CETME (fuzil): diferenças entre revisões
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O ''Centro de Estudios Técnicos de Materiales Especiales'' ([[CETME]]) [[sigla]] que serviu para baptizar o fuzil, foi criado em 1949, para reagir ao isolamento internacional da Espanha durante da [[Espanha Franquista|ditadura de Francisco Franco]]. |
O ''Centro de Estudios Técnicos de Materiales Especiales'' ([[CETME]]) [[sigla]] que serviu para baptizar o fuzil, foi criado em 1949, para reagir ao isolamento internacional da Espanha durante da [[Espanha Franquista|ditadura de Francisco Franco]].<ref>{{citar web|url=https://www.20minutos.es/noticia/4670986/0/quien-las-escribio-de-donde-provienen-las-balas-lo-que-se-sabe-de-las-cartas-amenazantes-a-iglesias-marlaska-y-la-directora-de-la-guardia-civil/|título=Quién las escribió, qué tipo de balas... Lo que se sabe de las amenazas a Iglesias, Marlaska y la directora de la Guardia Civil|autor=Juan Martínez|data=26 de abril de 2021|publicado=[[20 minutos]] {{es}}|acessodata=16 de julho de 2021|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Destinava-se a criar projectos militares, com ênfase nas armas de assalto para substituírem os obsoletas [[espingarda]]s [[Arma de repetição|de repetição]] que equipavam as [[Forças Armadas Espanholas]]. |
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O fuzil CETME deriva mecanicamente da [[StG45(M)]], um [[protótipo]] de espingarda de assalto alemão desenvolvido pela [[Mauser]] no final da [[Segunda Guerra Mundial]]. O final da guerra ditou a interrupção do projecto e a fuga para Espanha de alguns dos seus técnicos responsáveis. Um deles, Ludwing Vorgrimler foi o responsável pelo desenvolvimento do CETME. |
O fuzil CETME deriva mecanicamente da [[StG45(M)]], um [[protótipo]] de espingarda de assalto alemão desenvolvido pela [[Mauser]] no final da [[Segunda Guerra Mundial]]. O final da guerra ditou a interrupção do projecto e a fuga para Espanha de alguns dos seus técnicos responsáveis. Um deles, Ludwing Vorgrimler foi o responsável pelo desenvolvimento do CETME. |
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O CETME foi criado por ordem do Ministério da Guerra espanhol. A sua primeira versão viu a luz do dia em [[1952]] e foi adoptado pelas [[Forças Armadas Espanholas]] em [[1957]]. Sucessivas versões foram vendo as suas características melhoradas, como o alcance, a precisão e o tipo de [[munição]]. O CETME L foi o [[Fuzil de serviço|fuzil padrão]] das Forças Armadas Espanholas até [[1999]], altura em que adoptaram o [[G36]]. Por curiosidade o G36 foi desenvolvido a partir da G3, a qual se baseia no CETME B desenvolvido pela [[Heckler & Koch]] entre [[1957]] e [[1961]]. |
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O CETME foi considerado um dos melhores fuzis de assalto do seu tempo pela sua elevada precisão, potência e, sobretudo, resistência.<ref>{{citar web|url=https://www.benemeritaaldia.org/historia-guardia-civil/33596-un-fusil-de-asalto-de-leyenda-el-c-e-t-m-e.html|título=UN FUSIL DE ASALTO DE LEYENDA: EL C.E.T.M.E|autor=Redacción |
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:'''CETME A:''' primeira versão do fuzil foi desenvolvida pela empresa [[C. G. Haenel]] Waffen und Fahrradfabrik pelo engenheiro [[Hugo Schmeisser]] mesmo engenheiro que desenvolveu o fuzil [[StG 44]] posteriormente foi vendida para o governo espanhol, sendo que seu primeiro lote de fabricação está datado de 1948. |
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:'''CETME L''': modelo desenvolvido em [[1984]], adaptado à munição [[5,56 mm NATO]], coronha e fuste de material plástico, alça de mira regulável para apenas 200 e 400 m e botão retentor da janela de ejecção aberta, permitindo maior facilidade de inspecção da câmara e de desencravamento da arma; |
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Revisão das 04h32min de 16 de julho de 2021
CETME | |
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CETME C exposto na Colección Museográfica de la Legión en Almería.[1] | |
Tipo | fuzil de assalto |
Local de origem | Espanha |
História operacional | |
Em serviço | 1957 - até hoje |
Histórico de produção | |
Criador | Ludwig Vorgrimler |
Data de criação | 1949 |
Período de produção |
1952 - 1999 |
Variantes | A, A1, B, C, E, L e LC |
Especificações | |
Peso | 3,4 kg (CETME L) 3,22 kg (CETME LC) |
Comprimento | 925 mm (CETME L) 860 mm (CETME LC com coronha esticada) 665 mm (CETME LC com coronha retraída) |
Comprimento do cano |
400 mm (CETME L) 320 mm (CETME LC) |
Calibre | 7,92 x 40 mm (CETME A, A1 e B) 7,62 mm NATO (CETME B, C e E) 5,56 mm NATO (CETME L e LC) |
Cadência de tiro | 600 tpm |
Velocidade de saída | 720 m/s |
Alcance efetivo | 500 m |
Sistema de suprimento | carregador de 20 munições (CETME A, A1, B, C e E) carregador de 30 munições (CETME L e LC) |
Mira | olhal e alça de mira |
CETME é o nome porque é conhecido o fuzil/espingarda de assalto desenvolvido em Espanha na década de 1950. O CETME é muito semelhante à espingarda automática G3 desenvolvida a partir daquele pela Heckler & Koch GmbH da Alemanha.
