Vasco Martins (músico): diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
WaldirBot (discussão | contribs)
m general cleanup utilizando AWB
Linha 3: Linha 3:
'''Vasco Martins''' (nascido em [[Queluz (cidade)|Queluz]], [[Portugal]], em [[1956]]<ref>[http://www.sudplanete.net/pays.php?menu=pers&no=10983 Sudplanete, diversité culturelle]</ref>) é um músico e compositor [[Cabo Verde|cabo-verdiano]]. Reside actualmente em [[Calhau (Cabo Verde)|Calhau]], Cabo Verde.
'''Vasco Martins''' (nascido em [[Queluz (cidade)|Queluz]], [[Portugal]], em [[1956]]<ref>[http://www.sudplanete.net/pays.php?menu=pers&no=10983 Sudplanete, diversité culturelle]</ref>) é um músico e compositor [[Cabo Verde|cabo-verdiano]]. Reside actualmente em [[Calhau (Cabo Verde)|Calhau]], Cabo Verde.


Dentro do panorama musical cabo-verdiano, Vasco Martins pode ser considerado como único. Compositor que nega rotulações, pode ser considerado como [[Música clássica|músico clássico]]<ref>[http://www.asemana.cv/article.php3?id_article=9188&var_recherche=nomeada A Semana online - Entrevista a Vasco Martins]</ref> devido às suas incursões em música para orquestra sinfónica, mas pode ser também considerado como [[New age|músico new age]]<ref>[http://fmstereo.awardspace.com/Entrevistas/Entrevistas_CarlosMartinsVascoMartins.htm Entrevista a Carlos Martins & Vasco Martins]</ref> devido a composições
Dentro do panorama musical cabo-verdiano, Vasco Martins pode ser considerado como único. Compositor que nega rotulações, pode ser considerado como [[Música clássica|músico clássico]]<ref>[http://www.asemana.cv/article.php3?id_article=9188&var_recherche=nomeada A Semana online - Entrevista a Vasco Martins]</ref> devido às suas incursões em música para orquestra sinfónica, pode ser também considerado como [[New age|músico new age]]<ref>[http://fmstereo.awardspace.com/Entrevistas/Entrevistas_CarlosMartinsVascoMartins.htm Entrevista a Carlos Martins & Vasco Martins]</ref> devido a composições
de carácter instrumental, sobretudo utilizando [[sintetizador]]es, mas quer num caso quer noutro, sempre se inspirando na [[Música de Cabo Verde|música tradicional cabo-verdiana]], mas também na música oriental e outras culturas.
de carácter instrumental, sobretudo utilizando [[sintetizador]]es, mas quer num caso quer noutro, sempre se inspirando na [[Música de Cabo Verde|música tradicional cabo-verdiana]], mas também na música oriental e outras culturas; além disso é músico de Jazz.


Autodidacta, começa os seus estudos em [[1974]]. Ingressa o grupo musical Colá, em [[1976]] mas segue depois para Portugal e seguidamente para [[França]] para prosseguir a sua formação musical. Em [[1979]] grava o seu primeiro LP. De regresso a Cabo Verde é aí que cria a maior parte da sua obra como compositor e instrumentista, mas também como musicólogo e produtor. Quando regressou ao país em 1984, começa a fazer o trabalho de pesquisa e recolha da música tradicional. Vinculado no IPC, dedica-se sobretudo ao estudo da Morna. A partir de 1999 generalizou este projeto, o qual intitulou ‘Cabo Verde ressonâncias’: não só a música tradicional, mas os sons de Cabo-Verde e o trabalho criativo baseado nas pesquisas. Algumas obras sinfónicas, como as Sinfonia nº1, nº2 e nº3, foram baseadas nessas pesquisas.
Autodidacta, começa os seus estudos em [[1974]]. Ingressa o grupo musical Colá, em [[1976]] mas segue depois para Portugal e seguidamente para [[França]] para prosseguir a sua formação musical. Em [[1979]] grava o seu primeiro LP. De regresso a Cabo Verde é aí que cria a maior parte da sua obra como compositor e instrumentista, mas também como musicólogo e produtor. Quando regressou ao país em 1984, começa a fazer o trabalho de pesquisa e recolha da música tradicional. Vinculado no IPC, dedica-se sobretudo ao estudo da Morna. A partir de 1999 generalizou este projeto, o qual intitulou ‘Cabo Verde ressonâncias’: não só a música tradicional, mas os sons de Cabo-Verde e o trabalho criativo baseado nas pesquisas. Algumas obras sinfónicas, como as Sinfonia nº1, nº2 e nº3, foram baseadas nessas pesquisas.
Linha 20: Linha 20:


