veste como mulher como sendo uma atitude homossexual. No entanto, esta descrição não é exacta, já que a homossexualidade tende a manifestar-se como atração física, emocional e estética por outro indivíduo do mesmo sexo. A atracção por um indivíduo que manifesta atributos externos do sexo oposto sugere a necessidade de uma classificação diferente.

Segundo as teorias de Blanchard, Bailey, e Lawrence, que são, no entanto, bastante contoversas, dever-se-ia dividir a população crossdresser em diversas subcategorias, dependendo fundamentalmente da motivação que leva um indivíduo a vestir-se e a comportar-se como um indivíduo do sexo (físico) oposto e a identificar-se com um género que não é anatomicamente aquele com que nasceu.

Fetichismo

Uma classe de crossdressers apenas enverga roupa tradicionalmente associada ao sexo oposto como forma de obter satisfação sexual com um parceiro que tenha um desejo compatível (ou seja, o parceiro deverá ter o desejo de obter prazer sexual por estar com alguém que se veste e se comporta como um indivíduo do sexo oposto). O acto de se vestir como um indivíduo do sexo oposto é normalmente limitado no tempo, ou seja, não se trata de uma condição permanente; o indivíduo em questão apenas recorrerá à actividade de crossdressing para se satisfazer sexualmente, mantendo, no entanto, um comportamento e um vestuário em conformidade com o seu sexo durante todas as restantes actividades da sua vida.

O fetichismo crossdresser pode ser tanto homossexual como heterossexual. Por exemplo, um casal heterossexual pode ter o parceiro masculino envergando roupas femininas durante o acto, actividade essa que o excitará tanto a ele como a ela; esta actividade, conhecida no mundo anglo-saxónico por "sissyfication" (ou, mais genericamente, femininização) é um fetiche vulgar. Nenhum dos parceiros considerará o homem que enverga roupas femininas como sendo transgénero (muito menos transsexual); e este não terá qualquer desejo homossexual, mas apenas o desejo de satisfazer a sua parceira com que partilha o fetiche. Inversamente, alguns crossdressers fetichistas apenas envergam roupas do sexo oposto para terem relações com membros do mesmo sexo que no entanto partilham o desejo de terem relações com crossdressers fetichistas. A maioria dos crossdressers fetichistas que desejam relações com membros do mesmo sexo apenas enquanto envergam roupas (e assumem comportamentos) do sexo oposto não se considera homossexual; no entanto, uma fracção deste grupo considera-se bissexual, tendo frequentemente um companheiro permanente do sexo oposto, e um companheiro temporário do mesmo sexo, com o qual, no entanto, só tem relações enquanto envergando roupas do sexo oposto.

O acto de vestir roupas do sexo oposto é, pois, uma actividade directamente relacionada com o desejo de satisfação sexual com outro indivíduo que partilhe o fetiche.

Crossdresser libidinoso

Neste grupo não existe necessidade de qualquer acto sexual para provocar a excitação e o desejo sexual. O crossdresser libidinoso obtém toda a satisfação meramente ao vestir roupas do sexo oposto e a comportar-se como tal. É frequente ser referido que este grupo tende a ser muito mais cuidadoso na imagem que apresenta do sexo oposto; o prazer sentido é maior quanto mais perfeita for essa imagem. Na terminologia corrente entre crossdressers, chama-se a este acto "passar", e é fundamental, para o crossdresser libidinoso, poder "passar" o mais perfeitamente possível sem ser identificado como um membro do sexo biológico com que nasceu.

No entanto, o crossdresser libidinoso não deseja nem modificar fisicamente o seu corpo (logo, não apresenta uma tendência transsexual), nem acredita que seja, efectivamente, um membro do sexo oposto. Frequentemente mantém, no dia-a-dia, um comportamento em conformidade com o sexo biológico. Dado que o prazer e a gratificação sexual obtidas se limita ao acto de se vestir e comportar como um membro do sexo oposto, esta classe de crossdressers raramente se envolve em relações físicas com outros indivíduos (do mesmo sexo ou do sexo oposto). O acto sexual em si não é, por si só, excitante; é o acto de se vestir e comportar como um membro do sexo oposto que lhe causa prazer e satisfação.

Crossdresser autoginecofílico

A Autoginecofilia (ou autoginefilia) é uma parafilia em que o indivíduo, de sexo masculino, é sexualmente excitado pelo pensamento de si mesmo enquanto mulher. É uma forma de auto-erotismo narcisista mas em que o objecto de desejo não é o próprio corpo, mas sim a imagem desse mesmo corpo tarnsformado em feminino. Não é forçoso que um homem autoginecofilista se assume como crossdresser; a autoginecofilia pode nunca ser expressa materialmente (no sentido de necessitar de objectos externos como roupa e um comportamento feminino) mas ficar apenas no plano mental e imaginado: o indivíduo autoginecofílico apenas precisa de se imaginar como mulher para obter daí satisfação sexual.

Justamente quando há, efectivamente, a expressão da autoginecofilia em objectos externos — roupa e comportamento — é que estamos na presença de um crossdresser autoginecofílico. Este tipo de crossdresser, semelhante ao anterior, não tem forçosamente de assumir uma relação (heterossexual ou homossexual) com outro indivíduo para se sentir gratificado sexualmente. A distinção entre os dois tipos advém essencialmente do objecto de desejo: no caso do crossdresser libidinoso, são as roupas que veste e o comportamento que assume que o excitam. No caso do crossdresser autoginecofílico, é a imagem de si mesmo enquanto mulher que o excita, e que o leva a adoptar comportamentos e vestuário do sexo feminino. Semelhantes a ambos os casos existe o desejo dessa imagem ser a mais perfeita possível (de acordo com os padrões e comportamentos sociais estabelecidos). No entanto, é importante fazer a distinção entre o crossdresser autoginecofílico e o transsexual: este sente-se insatisfeito em estar "preso" num corpo de sexo diferente do género com que se identifica, enquanto que o crossdresser autoginecofílico tende a sentir-se "um homem preso num corpo de um homem", com dificuldade de se excitar sexualmente com outro indivíduo que não seja a sua própria imagem feminina. Não se trata de um homem que quer ser mulher, mas um homem que correlaciona a excitação sexual com o estar dentro de um corpo de mulher.

