Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ariel C.M.K. (discussão | contribs)
Linha 27: Linha 27:
==O prédio histórico==
==O prédio histórico==


O edifício do ''Hospital Carbone'' foi erguido em [[1890]] por Vicente Rovea, no então chamado bairro ''Caipora''. De início era ao mesmo tempo moradia da família Rovea e estabelecimento comercial de secos e molhados e armarinhos. Em [[1926]] a propriedade passou para as mãos do médico [[Rômulo Carbone]], que instalou um hospital e sua residência, e acabou emprestando seu nome ao prédio. Após sua venda em [[1945]] para a empresa ''Dino Cia''., o imóvel pertenceu também a Júlio Eberle, Oscar Martini, um grupo de empresas locais, virou casa de aluguel e, após ameaças de demolição, foi adquirido em [[1985]] pela municipalidade. Após restauro, foi destinado a abrigar o Arquivo Histórico Municipal.
O edifício do ''Hospital Carbone'' foi erguido em [[1890]] por Vicente Rovea, no então chamado bairro ''Caipora''. De início era ao mesmo tempo moradia da família Rovea e estabelecimento comercial de secos e molhados e armarinhos. Em [[1926]] a propriedade passou para as mãos do médico [[Rômulo Carbone]], que instalou um hospital e sua residência, e acabou emprestando seu nome ao prédio. Após sua venda em [[1945]] para a empresa ''Dino Cia''., o imóvel pertenceu também a Júlio Eberle, Oscar Martini, virou casa de aluguel e, após ameaças de demolição, foi adquirido por um grupo de empresas caxienses, lideradas por Dagoberto Lima Godoy e Paulo Iroquez Bertussi, e doado, em 1985, à municipalidade. Após restauro, foi destinado a abrigar o Arquivo Histórico Municipal.


A construção é um bloco cúbico em estilo [[eclético]], em três pavimentos, com uma ornamentação discreta, mas não desprovido de dignidade. Originalmente o prédio possuía apenas dois pavimentos no alinhamento da avenida Júlio de Castilhos, e três na parte traseira devido ao declive do terreno, mas com o rebaixamento do trecho foi criada uma fachada térrea adicional, que alterou drasticamente a harmonia primitiva do conjunto. Hoje o térreo possui uma série de aberturas retangulares e é revestido com [[argamassa]] rústica. O pavimento superior, com revestimento liso, mostra belas aberturas em arco redondo e [[pilastra]]s [[Ordem coríntia|coríntias]], e acima deste pavimento um último apresenta suas aberturas novamente retangulares com marcos delicados e novamente pilastras, destacando-se uma pequena sacada com [[gradil]] de ferro no centro da fachada. O prédio é arrematado apenas por uma [[cornija]] pouco saliente.
A construção é um bloco cúbico em estilo [[eclético]], em três pavimentos, com uma ornamentação discreta, mas não desprovido de dignidade. Originalmente o prédio possuía apenas dois pavimentos no alinhamento da avenida Júlio de Castilhos, e três na parte traseira devido ao declive do terreno, mas com o rebaixamento do trecho foi criada uma fachada térrea adicional, que alterou drasticamente a harmonia primitiva do conjunto. Hoje o térreo possui uma série de aberturas retangulares e é revestido com [[argamassa]] rústica. O pavimento superior, com revestimento liso, mostra belas aberturas em arco redondo e [[pilastra]]s [[Ordem coríntia|coríntias]], e acima deste pavimento um último apresenta suas aberturas novamente retangulares com marcos delicados e novamente pilastras, destacando-se uma pequena sacada com [[gradil]] de ferro no centro da fachada. O prédio é arrematado apenas por uma [[cornija]] pouco saliente.

Revisão das 13h28min de 20 de dezembro de 2011

Arquivo Histórico Municipal no antigo Hospital Carbone

O Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami é uma instituição cultural de Caxias do Sul, RS, e funciona num prédio histórico da cidade, o antigo Hospital Carbone, sito à avenida Júlio de Castilhos 318.

A Instituição

O Arquivo Histórico abriga um vasto acervo documental abrangendo fotografias, manuscritos e documentos oficiais, além de um banco de memória oral, livros e outros itens. O acervo possui em torno de 500 mil documentos de origem pública, 500 mil de origem particular, 600 depoimentos gravados, 5 mil livros, 300 periódicos e mais de 200 mil fotografias. Dentre os núcleos mais importantes da coleção estão os 100 mil negativos do atelier de fotografia de Ulysses Geremia, que documentou a fisionomia da cidade e suas transformações ao longo de várias décadas.

