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Heraldo do Monte: diferenças entre revisões

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'''Heraldo do Monte''' ([[Recife]], [[1 de Maio]] de [[1935]]) é um [[músico]] [[brasil]]eiro. Toca [[guitarra]], [[cavaquinho]], [[viola]] e [[contrabaixo]], além de [[compositor]] e [[Arranjo (música)|arranjador]]. Seu papel histórico na música instrumental brasileira é de grande importância.
'''Heraldo do Monte''' ([[Recife]], [[1 de Maio]] de [[1935]]) é um [[músico]] [[brasil]]eiro. Toca [[guitarra]], [[cavaquinho]], [[viola]] e [[contrabaixo]], além de [[compositor]] e [[Arranjo (música)|arranjador]]. Seu papel histórico na música instrumental brasileira é de grande importância.


Heraldo nasceu no [[Recife]] e começou na música tocando [[clarineta]] no colégio. A clarineta era o único instrumento disponível e com ele Heraldo lutou por uma semana sem conseguir tirar qualquer som. Até que seu professor, ligeiramente irritado, empunhou o instrumento para lhe mostrar como tocar e percebesse que havia algo errado. Um colega, pregando uma peça, havia enfiado uma flanela no tubo da clarineta.
Heraldo nasceu no [[Recife]] e começou na música tocando [[clarineta]] no colégio. A clarineta era o único instrumento disponível e com ele Heraldo lutou por uma semana sem conseguir tirar qualquer som. Até que seu professor, ligeiramente irritado, empunhou o instrumento para lhe mostrar como tocar e percebeu que havia algo errado. Um colega, pregando uma peça, havia enfiado uma flanela no tubo da clarineta.


Heraldo seguiu seus estudos no instrumento e logo sentiu a necessidade de um instrumento harmônico. Usando os métodos para clarineta aprendeu sozinho a tocar o violão, intuindo os acordes.
Heraldo seguiu seus estudos no instrumento e logo sentiu a necessidade de um instrumento harmônico. Usando os métodos para clarineta aprendeu sozinho a tocar o violão, intuindo os acordes.


Aprendeu também a tocar cavaquinho e viola caipira e comprou uma guitarra para começar a ganhar a vida tocando nas casas noturnas de Recife. Pouco tempo depois partiu para São Paulo onde foi se empregou na TV Tupi acompanhando os músicos que se apresentavam na emissora. No ano de 1966 entrou para o então ''Trio Novo'', que veio a se tornar um ''[[Quarteto Novo]]''. Nesse quarteto tocavam outros brilhantes músicos. Heraldo tocava guitarra; [[Théo de Barros]], contrabaixo; [[Hermeto Pascoal]], piano e flauta; [[Airto Moreira]], bateria e percussão. Com elementos [[jazz]]ísticos numa sonoridade fortemente brasileira (principalmente nordestina) introduziram elementos inovadores à música instrumental feita à época.
Aprendeu também a tocar cavaquinho e viola caipira e comprou uma guitarra para começar a ganhar a vida tocando nas casas noturnas de Recife. Pouco tempo depois partiu para São Paulo onde se empregou na TV Tupi acompanhando os músicos que se apresentavam na emissora. No ano de 1966 entrou para o então ''Trio Novo'', que veio a se tornar um ''[[Quarteto Novo]]''. Nesse quarteto tocavam outros brilhantes músicos. Heraldo tocava guitarra; [[Théo de Barros]], contrabaixo; [[Hermeto Pascoal]], piano e flauta; [[Airto Moreira]], bateria e percussão. Com elementos [[jazz]]ísticos numa sonoridade fortemente brasileira (principalmente nordestina) introduziram elementos inovadores à música instrumental feita à época.


O quarteto foi responsável pelos arranjos e a apresentação das músicas Ponteio ([[Edu Lobo]]) e Disparada (parceria de [[Geraldo Vandré]] e Théo de Barros) em festivais da [[Rede Record|Record]]. A convite de Edu Lobo, o quarteto parte para a Europa para sua primeira turnê internacional. Com a ida de Airto Moreira para os EUA o quarteto ainda se manteve por um curto período com o baterista Nenê.
O quarteto foi responsável pelos arranjos e a apresentação das músicas Ponteio ([[Edu Lobo]]) e Disparada (parceria de [[Geraldo Vandré]] e Théo de Barros) em festivais da [[Rede Record|Record]]. A convite de Edu Lobo, o quarteto parte para a Europa para sua primeira turnê internacional. Com a ida de Airto Moreira para os EUA o quarteto ainda se manteve por um curto período com o baterista Nenê.