História
O Centro de Estudios Técnicos de Materiales Especiales (CETME) sigla que serviu para baptizar o fuzil, foi criado em 1949, para reagir ao isolamento internacional da Espanha durante da ditadura de Francisco Franco.[2] Destinava-se a criar projectos militares, com ênfase nas armas de assalto para substituírem os obsoletas espingardas de repetição que equipavam as Forças Armadas Espanholas.
O fuzil CETME deriva mecanicamente da StG45(M), um protótipo de espingarda de assalto alemão desenvolvido pela Mauser no final da Segunda Guerra Mundial. O final da guerra ditou a interrupção do projecto e a fuga para Espanha de alguns dos seus técnicos responsáveis. Um deles, Ludwing Vorgrimler foi o responsável pelo desenvolvimento do CETME.
O CETME foi criado por ordem do Ministério da Guerra espanhol. A sua primeira versão viu a luz do dia em 1952 e foi adoptado pelas Forças Armadas Espanholas em 1957. Sucessivas versões foram vendo as suas características melhoradas, como o alcance, a precisão e o tipo de munição. O CETME L foi o fuzil padrão das Forças Armadas Espanholas até 1999, altura em que adoptaram o G36. Por curiosidade o G36 foi desenvolvido a partir da G3, a qual se baseia no CETME B desenvolvido pela Heckler & Koch entre 1957 e 1961.
O CETME foi considerado um dos melhores fuzis de assalto do seu tempo pela sua elevada precisão, potência e, sobretudo, resistência.[3]
Variantes
O fuzil CETME foi desenvolvido nas versões A1, A2, B, C, D, E, L, LC, LV e AMELI.[4]
- CETME A: primeira versão do fuzil foi desenvolvida pela empresa C. G. Haenel Waffen und Fahrradfabrik pelo engenheiro Hugo Schmeisser mesmo engenheiro que desenvolveu o fuzil StG 44 posteriormente foi vendida para o governo espanhol, sendo que seu primeiro lote de fabricação está datado de 1948.
- CETME A/A1: Segunda versão, desenvolvida em 1949, usando a munição 7,92 x 40 mm CETME, capaz de incapacitar um alvo humano a 1.000 metros. Esta munição era, contudo, proibida pela Convenção de Genebra e por isso, iniciou-se o desenvolvimento da munição 7,62 mm NATO;
- CETME B: modelo capaz de disparar tanto as munições 7,62 mm CETME como o 7,62 mm NATO, através da troca da mola recuperadora e do ferrolho. Incorpora um tapa chamas na boca para lançamento de granadas, coronha mais ergonómica, e bipé. Em 1957, este modelo passou a ser o fuzil padrão das Forças Armadas Espanholas e passou a ser desenvolvido pela H&K, dando origem à G3 em 1961;
- CETME C:[5] modelo adoptado pelas Forças Armadas Espanholas em 1964, caracterizando-se pelo fuste e coronha de madeira, câmara estriada, alça de mira do tipo régua regulada para distâncias de 100, 200, 300 e 400 m e carril adaptável a mira telescópica;
- CETME E: modelo experimental com alça modificada e carregador e outros componentes de plástico;
- CETME L: modelo desenvolvido em 1984, adaptado à munição 5,56 mm NATO, coronha e fuste de material plástico, alça de mira regulável para apenas 200 e 400 m e botão retentor da janela de ejecção aberta, permitindo maior facilidade de inspecção da câmara e de desencravamento da arma;
- CETME LC: modelo semelhante ao L, mas mais curto e de coronha retrátil, adaptado ao uso por tropas páraquedistas, guarnições de blindados, etc.
CETME A-2b (protótipo). | Peças do CETME B. |
Vista de perfil do CETME L. | Componentes básicos do CETME L. |
Detalhe do selector de tiro na posição de segurança. |
Ver também
Notas e referências
- ↑ «Colección Museográfica de la Legión en Almería». patrimoniocultural.defensa.gob.es (em castelhano). Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ Juan Martínez (26 de abril de 2021). «Quién las escribió, qué tipo de balas... Lo que se sabe de las amenazas a Iglesias, Marlaska y la directora de la Guardia Civil». 20 minutos (em castelhano). Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ Redacción (27 de junho de 2021). «UN FUSIL DE ASALTO DE LEYENDA: EL C.E.T.M.E». benemeritaaldia.org (em castelhano). Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ Alejandro Maisanaba (23 de abril de 2021). «¿Qué es un Cetme, el fusil español que carga las balas que recibieron Iglesias y Marlaska?». LARAZÓN (em castelhano). Consultado em 16 de julho de 2021
- ↑ drzero.org - Manual do CETME C, (em inglês) Consultado em 16 de julho de 2021