Lenda da Moura Salúquia: diferenças entre revisões

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Segundo a [[lenda]], a princesa Salúquia, filha de [[Abu-Hassan]] e governadora da [[cidade]] então chamada ''Al-Manijah'', apaixonou-se por Bráfama, [[alcaide (magistrado)|alcaide]] [[mouros|mouro]] de [[Aroche]]. Na véspera do [[matrimónio]], Bráfama dirigiu-se com uma comitiva para Al-Manijah, a dez [[légua]]s de distância. Mas todo o [[Alentejo|território alentejano]] a norte e oeste tinha já sido conquistado pelos cristãos e a jornada revelava-se perigosa.
Segundo a [[lenda]], a princesa Salúquia, filha de [[Abu-Hassan]] e governadora da [[cidade]] então chamada ''Al-Manijah'', apaixonou-se por Bráfama, [[alcaide (magistrado)|alcaide]] [[mouros|mouro]] de [[Aroche]]. Na véspera do [[matrimónio]], Bráfama dirigiu-se com uma comitiva para Al-Manijah, a dez [[légua]]s de distância. Mas todo o [[Alentejo|território alentejano]] a norte e oeste tinha já sido conquistado pelos cristãos e a jornada revelava-se perigosa.
[[Pedro Rodrigues]], de conquistar a cidade de Moura. Estando ao corrente dos preparativos matrimoniais que aí se desenrolavam, os irmãos emboscaram-se num [[olival]] perto dos limites da povoação. Surpreendidos pela ação dos [[cavalaria medieval|cavaleiros cristãos]], a comitiva de Aroche foi facilmente derrotada


Entretanto, [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] encarregara dois [[fidalgo]]s, os irmãos [[Álvaro Rodrigues]] e [[Pedro Rodrigues]], de conquistar a cidade de Moura. Estando ao corrente dos preparativos matrimoniais que aí se desenrolavam, os irmãos emboscaram-se num [[olival]] perto dos limites da povoação. Surpreendidos pela acção dos [[cavalaria medieval|cavaleiros cristãos]], a comitiva de Aroche foi facilmente vencida, e Bráfama foi morto.
Entretanto, [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] encarregara dois [[fidalgo]]s, os irmãos [[Álvaro Rodrigues]] e lmente vencida, e Bráfama foi morto.


Disfarçando-se com as vestes dos representantes muçulmanos, os fidalgos cristãos dirigiram-se para a cidade. Salúquia estava no alto da torre do [[Castelo de Moura|castelo]], onde aguardava a chegada do seu noivo. Vendo aproximar-se um grupo de cavaleiros aparentemente islâmicos, a princesa julgou que se tratava da comitiva de Aroche, ao que ordenou que lhes franqueassem as portas da fortificação.
Disfarçando-se com as vestes dos representantes muçulmanos, os fidalgos cristãos dirigiram-se para a cidade. Salúquia estava no alto da torre do [[Castelo de Moura|castelo]], onde aguardava a chegada do seu noivo. Vendo aproximar-se um grupo de cavaleiros aparentemente islâmicos, a princesa julgou que se tratava da comitiva de Aroche, ao que ordenou que lhes franqueassem as portas da fortificação.

Revisão das 19h54min de 12 de fevereiro de 2015

Brasão de Moura, com a torre e a moura Salúquia morta.

A lenda da Moura Salúquia está ligada à designação actual da cidade de Moura.

Segundo a lenda, a princesa Salúquia, filha de Abu-Hassan e governadora da cidade então chamada Al-Manijah, apaixonou-se por Bráfama, alcaide mouro de Aroche. Na véspera do matrimónio, Bráfama dirigiu-se com uma comitiva para Al-Manijah, a dez léguas de distância. Mas todo o território alentejano a norte e oeste tinha já sido conquistado pelos cristãos e a jornada revelava-se perigosa. Pedro Rodrigues, de conquistar a cidade de Moura. Estando ao corrente dos preparativos matrimoniais que aí se desenrolavam, os irmãos emboscaram-se num olival perto dos limites da povoação. Surpreendidos pela ação dos cavaleiros cristãos, a comitiva de Aroche foi facilmente derrotada

Entretanto, D. Afonso Henriques encarregara dois fidalgos, os irmãos Álvaro Rodrigues e lmente vencida, e Bráfama foi morto.

Disfarçando-se com as vestes dos representantes muçulmanos, os fidalgos cristãos dirigiram-se para a cidade. Salúquia estava no alto da torre do castelo, onde aguardava a chegada do seu noivo. Vendo aproximar-se um grupo de cavaleiros aparentemente islâmicos, a princesa julgou que se tratava da comitiva de Aroche, ao que ordenou que lhes franqueassem as portas da fortificação.

Mas mal transpuseram a muralha, os cristãos lançaram-se sobre os defensores da cidade, tomados de surpresa, e conquistaram o castelo. Salúquia apercebeu-se então do erro que tinha cometido e, ferida pela certeza da morte de Bráfama, tomou as chaves da cidade e precipitou-se da torre onde se encontrava.

Comovidos pela história de amor que os sobreviventes islâmicos lhes contaram, os irmãos Rodrigues teriam renomeado a cidade para Terra da Moura Salúquia. O tempo encarregar-se-ia de transformar esta designação para Terra da Moura, até que evoluíu para a actual forma de Moura.

A uma torre de taipa do Castelo de Moura ainda hoje se chama a Torre de Salúquia, e a um olival nas proximidades de Moura, aquele onde supostamente teriam sido emboscados Bráfama e a sua comitiva, o povo chama Bráfama de Aroche.

Nas armas da cidade figura, uma moura morta no chão, com uma torre em segundo plano, numa alusão à lenda da Moura Salúquia.