Interessa-se pela ecologia e naturalismo do Arquipélago de Cabo-Verde, promove o Monte Verde, na ilha de S.Vicente, como um local sagrado (a sua Sinfonia nº 6 intitula-se ‘Monte Verde’), o Oceano Atlântico como a Energia Vital do Arquipélago (a sua Sinfonia nº9 intitula-se ‘Oceano Atlântico’), e observa a águia-do-mar ‘Pandion halieatus’ que considera o seu ‘totem’.
Interessa-se pela ecologia e naturalismo do Arquipélago de Cabo-Verde, promove o Monte Verde, na ilha de S.Vicente, como um local sagrado (a sua Sinfonia nº 6 intitula-se ‘Monte Verde’), o Oceano Atlântico como a Energia Vital do Arquipélago (a sua Sinfonia nº9 intitula-se ‘Oceano Atlântico’), e observa a águia-do-mar ‘Pandion halieatus’ que considera o seu ‘totem’.
Escreveu os livros de poesia ‘Universo da ilha’, ‘Navegam os olhares com o voo do pássaro’, ‘Run Shan’ e ‘Circulo quase perfeito’ . Dedica-se também à tradução de poetas clássicos da China e poetas hayku do Japão, como à divulgação, sempre que possível, via net, de poetas cabo-verdianos.
Escreveu os livros de poesia ‘Universo da ilha’, ‘Navegam os olhares com o voo do pássaro’, ‘Run Shan’ e ‘Circulo quase perfeito’ .
A sua obra sinfónica já foi apresentada em França, Brasil, Colômbia, Canada, Portugal e Austrália.
A sua obra sinfónica já foi apresentada em França, Brasil, Colômbia, Canada, Portugal e Austrália.


Obras
Principais Obras


Sinfonia nº 1 «Equinócio», orquestra de cordas
Sinfonia nº 1 «Equinócio», orquestra de cordas
Linha 36: Linha 36:


«Danças de Câncer», suite em 11 partes, orquestra sinfónica
«Danças de Câncer», suite em 11 partes, orquestra sinfónica
«Mar azul-celeste», orquestra sinfónica, «Quinto Mundo», ensemble
«Nautilidae», orquestra sinfónica, «Quinto Mundo», ensemble


«Quatro notas na cidade», clarinete e orquestra de cordas (ou clássica), «Sahasrara», suite para violino e orquestra de cordas
«Quatro notas na cidade», clarinete e orquestra de cordas (ou clássica), «Sahasrara», suite para violino e orquestra de cordas
Linha 51: Linha 51:
Guitarra clássica: Deserto subtil (1,2,3), Fantasia andaluza, Gesto flutuante, Hayku, Molto continuum, Num varanda, Preludio, Romântico, Sattva, Estudo, Triangular situations (Situações triangulares), Valsa tranquila
Guitarra clássica: Deserto subtil (1,2,3), Fantasia andaluza, Gesto flutuante, Hayku, Molto continuum, Num varanda, Preludio, Romântico, Sattva, Estudo, Triangular situations (Situações triangulares), Valsa tranquila


Piano: Sonata ‘A Lua ilumina as vagas’, Elemento mar, Linha azul, O sonho do elefante, Oriental melodies, Valsinha, Morna-Tango 1880, Mazurca, Amendoeira celeste
Piano: Sonata ‘A Lua ilumina as vagas’, Elemento mar, Linha azul, O sonho do elefante, Oriental melodies, Valsinha, Cao Verde suite, Amendoeira celeste


Quarteto de cordas: Versão para quarteto de cordas da Sinfonia 1’Equinócio’, Poetas
Quarteto de cordas: Versão para quarteto de cordas da Sinfonia 1’Equinócio’, Poetas

Revisão das 17h13min de 2 de julho de 2014

 Nota: Para outros significados, veja Vasco Martins.

Vasco Martins (nascido em Queluz, Portugal, em 1956[1]) é um músico e compositor cabo-verdiano. Reside actualmente em Calhau, Cabo Verde.

Dentro do panorama musical cabo-verdiano, Vasco Martins pode ser considerado como único. Compositor que nega rotulações, pode ser considerado como músico clássico[2] devido às suas incursões em música para orquestra sinfónica, pode ser também considerado como músico new age[3] devido a composições de carácter instrumental, sobretudo utilizando sintetizadores, mas quer num caso quer noutro, sempre se inspirando na música tradicional cabo-verdiana, mas também na música oriental e outras culturas; além disso é músico de Jazz.

