Francisco Hernández de Córdoba (fundador da Nicarágua)

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 Nota: Para o conquistador homônimo descobridor da Península de Iucatã, veja Francisco Hernández de Córdoba.
Francisco Hernández de Córdoba
Francisco Hernández de Córdoba (fundador da Nicarágua)
Imagem de Francisco Hernández de Córdoba em um selo postal da Nicarágua
Nascimento c. 1475
Córdova, Espanha
Morte 1526 (51 anos)
León Viejo, Nicarágua

Francisco Hernández de Córdoba (c. 1475 [1] – 1526) foi um conquistador espanhol, capitão e chefe de expedição sob as ordens de Pedrarias Dávila. A moeda da Nicarágua, Córdoba, é nomeada em sua memória.[2]

Expedições[editar | editar código-fonte]

Em 1523 foi enviado por Pedro Arias Dávila a zona de costa do Pacífico, do que hoje é Nicarágua, onde fundou as cidades de Granada, à margem Sul oriental do lago Cocibolca ou Grande Lago de Nicarágua aos pés do vulcão Mombacho e León (anterior a atual León), na costa ocidental do Lago Manágua (ou lago Xolotlán) aos pés do vulcão Momotombo.

Por meio de seu tenente Ruy Díaz, fundou a vila de Bruselas, na Costa Rica.[3] Hernández de Córdoba por sua vez lutou contra Cristóbal de Olid com o apoio de Hernán Cortés, que considerou Olid à revelia. Uma vez perdido o apoio de Cortés, Pedro Arias Dávila suspeitou que Hernández o havia traído, razão por que enviou uns navios para sua captura, que terminou com a decapitação de Hernández por ordem de Pedrarias.[4]

A cabeça de Hernández de Córdoba foi fincada em uma estaca, ficando vários dias exposta à vista da população de León para logo ser retirada e colocada em uma das ruas mais movimentadas da cidade como se fosse um farol, com uma vela acesa dentro do crânio para iluminar o caminho para os nobres pedestres que ali passavam.[5] Cinco anos depois o corpo de Dávila seria sepultado junto ao de sua vítima.

Em 2000 os restos mortais de Francisco Hernández de Córdoba foram descobertos[6], junto aos de Pedro Arias Dávila (este identificado pela ausência de sua cabeça) no presbitério da Igreja da Merced na cidade de León. Ambos foram sepultados no Memorial dos Fundadores, construído nesse mesmo ano em um setor de sua antiga praça maior. Os restos de Hernández de Córdoba foram honrados pelo Exército da Nicarágua com 21 tiros de canhão e sepultados no lugar de honra do Memorial [7] , enquanto que os restos mortais de Dávila foram sepultados aos pés do anterior.

Referências

  1. R. C. S. Trahair (1994). From Aristotelian to Reaganomics: A Dictionary of Eponyms with Biographies in the Social Sciences (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 144. 721 páginas. ISBN 0313279616. Consultado em 15 de abril de 2015 
  2. Oscar Castro Vega (2009). Pedrarias Dávila, la ira de Dios (em espanhol). [S.l.]: EUNED. p. 21. 282 páginas. ISBN 9968316288. Consultado em 15 de abril de 2015 
  3. «NICARAGUA INDIGENA» (pdf). Organo del Instituto Indigenista Nacional. Memoria Centroamericana. Consultado em 15 de abril de 2015 
  4. John Logan Allen (1997). North American Exploration (em inglês). [S.l.]: U of Nebraska Press. p. 205. 538 páginas. ISBN 0803210159. Consultado em 15 de abril de 2015 
  5. Gilberto Prado Galán (2012). Los ojos de la Medusa (em espanhol). [S.l.]: Universidad Iberoamericana. p. 24. 79 páginas. ISBN 6074171947. Consultado em 15 de abril de 2015 
  6. «Nicaragua - History : The Spanish conquest». Country Facts [ligação inativa]
  7. Gilberto Prado Galán (2012). Los ojos de la Medusa (em espanhol). [S.l.]: Universidad Iberoamericana. p. 23. 79 páginas. ISBN 6074171947. Consultado em 15 de abril de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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