Ceratite superficial crônica: diferenças entre revisões
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É uma doença [[inflamação|inflamatória]] progressiva indolor da [[córnea]], [[conjuntiva]] e algumas vezes da terceira [[pálpebra]]. Ambos os olhos são afetados, porém as regiões afetadas nem sempre são simétricas. As causas dessa doença não são totalmente esclarecidas. Há predisposição genética associada à incidência racial, [[autoimunidade]] e [[radiação ultravioleta]]. É uma doença crônica e, quando não tratada, pode levar à cegueira. É necessário terapia por toda a vida do animal. Manifesta-se na forma de lesão avermelhada, vascularizada, com infiltração subepitelial de [[tecido conjuntivo]]. Geralmente o [[epitélio]] corneano permanece intacto e a migração de pigmentos ([[melanose corneana]]) comumente acompanha o infiltrado fibrovascular inflamatório, que invade o estroma anterior. Animais que vivem em regiões de grandes altitudes têm mais dificuldades de resposta ao tratamento. Quanto maior a altitude, principalmente acima de 1.200 metros, mais difícil é o tratamento. |
É uma doença [[inflamação|inflamatória]] progressiva indolor da [[córnea]], [[conjuntiva]] e algumas vezes da terceira [[pálpebra]]. Ambos os olhos são afetados, porém as regiões afetadas nem sempre são simétricas. As causas dessa doença não são totalmente esclarecidas. Há predisposição genética associada à incidência racial, [[autoimunidade]] e [[radiação ultravioleta]]. É uma doença crônica e, quando não tratada, pode levar à cegueira. É necessário terapia por toda a vida do animal. Manifesta-se na forma de lesão avermelhada, vascularizada, com infiltração subepitelial de [[tecido conjuntivo]]. Geralmente o [[epitélio]] corneano permanece intacto e a migração de pigmentos ([[melanose corneana]]) comumente acompanha o infiltrado fibrovascular inflamatório, que invade o estroma anterior. Animais que vivem em regiões de grandes altitudes têm mais dificuldades de resposta ao tratamento. Quanto maior a altitude, principalmente acima de 1.200 metros, mais difícil é o tratamento. |
Revisão das 23h29min de 7 de julho de 2013
A ceratite superficial crônica, também conhecida como "ceratite do pastor alemão", "pannus oftálmico" e "síndrome de uberreiter", é uma enfermidade ocular que acomete algumas raças de cães, mas principalmente pastores alemães puros e mestiçados.
Além de pastores alemães, a doença pode atingir, também, raças como: poodles, border collies, greyhounds, huskies dachshunds e labradores.
Descrição
É uma doença inflamatória progressiva indolor da córnea, conjuntiva e algumas vezes da terceira pálpebra. Ambos os olhos são afetados, porém as regiões afetadas nem sempre são simétricas. As causas dessa doença não são totalmente esclarecidas. Há predisposição genética associada à incidência racial, autoimunidade e radiação ultravioleta. É uma doença crônica e, quando não tratada, pode levar à cegueira. É necessário terapia por toda a vida do animal. Manifesta-se na forma de lesão avermelhada, vascularizada, com infiltração subepitelial de tecido conjuntivo. Geralmente o epitélio corneano permanece intacto e a migração de pigmentos (melanose corneana) comumente acompanha o infiltrado fibrovascular inflamatório, que invade o estroma anterior. Animais que vivem em regiões de grandes altitudes têm mais dificuldades de resposta ao tratamento. Quanto maior a altitude, principalmente acima de 1.200 metros, mais difícil é o tratamento.
Tratamento
Nota: a Wikipédia recomenda consulta a um médico veterinário.
Há tratamentos variados em função da extensão afetada e resposta à medicação. Basicamente, a terapia busca controlar, mediante substâncias imunossupressoras, a reação inflamatória, o edema, a vascularização e a pigmentação. Animais que vivem em regiões não muito altas geralmente respondem bem à terapia médica, sem necessidade de cirurgias.
A terapia médica é feita com base no uso de corticosteróides tópicos em doses que variam de três a seis vezes ao dia, geralmente ciclosporina A de 0,2% a 1,0% uma ou duas vezes ao dia. Essas dosagens podem ser ajustadas em função da resposta ao tratamento. Há opção de injeção subconjuntival de corticosteróides, irradiação beta e, finalmente, a ceratectomia superficial da área afetada (no máximo de três procedimentos).