Rui Rocha

Rui Rocha
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4.º Presidente da Iniciativa Liberal
Período	22 de janeiro de 2023 à atualidade
Antecessor(a)	João Cotrim de Figueiredo
Deputado na Assembleia da República pelo Distrito de Braga
Período	29 de março de 2022 até a atualidade
Legislatura	XV Legislatura da República Portuguesa
Dados pessoais
Nome completo	Rui Nuno de Oliveira Garcia da Rocha
Nascimento	13 de março de 1970 (54 anos)
Nacionalidade	portuguesa
Alma mater	Universidade Católica Portuguesa (Licenciatura em Direito)
Cônjuge	Adélia Rocha
Partido	Iniciativa Liberal
Profissão	Diretor de Recursos Humanos
Ocupação	Político

Rui Nuno de Oliveira Garcia da Rocha (Lobito, 13 de março de 1970) é um gestor e político português. Atualmente é deputado na Assembleia da República e Presidente da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal.

Biografia

Residente em Braga desde 1978, com interrupção apenas para a licenciatura, é casado, com 2 filhos, e licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Foi assistente convidado na Universidade Moderna. Exerceu funções de advocacia e desenvolveu uma carreira de Gestor de Recursos Humanos em diferentes áreas como banca, indústria, construção civil, automóvel, logística ou retalho especializado. Teve uma intensa atividade na blogosfera, em particular no blogue "O Insurgente", e como colunista, mais recentemente no jornal Novo. É Presidente da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal desde 22 de Janeiro de 2023.

Política

É membro da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal desde a VI Convenção Nacional do partido, que teve lugar a 11 e 12 de dezembro de 2021. Foi cabeça de lista da IL pelo distrito de Braga nas eleições legislativas de 2022, tendo sido o único eleito pelo partido nesse círculo, obtendo 21,432 votos.

Após a saída de João Cotrim de Figueiredo da liderança do partido, em Outubro de 2022, Rui Rocha declarou a sua candidatura à liderança na VII Convenção Nacional da IL tendo sido apoiado pelo Presidente cessante.

O anúncio da sua candidatura foi feito no Facebook, logo após os serviços da IL enviarem um comunicado a dar conta da saída de João Cotrim de Figueiredo , provocando um conjunto de ondas de choque pela falta de igualdade de oportunidades num partido que tem a meritocracia como bandeira. O escândalo foi maior quando próprio João Cotrim de Figueiredo afirmou, num primeiro momento, desconhecer a candidatura de Rocha tendo-se sabido mais tarde que Rui Rocha partiu com, pelo menos, 15 dias de avanço sobre os seus adversários.

Em Janeiro de 2023 foi eleito Presidente da Comissão Executiva da IL para o mandato 2023–2025, com 51,7% dos votos, contra 44% de Carla Castro (deputada) e 4,3% José Cardoso (conselheiro do partido).

Das suas primeiras medidas de reorganização interna, enquanto Presidente da Iniciativa Liberal, constou o «afastamento» ou «saneamento» de alguns assessores do partido. Carlos Guimarães Pinto, segundo presidente do partido e responsável pelo sucesso da IL em 2019, suavizou estes actos e as críticas, entre outros, de Tiago Mayan Gonçalves, afirmando que pelo menos um dos afastamentos já estava previsto, não deixando de acrescentar em seguida que “seria uma pena o partido perder” os que saíram derrotados nas eleições e afirmando que entregou "um partido unido" quando saiu da liderança da IL.

Ainda no campo interno, já no novo Conselho Nacional, reunido um mês após as eleições internas, Rocha promoveu a eleição da mesa do Conselho Nacional com recurso às inerências da sua Comissão Executiva. As inerências foram um tópico chave nas eleições internas do partido já que a Comissão Executiva detem direito de voto no Conselho Nacional, condicionando a actividade do órgão chave na validação da mensagem política, definição de listas e aprovação do orçamento. Na Campanha Eleitoral Rui Rocha reiterou que «[h]á um peso excessivo nessas inerências [e que] “neste momento, há algum desequilíbrio” na composição e funcionamento do conselho nacional.» Note-se que paralelamente às eleições à presidência da Comissão Executiva, em janeiro de 2023, também os outros órgãos partidários foram a eleições. A lista patrocinada por Rui Rocha ao Conselho Nacional teve 24 lugares em 50, não tendo por isso maioria absoluta. Ao usar as inerências, permitindo que os seus 25 comissários executivos também pudessem votar nas decisões sobre a organização interna do partido, Rocha garantiu 49 votos favoráveis vs 26 da oposição.

Do ponto de vista externo, no lançamento da sua presidência em Janeiro, Rui Rocha apostou forte numa cerca sanitária ao partido de André Ventura do Chega. Já em Março de 2023, e dois dias após a visita aos Açores , o seu Comissário Executivo com pelouro sobre os Açores e deputado regional, Nuno Barata, promoveu uma decisão da Coordenação do Núcleo liberal dos Açores, dos membros da Mesa do Plenário do Núcleo e os Coordenadores dos Grupos de Coordenação de Ilha, das ilhas São Miguel e Terceira, fazendo com que a Iniciativa Liberal rompe-se o acordo com o PSD : «A partir de hoje e depois e todos os esforços que fizemos para que o acordo pudesse ser levado até ao fim (…), a IL comunicará que se liberta do acordo de incidência parlamentar que assinou com o PSD». Depois da intervenção do parlamentar da IL, Carlos Furtado, deputado independente (ex-Chega) rompeu igualmente o acordo de incidência parlamentar feito com o Governo dos Açores. «Também eu hoje me desvinculo [do acordo de incidência parlamentar]. Há incumprimentos e falta de respeito institucional.»

Em resposta, o Secretário das Finanças dos Açores disse à IL «que nunca falhou compromissos». Já o presidente do Governo dos Açores comprometeu-se a ser um «referencial de estabilidade». Em declarações à imprensa Rui Rocha afirmou: «A IL entendeu que face a um conjunto de circunstâncias não havia nenhuma possibilidade do PSD continuar a executar este acordo no sentido de cumprir uma parte substancial do acordo que ainda faltava cumprir. Quem não cumpriu o acordo foi o PSD», acrescentando que não há razões para que o Governo Regional caia: «Isso não significa que deixe de haver uma solução política no âmbito da atual assembleia legislativa dos Açores. Cá estaremos para avaliar cada uma das propostas que forem apresentadas pelo Governo e em outubro haverá um orçamento. Se essas medidas trouxerem vantagens para os açorianos, cá estaremos para viabilizar as boas propostas que forem incluídas nesse orçamento.»

Rocha deu três motivos para a desvinculação do acordo:1. Subida de impostos (ao contrário do acordado); 2. evidentes sinais de instabilidade; e 3. ocupação do aparelho regional com evidentes práticas de serviços a clientelas. Rui Rocha sublinhou igualmente que não fará nenhuns acordos com o PS, «seja no continente ou nas assembleias regionais».