Geração de Prata
Geração de Prata é como ficou conhecida a Seleção Brasileira de Voleibol Masculino da década de 80, e que deu ao Brasil sua primeira medalha olímpica neste esporte.[1]
Foi com esta seleção que o vôlei brasileiro começou a obter resultados importantes, como a medalha de prata das Olimpíadas de Los Angeles. Esses resultados, aliados a investimentos de marketing e formação de base, melhoraram sensivelmente o nível do voleibol nacional. Segundo Bernardinho "a geração sucessiva, certamente, se inspirou nessa geração (de prata). A geração de Maurício, Marcelo Negrão, Tande, Carlão se inspirou em Bernard, Renan, Montanaro, William, Xandó, Amauri. O voleibol se abriu para o mundo e, principalmente, para a população brasileira. Deixou de ser uma coisa meio de elite, meio fechada, para realmente atingir o grande público, a grande massa de praticantes e seguidores."[2]
Outro marco importante desta geração foi o chamado O Grande Desafio de Vôlei – Brasil X URSS, que pode ser considerada um evento histórico no voleibol nacional, pois mudou os rumos do voleibol brasileiro.[3]
Os Jogadores[editar | editar código-fonte]
A seleção do técnico Bebeto de Freitas era formada pelos seguintes jogadores: William (Capitão), Amauri, Badá, Bernard, Bernardinho, Domingos Maracanã, Fernandão, Montanaro, Vinícius, Xandó, Renan Dal Zotto, Rui Campos do Nascimento[5].
Equipe Base | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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História[editar | editar código-fonte]
“ | "Com certeza esta é a prata mais valorizada. Dificilmente você reconhece tanto uma prata como a que o voleibol conseguiu. Aquele grupo foi um marco para esporte amador. Não se desenvolvia trabalho tão bem feito com planejamento e estrutura física. Mostramos que o Brasil podia produzir equipes vencedoras. Foi um modelo na década de 80 e hoje o vôlei está à frente de outras modalidades."[6] | ” |
A história dessa geração vencedora começou em 1981, quando a seleção alcançou sua primeira grande conquista internacional: a terceira colocação na Copa do Mundo do Japão. Em 1982, o time triunfou no Mundialito do Rio e conseguiu a medalha de prata no Mundial da Argentina. Em Caracas, 1983: Brasil campeão do Pan-americano, pela segunda vez na história[7]. A campanha na Olimpíada de Los Angeles alternou momentos mágicos com problemas nos fundamentos e no relacionamento do grupo. A prata foi um conquista incrível, mas chegou com um sabor amargo de derrota. Até a conquista do título olímpico em 1992, essa geração era conhecida como a "Geração de Ouro" do vôlei brasileiro.
Segundo se noticiou na época, houve um "racha" entre os jogadores durante a competição, e as brigas acabaram por prejudicar o desempenho da equipe durante a competição[8].
“ | "Não dá para falar que perdeu a Olimpíada por causa daquela discussão. Se fosse o fator preponderante, tínhamos perdido para os EUA na primeira fase e isso não aconteceu. Eles fizeram uma partida perfeita na final e nós jogamos muito abaixo do que poderíamos."[9] | ” |
O fato é que, após a derrota para os EUA na final das Olimpíadas de 1984, a Seleção passou por muitas crises e brigas internas que culminaram com o fim da chamada "Geração de Prata"[6].
Conquistas da "Geração de Prata"[editar | editar código-fonte]
Ano | Campeonato | Posição |
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1981 | Copa do Mundo | 3º lugar |
1982 | Mundial | 2º lugar |
Mundialito | 1º lugar | |
1983 | Campeonato Sul-Americano | 1º lugar |
Pan-Americano | 1º lugar (Ouro) | |
1984 | Jogos Olímpicos de 1984 | 2º Lugar (Prata) |
- Fonte:UOL[6]
Outras Honrarias[editar | editar código-fonte]
- Participaram da partida com recorde de público numa partida a céu aberto, com 95.887 pagantes (O Grande Desafio de Vôlei – Brasil X URSS)[10].
Campanha nas Olimpíadas de 1984[editar | editar código-fonte]
- Fonte:"Sports123"[11]
- 1a fase
- Brasil 3-1 Argentina (15–8 / 15–8 / 16–18 / 15–13)
- Brasil 3-0 Tunísia (15–5 / 15–9 / 15–2)
- Coréia do Sul 3-1 Brasil (15–4 / 15–13 / 13–15 / 15–8)
- Brasil 3-0 Estados Unidos (15–10 / 15–11 / 15–2)
- Semifinal
- Brasil 3-1 Itália (12–15 / 15–2 / 15–3 / 15–5)
- Final
11 de agosto de 1984 Detalhes |
EUA | 3 - 0 | Brasil | Long Beach Convention and Entertainment Center |
15 15 15 |
Set 1 Set 2 Set 3 |
6 6 7 |
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Filmes[editar | editar código-fonte]
- 2007 - Geração de Prata - O Divisor de Águas do Vôlei Brasileiro.[12]
- 2013 - Viagem - O Saque que Mudou o Vôlei.[13]
Livros[editar | editar código-fonte]
- Coelho C (1994). Viva a geração de prata.
Referências
- ↑ veja.abril.com.br/ Arquivado em 16 de março de 2016, no Wayback Machine. Prata: Vôlei masculino - 1984
- ↑ lancenet.com.br/volei/ Programa de vôlei na TV aberta
- ↑ esporte.ig.com.br/ Geração de prata inovou na maneira de jogar e até bateu bola no Maracanã
- ↑ esporte.ig.com.br/ Prata olímpica da geração que apresentou o vôlei ao Brasil completa 25 anos
- ↑ timebrasil.cob.org.br/
- ↑ a b c esporte.uol.com.br/ Prata supervalorizada rende status e "empregos" mesmo após 25 anos
- ↑ videos.r7.com/ Pan de Caracas iniciou conquistas da geração de prata do vôlei brasileiro
- ↑ istoe2016.com.br/ "Vivemos uma ditadura assombrosa do esporte brasileiro"
- ↑ esporte.uol.com.br/ Geração de prata usa 'racha' em Los Angeles para defender Bernardinho
- ↑ portaldapropaganda.com.br/ GRANDE DESAFIO DE VÔLEI BRASIL X URSS
- ↑ sports123.com/
- ↑ globoesporte.globo.com/ Filme conta história da geração de prata
- ↑ memoriadoesporte.org.br/ Documentário: “Viagem – O saque que mudou o vôlei”
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- terceirotempo.bol.uol.com.br/ Quem Fim Levou? Geração de Prata
- agentem86.com.br/ 151 – Volei de Prata
- justvolleyball.com.br/