Autodidacta, começa os seus estudos em 1974. Ingressa o grupo musical Colá, em 1976 mas segue depois para Portugal e seguidamente para França para prosseguir a sua formação musical. Em 1979 grava o seu primeiro LP. De regresso a Cabo Verde é aí que cria a maior parte da sua obra como compositor e instrumentista, mas também como musicólogo e produtor. Quando regressou ao país em 1984, começa a fazer o trabalho de pesquisa e recolha da música tradicional. Vinculado no IPC, dedica-se sobretudo ao estudo da Morna. A partir de 1999 generalizou este projeto, o qual intitulou ‘Cabo Verde ressonâncias’: não só a música tradicional, mas os sons de Cabo-Verde e o trabalho criativo baseado nas pesquisas. Algumas obras sinfónicas, como as Sinfonia nº1, nº2 e nº3, foram baseadas nessas pesquisas. Começou a compor música sinfónica com a obra «Quinto Mundo’, gravada por ‘Les Solistes de Paris’ na Radio France, com a qual participou com relevância na ‘Tribuna dos Compositores da UNESCO’ em 1984.

Entre 1988 e 1990 compõe a ‘suite’ sinfónica ‘Danças de Câncer’ e ‘Mar azul-celeste’, para orquestra sinfónica, e começou a compor a série das nove sinfonias e várias outras obras sinfónicas (1997-2013). Estas nove Sinfonias constituem a essência da sua obra musical. Gravou mais de 20 álbuns (a destacar: ‘Universo da ilha’, ‘Ritual Periférico’, ‘Sublime Deligth’, ‘Apeiron’, ‘4 Sinfonias’, ‘Danças de Câncer’, ‘Li Sin’, ‘Lua água clara’, ‘Azuris’). Compôs ‘Coraçon leve’ interpretado por Hermínia, ‘Pessoa em Pessoas’ (com poemas de Fernando Pessoa), interpretado por Bévinda, produziu para o músico Bau o álbum ‘Bau plays Vasco Martins’ e com o saxofonista e compositor português, o álbum ‘Outras Índias’.

É ‘sound designer’ e performer, utilizando os sintetizadores Kurzweil K 2600 e Korg Wavestation tendo uma vasta representatividade na New Age /Ambient music. È também guitarrista. As suas peças para guitarra clássica constituem reportório de guitarristas de todo o mundo e são tocadas e gravadas por músicos de renome. Entre outros: John Williams, Andrew Mah, Scott Morris, Brook Williams, John Etheridge… Dedica-se ao estudo do budismo e tradução de poetas clássicos chineses, principalmente da Era Tang e dos poetas hayku do Japão. Interessa-se pela música ritual tibetana, pela música clássica da India e pela terapia do som (criou um sistema próprio, com especial atenção para as ‘tigelas cantantes tibetanas-nepalesas’ e ressonância holística).

Apresenta-se em concertos de piano solo, piano trio (Jazz) ou piano e orquestra/quarteto de cordas. Como guitarrista só se apresenta em concertos com ‘Li Sin’ (guitarra e quarteto de cordas) e em ‘land concerts’ . Com os teclados eletrónicos também produz concertos, sobretudo na sua casa de ‘vento e luz’ na Ribeira do Calhau. Desenvolve a improvisação pura (sem temática premeditada) e a composição musical do ‘gesto espontâneo’.

Interessa-se pela ecologia e naturalismo do Arquipélago de Cabo-Verde, promove o Monte Verde, na ilha de S.Vicente, como um local sagrado (a sua Sinfonia nº 6 intitula-se ‘Monte Verde’), o Oceano Atlântico como a Energia Vital do Arquipélago (a sua Sinfonia nº9 intitula-se ‘Oceano Atlântico’), e observa a águia-do-mar ‘Pandion halieatus’ que considera o seu ‘totem’. Escreveu os livros de poesia ‘Universo da ilha’, ‘Navegam os olhares com o voo do pássaro’, ‘Run Shan’ e ‘Circulo quase perfeito’ . A sua obra sinfónica já foi apresentada em França, Brasil, Colômbia, Canada, Portugal e Austrália.

Principais Obras

Sinfonia nº 1 «Equinócio», orquestra de cordas Sinfonia nº 2 «Erupção», orquestra sinfónica Sinfonia nº 3, «Arquipélago magnético», orquestra sinfónica Sinfonia nº 4 «Buda Dharma», orquestra sinfónica Sinfonia nº 5 «Himalaias», orquestra sinfónica Sinfonia nº 6 «Monte Verde», orquestra sinfónica Sinfonia nº 7 «Estrela da Manhã», orquestra clássica Sinfonia nº 8 «A procura da luz», orquestra sinfónica Sinfonia nº 9 «Oceano Atlântico», orquestra sinfónica

«Danças de Câncer», suite em 11 partes, orquestra sinfónica «Nautilidae», orquestra sinfónica, «Quinto Mundo», ensemble

