Fortim da Baía de Cumã

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O Fortim da baía de Cumã localizou-se em posição dominante na baía de Cumã, atual município de Guimarães, no litoral do estado brasileiro do Maranhão.

História[editar | editar código-fonte]

A baía de Cumã, após a baía de São Marcos, seguindo a costa do Maranhão para o norte, abrigava um importante aglomerado de aldéias Tupinambás.

No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), após a conquista de São Luís no Maranhão em Novembro de 1615, o Capitão-mor Martim Soares Moreno foi nomeado capitão dos aldeamentos de Cumã, como Matias de Albuquerque (c. 1590-1648) o foi para os de Tapuytapera, ficando ambos sujeitos ao governo da nova Capitania do Maranhão.

Nesse cenário, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandre de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira de Castelo Branco, partiu de São Luís, para a conquista da boca do rio Amazonas (25 de Dezembro de 1615), com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas".

Com três embarcações - o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças e a lancha grande Assunção -, e cerca de duzentos homens, entre Dezembro de 1615 e Janeiro de 1616 fez escala na baía de Cumã, erguendo um fortim (BARRETTO, 1958:33-35, 79). Certamente uma simples estacada de faxina e terra, com alguma artilharia e pequena guarnição, destinava-se a servir como base de apoio e proteção daquele ancoradouro, bem como da autoridade portuguesa no seio daqueles tradicionais aliados dos franceses.

O levante dos Tupinambá (1617-1621) iniciou-se nesta aldeia, onde todos os europeus foram mortos. Sob o comando do chefe Guaimiaba ("cabelo de velha", em língua tupi), morto em combate, atacaram o Forte do Castelo de Belém (1619). Foram derrotados pela Coroa Portuguesa, quando vítimas de uma epidemia de varíola.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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