Gravou três discos nos três anos seguintes ao fim do quarteto, 1970 a 1972. Ainda na mesma década gravou o álbum ''O Violão de Heraldo do Monte''. Só voltaria a gravar quase dez anos mais tarde ao lado de [[Elomar]], [[Paulo Moura]] e [[Arthur Moreira Lima]] o disco ''ConSertão''. Nos anos oitenta gravou ainda os discos: ''Heraldo do Monte'', ''Cordas Mágicas'', ''Cordas Vivas'' e, passada mais uma década, gravou o cd ''Viola Nordestina''.
Gravou três discos nos três anos seguintes ao fim do quarteto, 1970 a 1972. Ainda na mesma década gravou o álbum ''O Violão de Heraldo do Monte''. Só voltaria a gravar quase dez anos mais tarde ao lado de [[Elomar]], [[Paulo Moura]] e [[Arthur Moreira Lima]] o disco ''ConSertão''. Nos anos oitenta gravou ainda os discos: ''Heraldo do Monte'', ''Cordas Mágicas'', ''Cordas Vivas'' e, passada mais uma década, gravou o cd ''Viola Nordestina'' (em 2004). Com direção musical e produção de seu filho. o guitarrista Luis do Monte, gravou o CD Guitarra Brasileira, com temas inéditos e compostos exclusivamente para o projeto, Heraldo cria um mosaico com os estilos brasileiros separados por suas respectivas regiões. Heraldo do Monte já foi considerado por [[Joe Pass]] o melhor guitarrista do mundo. Gravou ao lado de [[Elis Regina]], [[Quinteto Violado]], [[Michel Legrand]], [[Zimbo Trio]], Hermeto Pascoal e outros, além de se apresentar em grandes festivais de música ao redor do mundo, como em [[Montreux]], [[Montreal]] e [[Cuba]].
Em 2004 com direção musical e produção de seu filho. o guitarrista Luis do Monte, grava o CD Guitarra Brasileira,com temas inéditos e compostos exclusivamente para o projeto, Heraldo cria um mosaico com os estilos brasileiros separados por suas respectivas regiões.
Heraldo do Monte já foi considerado por [[Joe Pass]] o melhor guitarrista do mundo. Gravou ao lado de [[Elis Regina]], [[Quinteto Violado]], [[Michel Legrand]], [[Zimbo Trio]], Hermeto Pascoal e outros, além de se apresentar em grandes festivais de música ao redor do mundo, como em [[Montreux]], [[Montreal]] e [[Cuba]].


== Discografia ==
== Discografia ==

Revisão das 07h10min de 20 de julho de 2015

Heraldo do Monte (Recife, 1 de Maio de 1935) é um músico brasileiro. Toca guitarra, cavaquinho, viola e contrabaixo, além de compositor e arranjador. Seu papel histórico na música instrumental brasileira é de grande importância.

Heraldo nasceu no Recife e começou na música tocando clarineta no colégio. A clarineta era o único instrumento disponível e com ele Heraldo lutou por uma semana sem conseguir tirar qualquer som. Até que seu professor, ligeiramente irritado, empunhou o instrumento para lhe mostrar como tocar e percebeu que havia algo errado. Um colega, pregando uma peça, havia enfiado uma flanela no tubo da clarineta.

Heraldo seguiu seus estudos no instrumento e logo sentiu a necessidade de um instrumento harmônico. Usando os métodos para clarineta aprendeu sozinho a tocar o violão, intuindo os acordes.

Aprendeu também a tocar cavaquinho e viola caipira e comprou uma guitarra para começar a ganhar a vida tocando nas casas noturnas de Recife. Pouco tempo depois partiu para São Paulo onde se empregou na TV Tupi acompanhando os músicos que se apresentavam na emissora. No ano de 1966 entrou para o então Trio Novo, que veio a se tornar um Quarteto Novo. Nesse quarteto tocavam outros brilhantes músicos. Heraldo tocava guitarra; Théo de Barros, contrabaixo; Hermeto Pascoal, piano e flauta; Airto Moreira, bateria e percussão. Com elementos jazzísticos numa sonoridade fortemente brasileira (principalmente nordestina) introduziram elementos inovadores à música instrumental feita à época.

O quarteto foi responsável pelos arranjos e a apresentação das músicas Ponteio (Edu Lobo) e Disparada (parceria de Geraldo Vandré e Théo de Barros) em festivais da Record. A convite de Edu Lobo, o quarteto parte para a Europa para sua primeira turnê internacional. Com a ida de Airto Moreira para os EUA o quarteto ainda se manteve por um curto período com o baterista Nenê.

Gravou três discos nos três anos seguintes ao fim do quarteto, 1970 a 1972. Ainda na mesma década gravou o álbum O Violão de Heraldo do Monte. Só voltaria a gravar quase dez anos mais tarde ao lado de Elomar, Paulo Moura e Arthur Moreira Lima o disco ConSertão. Nos anos oitenta gravou ainda os discos: Heraldo do Monte, Cordas Mágicas, Cordas Vivas e, passada mais uma década, gravou o cd Viola Nordestina (em 2004). Com direção musical e produção de seu filho. o guitarrista Luis do Monte, gravou o CD Guitarra Brasileira, com temas inéditos e compostos exclusivamente para o projeto, Heraldo cria um mosaico com os estilos brasileiros separados por suas respectivas regiões. Heraldo do Monte já foi considerado por Joe Pass o melhor guitarrista do mundo. Gravou ao lado de Elis Regina, Quinteto Violado, Michel Legrand, Zimbo Trio, Hermeto Pascoal e outros, além de se apresentar em grandes festivais de música ao redor do mundo, como em Montreux, Montreal e Cuba.

Discografia

  • 1960: Heraldo e seu Conjunto
  • 1961: Dançando com o Sucesso
  • 1962: Dançando com o Sucesso 02
  • 1970: O violão de Heraldo do Monte
  • 1976: Batida Diferente
  • 1980: Heraldo do Monte
  • 1982: ConSertão (com Elomar, Arthur Moreira Lima e Paulo Moura)
  • 1983: Cordas Vivas (part. especial: Hermeto Pascoal)
  • 1986: Cordas Mágicas
  • 2001: Viola Nordestina
  • 2004: Guitarra Brasileira
  • 2004: MPBaby - Moda de Viola
  • 2007: Heraldo do Monte

Ligações externas