«Quatro notas na cidade», clarinete e orquestra de cordas (ou clássica), «Sahasrara», suite para violino e orquestra de cordas «The presente moment », concerto para piano improvisado e orquestra de cordas, «Anamnésis», concerto para guitarra clássica e orquestra de cordas

«Primeiras meditações», orquestra de cordas, «Golfinhos no horizonte», orquestra de cordas, «Ocean heart», orquestra de cordas, «First meditations», orquestra de cordas

Cantata «Crioulo» (de geometria variável: pode-se tronar ópera, no senso moderno, conforme o encenador)

‘Canto Cabo-verdiano’ (oboé, viola, contrabaixo, piano)

Elementos (instrumentos a solo): Piano, Violoncelo, Viola, Flauta

Guitarra clássica: Deserto subtil (1,2,3), Fantasia andaluza, Gesto flutuante, Hayku, Molto continuum, Num varanda, Preludio, Romântico, Sattva, Estudo, Triangular situations (Situações triangulares), Valsa tranquila

Piano: Sonata ‘A Lua ilumina as vagas’, Elemento mar, Linha azul, O sonho do elefante, Oriental melodies, Valsinha, Cao Verde suite, Amendoeira celeste

Quarteto de cordas: Versão para quarteto de cordas da Sinfonia 1’Equinócio’, Poetas Temp pum valsa, Uviterramariceu (3 movimentos), Azul Atlântico

Algumas apresentações

  • “Danças de Câncer e ‘Mar azul-celeste’: Futures Musiques, Conductor: Denis Gautheyrie, Festival 38ème Rugissants, Grenoble, 1993, Université Paris 8, 1993, Auditorium Les Halles, Paris, 1995
  • Symphony 4 “ Buddha Dharma” (Symphonic orchestra): OSRV, conductor: Lutero Rodrigues, S.Paulo, Brasil, 2001, JPSD, conductor: Henri-Claude Fantapié, Aubervillier, France, 2006
  • Symphony 7 “Estrela da Manhã” (classical orchestra): OCC, conductor: Virgilio Caseiro, Coimbra, Portugal, 2005
  • “Ocean in the Heart” (violin and string orchestra): The Borbaki Ensemble, Conductor: David Angells, Sydney, Australia, 2004
  • Dolphins on the Horizon (String orchestra): Sinfonia Toronto, Conductor: Nurhan Arman, Glenn Gould studio, Toronto, Canada, 2004.
  • ” 4 Notas na Cidade” (Clarinet and Classical orchestra): F. del Valle, Conductor: Henri-Claude Fantapié. Clarinet: Bernard Crucifix Valle de Lauca, Columbia, 2006
  • “Azul Atlântico” and “ Uviterramariceu” (string quartet), Artzen, string quartet, Festival Baía das Gatas, Cabo Verde 2009.
  • “Meditations” (String Orchestra): Orquestra de Câmara de L’Empordã, Conductor: Charles Toli, São Vicente, Cabo Verde, 2010

Press

Rising like a mythical creature from the sea, the music remains sedate and calming with flowing textures that bring the serenity of clouds to ground. Gentle percussive add a touch of body to the drifting harmonics while never propelling the music into a rhythmic state. Delicate keyboards maintain a luminous but mellow presence throughout. Lavish use of minimal melody achieves a breezy feeling, tickled by the periodic punctuation of drums and the outcry of a blown conch shell, resounding like a distant horn announcing the arrival of dawn spirits. Entire page © Matt Howarth

‘His music is a vision of an inspired and contemplative dreamer’ T.Van Tee/ La France Classique

A masterful artist of considerable originality.’ Ben Kettlewell/Alternate music press

A refreshing sound, one which combines contemporary rhythms with new age/ ambient atmospherics. Jasper / Ambience

Simply is unlike almost everything else out there. It is, by turns, powerful, haunting, heartrendingly beautiful, mysterious, primal, and elegant. Bill Binkelman/Wind & Wire

Visionary Music: the sweetness of heaven sings through his music. This is music to "trip" to in the most spiritual sense. Martins’ music does build that mystical bridge. Elizabeth Gibbs/Changes Radio

Discografia

  • 1979: Vibrações
  • 1985: Para além da noite
  • 1986: Universo da ilha
  • 1987: Oceano imenso
  • 1989: Quinto mundo
  • 1992: Memórias Atlânticas
  • 1992: Quiet moments
  • 1992: Ritual periférico
  • 1994: Eternal cycle
  • 1996: Island of the secret sounds
  • 1997: Sublime delight
  • 1998: Danças de Câncer
  • 2000: Apeiron
  • 2001: Lunário perpétuo
  • 2003: Sarva Mangalam
  • 2007: 4 sinfonias
  • 2009: Lua água clara
  • 2010: Li Sin
  • 2012: Azuris

Referências

Ligações externas