Edward Wilson (romancista)

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Edward Wilson (romancista)
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Edward Wilson é um escritor britânico de ficção-espionagem. Nascido em Baltimore, Maryland, Estados Unidos, imigrou para o Reino Unido. Depois de servir na Guerra do Vietname renunciou à cidadania americana para se naturalizar no seu país adotivo. Após três décadas como professor, decidiu desistir para se dedicar à sua carreira como romancista. Escreveu sete romances, publicados pela Arcadia Books.

Depois da guerra, Wilson viajou pelo Canadá e viveu em Bremen na Alemanha, como estudante de linguas.[1] Em 1976, estabeleceu-se em Suffolk, Inglaterra, onde trabalhou como professor durante três décadas.[2] Naturalizou-se como cidadão britânico em 1983 e renunciou à cidadania americana.[3]

Politicamente, Wilson é um socialista e defensor dos sindicatos de trabalhadores.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

Um rio em Maio[editar | editar código-fonte]

O romance de estreia de Wilson, A River in May publicado em 2002, foi baseado nas suas experiências na Guerra do Vietname. Como ele afirmou, o livro "expulsou os meus demónios do campo de batalha".[4] Foi selecionado para oCommonwealth Writers’ Prize.[5]

O Enviado[editar | editar código-fonte]

O Enviado desenrola-se na Grã-Bretanha na década de 1950 e discute uma conspiração americana para sabotar as relações URSS-Reino Unido. O protagonista é Kit Fournier, chefe da estação da Agência Central de Inteligência na Embaixada dos Estados Unidos, em Londres.[6] Foi o primeiro livro do que se pretendia originalmente ser uma trilogia de romances de espionagem, mas mais tarde foi adicionado um quarto livro com a publicação do The Whitehall Mandarin. O livro apresenta personagens que desempenhariam um papel maior nos romances posteriores de Wilson, incluindo William Catesby [nenhum sinal desse personagem na versão do Kindle de The Envoy], um nativo duma vila de pescadores de Suffolk que não se dá bem nem com velhos vizinhos ou colegas do governo nem o seu chefe, Henry Bone.[3][7] Uma piada percorre a série alegando que o suposto antepassado de Catesby, Robert Catesby, planeou o Golpe da Pólvora de 1605.[8]

O Espião Darkling[editar | editar código-fonte]

No romance de Wilson de 2011, The Darkling Spy, o ano é 1956, e Catesby serve sob cobertura oficial na Embaixada Britânica em Bona. Kit Fournier, do enviado, aparece novamente, mas neste livro apaixona-se por uma mulher inglesa que espia para Moscovo e está a considerar desertar. A Publishers Weekly comparou Catesby ao personagem de John le Carré, George Smiley, e afirmou que "irá deleitar os leitores que procuram menos sangue e mais inteligência em filmes de espionagem".[9]

O nadador da meia-noite[editar | editar código-fonte]

O Nadador da Meia-Noite, publicado em 2012, tem como cenário a crise dos mísseis cubanos de 1962.[7][10]

The Whitehall Mandarin[editar | editar código-fonte]

The Whitehall Mandarin, foi publicado em Maio 2014. O lançamento foi realizado na livraria Hatchards, em Londres.[1] O título é uma referência aos burocratas e à China, e a questão de como a China conseguiu desenvolver armas termonucleares tão rapidamente, desempenha um papel importante no romance.[3] Paul French revisou-o favoravelmente na The Los Angeles Review of Books, afirmando que: "Finalmente Edward Wilson tem elogios e leitores na Inglaterra há muito merecidos, mas espera-se que os EUA também o descubram". Denis MacShane expressou sentimentos semelhantes de crítica na revista Tribune.

Um final muito britânico[editar | editar código-fonte]

A Very British Ending foi publicada em 14 Abril 2016. Transporta a história de Catesby para a década de 1970.[11]

Réquiem do Atlântico Sul[editar | editar código-fonte]

O Réquiem do Atlântico Sul foi publicado em 15 Março 2018, trazendo a história de Catesby para a era da Guerra das Ilhas Falkland de 1982.[12] Foi incluído num resumo dos melhores livros de verão de 2018 pelo escritor Sunny Singh no The Guardian[13]

Referências

  1. a b c MacShane, Dennis (4 de junho de 2014). «The spies who couldn't come in from the cold». Tribune. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 14 de julho de 2014 
  2. Clifton, Jay (16 de outubro de 2011). «Interview with Edward Wilson, British Novelist». Ace Stories. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 14 de julho de 2014 
  3. a b c «Paul French on The Whitehall Mandarin: The Exile and the Spy». The Los Angeles Review of Books. 3 de julho de 2014. Consultado em 13 de julho de 2014 
  4. «The Whitehall Mandarin: Edward Wilson Talks To Crime Time». Crime Time. 7 de maio de 2014. Consultado em 13 de julho de 2014. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2015 
  5. «Arcadia Books». United Reggae Magazine. Consultado em 13 de julho de 2014 
  6. Yager, Susanna (16 de março de 2008). «Cynically exploitative and utterly ruthless». The Telegraph. Consultado em 13 de julho de 2014 
  7. a b Kaveney, Roz (17 de janeiro de 2012). «The Midnight Swimmer, By Edward Wilson». The Independent. Consultado em 13 de julho de 2014 
  8. Paine, Andre (7 de junho de 2014). «The Whitehall Mandarin». Crime Fiction Lover. Consultado em 13 de julho de 2014 
  9. «The Darkling Spy». Publishers Weekly. 30 de maio de 2011. Consultado em 13 de julho de 2014 
  10. «The Midnight Swimmer». Publishers Weekly. 12 de março de 2012. Consultado em 13 de julho de 2014 
  11. Amazon page
  12. Amazon page
  13. «Best Summer Books 2018». The Guardian. 8 de julho de 2018. Consultado em 10 de janeiro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]