Histórico

O Arquivo Histórico foi criado em 5 de agosto de 1976, pelo Decreto nº 4047, funcionando em um anexo do Museu Municipal até 1999, quando foi transferido para o prédio do antigo Hospital Carbone. Em 1997 foi acrescentada à denominação oficial a homenagem ao historiador caxiense João Spadari Adami, por sua importante contribuição para o resgate e preservação da história local.

Setores

Comemorações de Ano Novo, 1899-1910
Catedral de Caxias do Sul em 1899
Colocação da pedra fundamental do Monumento ao Duque de Caxias, na Praça Dante Alighieri, 1933
  • Arquivo Permanente da Administração Pública, com documentação oficial de origem pública da antiga Diretoria da Colônia Caxias (1875-1884) e da Comissão de Medição das Terras e Lotes (1884-1906), dos arquivos da Intendência (1890-1930) e da Prefeitura (1930-1970) e o arquivo do Conselho Municipal (1890-1935), constituindo um grande acervo de leis, atos, ofícios, processos administrativos, projetos arquitetônicos, mapas, registros de impostos, entre outros itens.
  • Arquivos Particulares, composto por documentos familiares e comerciais, e de outras associações de caráter privado, como cartas, livros comerciais, partituras, cadernos escolares, diplomas, etc, além de material proiveniente das antigas e extintas vinícolas de Caxias do Sul.
  • Banco de Memória, que preserva narrativas sobre a história local e regional, e sobre atividades cotidianas da população.
  • Fototeca, formada por fotografias em suportes variados, com milhares de peças que retratam a paisagem urbana e rural da cidade, além de personagens em seus hábitos e costumes.
  • Hemeroteca, integrada por periódicos que circularam em Caxias do Sul desde seus primórdios até a atualidade. Entre as principais coleções de jornais destacam-se a do O Caxiense, o primeiro editado na cidade (1897); do Città di Caxias (1915-1922), em italiano; do Correio Riograndense, de 1909 até hoje, e do Pioneiro, de 1948 até os dias atuais. Também fazem parte desta seção revistas, boletins, cartões-postais, folheteria e estampas.
  • Biblioteca, organizada para fornecer subsídios a pesquisadores com obras relativas à imigração italiana, à história de Caxias do Sul e a assuntos relativos ao acervo documental.

O prédio histórico

O edifício do Hospital Carbone foi erguido em 1890 por Vicente Rovea, no então chamado bairro Caipora. De início era ao mesmo tempo moradia da família Rovea e estabelecimento comercial de secos e molhados e armarinhos. Em 1926 a propriedade passou para as mãos do médico Rômulo Carbone, que instalou um hospital e sua residência, e acabou emprestando seu nome ao prédio. Após sua venda em 1945 para a empresa Dino Cia., o imóvel pertenceu também a Júlio Eberle, Oscar Martini, virou casa de aluguel e, após ameaças de demolição, foi adquirido por um grupo de empresas caxienses, lideradas por Dagoberto Lima Godoy e Paulo Iroquez Bertussi, e doado, em 1985, à municipalidade. Após restauro, foi destinado a abrigar o Arquivo Histórico Municipal.

A construção é um bloco cúbico em estilo eclético, em três pavimentos, com uma ornamentação discreta, mas não desprovido de dignidade. Originalmente o prédio possuía apenas dois pavimentos no alinhamento da avenida Júlio de Castilhos, e três na parte traseira devido ao declive do terreno, mas com o rebaixamento do trecho foi criada uma fachada térrea adicional, que alterou drasticamente a harmonia primitiva do conjunto. Hoje o térreo possui uma série de aberturas retangulares e é revestido com argamassa rústica. O pavimento superior, com revestimento liso, mostra belas aberturas em arco redondo e pilastras coríntias, e acima deste pavimento um último apresenta suas aberturas novamente retangulares com marcos delicados e novamente pilastras, destacando-se uma pequena sacada com gradil de ferro no centro da fachada. O prédio é arrematado apenas por uma cornija pouco saliente.

O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do RS (IPHAE) em 23 de dezembro de 1986.

Ver também

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami

Referências

  • Memória preservada. In Informe Comercial do Bairro Lourdes. Caxias do Sul: Jornal Pioneiro, 28 de fevereiro de 2007.

Ligações externas