É no entanto possível que o crossdresser autoginecofílico busque terapias hormonais para modificar o seu corpo para se aproximar mais do seu ideal feminino, embora continuem a comportar-se socialmente como homens. Lawrence cita alguns casos de crossdressers autoginecofílicos que acabam por se submeter a cirurgia e tratamento hormonal para viverem dentro do corpo que lhes garante estabilidade emocional relativamente aos seus desejos sexuais, mas que na realidade não desejam de todo viverem a sua vida como mulheres 24 horas por dia, nem sentem qualquer necessidade de abandonar as suas famílias, amigos, e postos de trabalho, para adoptarem uma vida consistente com o seu "novo" corpo. O crossdresser autoginecofílico apenas sente o intenso desejo sexual de se excitar com o seu corpo visualizado como feminino e mais nada.

O comportamento equivalente em indivíduos do sexo feminino é conhecido como auto-androfilia, embora a crescente aceitação social de mulheres exibindo um comportamento e um vestuário marcadamente masculinos torne esta forma de expressão de auto-erotismo menos visível.

Consequências

Popularmente, as formas de crossdressing mais visíveis ao público em geral estão relacionadas com o transvestismo ou com as drag queens — no primeiro caso, como forma de espectáculo; no segundo, mais como uma atitude de chocar um grupo social pouco tolerante a comportamentos tradicionalmente associados ao género oposto. A noção de transvestismo enquanto forma de espectáculo nem sempre é clara para o público em geral; tradicionalmente, actores heterossexuais sem qualquer inclinação real para o crossdressing assumem papéis femininos apenas com o intuito de divertir a audiência; historicamente, dado que só relativamente recentemente é que actores femininos podiam pisar os palcos, o crossdressing enquanto forma de espectáculo faz parte da cultura ocidental. No entanto é plausível assumir que muitos travestis sejam mais do que meros actores, mas verdadeiros crossdressers. Drag queens, dado terem pouco interesse em fazerem-se passar por mulheres — assumindo comportamentos deliberadamente exagerados e apresentando imagens deliberadamente distorcidas do comportamento feminino, podem muitas vezes serem crossdressers fetichistas, correlacionando o seu comportamento com um desejo sexual (normalmente homossexual). Estas nuances escapam em geral ao público pouco informado sobre as diversas gradações de comportamento transgénero, muitas vezes origem de preconceito e discriminação. O outro extremo encontra-se na potencialidade de encarar estas formas de parafilia dignas de tratamento médico, sendo no entanto importante de referir que o crossdressing não é possível de ser "curado" — não se trata de uma perturbação mental, mas de uma característica da personalidade que é inata — mas apenas minimizado o problema do sofrimento do indivíduo enquanto crossdresser incapaz de ser aceite por uma sociedade intolerante para com esta forma de parafilia.


Agradeço comentários, correcções, revisões, e referências. Muito obrigada!

Sandra M. Lopes (discussão) 15h33min de 3 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder

Na ausência de comentários negativos, acrescentei o texto acima à página principal. Sandra M. Lopes (discussão) 06h16min de 5 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder
Achei que a revisão do texto ficou boa, com certaze muito melhor do que o texto antigo. Tentei ler o texto de Lawrence mas não consegui, vou tentar de novo outro dia. --Jirah (discussão) 18h24min de 6 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder

Acrescentar estatísticas e interpretações das mesmas[editar código-fonte]

Estava a ler algumas referências de trabalho de pesquisa efectuado por Vernon Coleman, ele próprio crossdresser assumido, e penso que seria importante acrescentá-lo como referência.

Ver, por exemplo, http://www.vernoncoleman.com/downloads/mid.htm.

Penso que seria útil apresentar os resultados do Dr. Coleman como referência. Que dizem?

Sandra M. Lopes (discussão) 09h29min de 8 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder

Pela metodologia usada eu tenho algum receio sobre extrapolações da frequência relativa citada no início do artigo que estima que a até 10% da população masculina manifeste alguma forma de travestismo, transexualidade ou crossdresser, embora fundamente, com boa propriedade, esses resultados comparando-os com pesquisas que utilizam métodos semelhantes. Considere-se em contrapartida os estudos que apontam a frequência de travestis e transexuais entre 1:37000 a 1:11900 da população (da página travestismo); inicialmente apontaríamos uma grande divergêcia entre esses estudos. Pondere-se contudo que os estudos sobre travestismo e transexualidade provavelmente não incluem as formas mais sutis de travestismo e crosssdresers como vestir roupas íntimas femininas por debaixo de um terno masculino durante o expediante normal de trabalho ou peças de roupas femininas em geral usadas reservadamente em casa ou mesmo esporadicamente em ambientes e eventos sociais externos. Já no âmbito dos resultados diretamente relacionadas ao questionário aplicado ao universo de crossdressers, travestis, transexuais que o responderam acho que são 100% válidas e interessantes. Não vejo objeções desde que se explique resumidamente o método de pesquisa. --Jirah (discussão) 22h21min de 8 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder