HMS Terror (1813)
HMS Terror | |
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HMS Terror no Ártico | |
Construção | Davy shipyard, Topsham, Devon; Exeter |
Lançamento | 1813 |
Destino | Abandonado e desaparecido no Estreito de Vitória |
Características gerais | |
Deslocamento | 325 t |
Comprimento | 31 m |
Boca | 8,2 m |
Calado | 6,8 m |
Propulsão | Velas e motor |
Tripulação | 67 homens |
HMS Terror [nota 1] foi um navio de guerra do tipo veleiro que navegou para a Marinha Real do Reino Unido. O navio foi adaptado e transformado para servir como meio de transporte em expedições polares.[1]
História
O navio serviu na Guerra anglo-americana de 1812 contra o Estados Unidos sob o comando de John Sheridan (1778-1862). O HMS Terror participou do bombardeio a Stonington, Connecticut em 9 de agosto de 1814 e do Fort McHenry na Batalha de Baltimore que aconteceu nos dia 13-14 de setembro de 1814. Em janeiro de 1815, Terror participou da Batalha pelo Fort Peter e no consequente ataque a St. Marys no estado da Geórgia.
Após o final da guerra em 1828 o navio foi recomissionado para servir no Mediterrâneo sob o comando da David Hope. Em 18 de fevereiro de 1828, a embarcação encalhou em uma praia perto de Lisboa, Portugal pela ação de um furacão. O navio foi recuperado e retirado de serviço depois de reparos.
Serviços no Ártico
Em 1836 o Terror foi reformado e aparelhado como um navio de exploração para serviços na Antártida. George Back (1796-1878) assumiu o comando do Terror a partiu para uma expedição em direção ao norte Baía de Hudson, com o objetivo de alcançar o povoado inuit de Repulse Bay. O objetivo não foi alcançado e o navio passou o inverno ao largo da Ilha Southampton preso em um penhasco de gelo. Na primavera de 1837, o navio colidiu com um iceberg o que o que causou sérios danos a embarcação que quase naufragou, alcançando finalmente uma praia em Lough Swilly na costa da Irlanda.
Expedição James Clark Ross (1840)
O Terror foi reformado e reaparelhado como navio de exploração para serviços na Antártida. Ccapitaneada por Francis Crozier (1796-1848) partiu rumo a Antártida tendo como companhia o navio veleiro HMS Erebus. Em janeiro de 1841, a tripulação dos dois navios desembarcaram na Terra de Vitória, região da Antártica limitada a leste pelo Mar de Ross e a oeste pela Terra de Wilkes e passaram a descrever e nomear acidentes geográficos enter eles o Monte Erebus uma homenagem ao navio e Ilha de Ross em homenagem ao comandante geral da expedição James Clark Ross (1800-1862).[2]
Esta expedição durou três temporadas de 1840-1843, durante o qual Terror e Erebus fizeram três incursões em águas da Antártida, cruzando o Mar de Ross duas vezes e o Mar de Weddell localizado a sudeste das Ilhas Falkland. O Monte Terror vulcão situado na Ilha de Ross foi nomeado como uma homenagem ao HMS Terror.[2]
Expedição de John Franklin
A próxima viagem do HMS Terror navegando ao lado novamente o HMS Erebus, partindo do rio Tâmisa foi rumo ao Ártico. Sob o comando geral de Sir John Franklin, a expedição que ficou conhecida como Expedição de John Franklin, tinha como objetivo a obtenção de dados magnéticos do Ártico canadense e a navegação pela Passagem do Noroeste.[3]
O Terror e o Erebus estavam equipados nesta expedição com motores a vapor (convertido de motores de locomotivas)[4], e tinham o casco reforçado com placas de ferro.
Os navios foram vistos pela última vez entrando Baía de Baffin por pescadores de baleias em julho de 1845.[3] Os destroços do naufrágio nunca foram localizados, o Governo do Canadá em 1992, declarou o local como um ponto histórico nacional do Canadá.[5]
Notas
- ↑ HMS quer dizer Her Majesty's Ship, em português: Navio de Sua Majestade, prefixo utilizado pelos navios de guerra da Royal Navy desde 1789.
Referências
- ↑ Paul Ward (2001). «Erebus and Terror, The Antarctic Expedition 1839-1843». Cool Antarctica. Consultado em 24 de agosto de 2012 line feed character character in
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at position 44 (ajuda) - ↑ a b Captain James Clark Ross (abril de 2009). «The Voyage of HMS Erebus and HMS Terror to the Southern and Antarctic Regions» (PDF) (em inglês). The Journal of the Hakluyt Society. Consultado em 22 de agosto de 2012
- ↑ a b Richard Bayliss. «Sir John Franklin's last arctic expedition: a medical disaster» (em inglês). National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine. Consultado em 24 de agosto de 2012
- ↑ Robert Murray. «Rudimentary treatise on marine engines and steam vessels» (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2012
- ↑ «Parks Canada 2010 Arctic Surveys, HMS Erebus and HMS Terror» (em inglês). Parks Canada. Consultado em 24 de agosto de 2012
Bibliografia
- Martyn Beardsly: Deadly Winter: The Life of Sir John Franklin. ISBN 1-55750-179-3
- Owen Beattie: Frozen in Time: The Fate of the Franklin Expedition. ISBN 1-55365-060-3
- Pierre Berton: The Arctic Grail. ISBN 0-670-82491-7.
- Scott Cookman: Ice Blink: The Tragic Fate of Sir John Franklin's Lost Polar Expedition. ISBN 0-471-37790-2
- Dan Simmons: The Terror (Fictionalized account of the Franklin expedition). ISBN 0-593-05762-7 (UK H/C)
- Captain Francis Crozier: The Last Man Standing? by Michael Smith. ISBN 1-905172-09-5
Ligações externas
- «Naval history of Great Britain - Vol. VI, William James.» (em inglês)
- «.» (em inglês)