Hans Stammreich

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Hans Stammreich
Nascimento 16 de julho de 1902
Remscheid
Morte 6 de março de 1969 (66 anos)
São Paulo
Cônjuge Charlotte Marcuse
Orientador(es)(as) Adolf Miethe
Campo(s) Química

Hans Stammreich (Remscheid, 16 de julho de 1902São Paulo, 6 de março de 1969) foi um químico brasileiro nascido na Alemanha. Foi um dos pioneiros da espectroscopia Raman.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Hans Stammreich nasceu em Remscheid, filho do médico Maximilien Stammreich e Henriette Alsberg[2], em 16 de julho de 1902.

Após ter completado os cursos de Química, Física e principalmente os de Química-Física, nas Universidades de Heidelberg e de Berlim. Recebeu o título de “doutor” em Ciências, em 1924, com a menção “magna cum laude”, pela Escola Politécnica de Berlim-Charlottenburg, [2] sob orientação de Adolf Miethe.

Escolhendo a carreira acadêmica, ingressou, em 1924, no Instituto de Fotoquímica da Escola Politécnica de Berlim, como assistente adjunto, pesquisando a aparente formação de ouro nas lâmpadas de mercúrio. A experiência acumulada nesse período foi fundamental para a posterior aplicação na espectroscopia Raman.[2] Em 1927, foi nomeado assistente-chefe permanente.

Em 1929 casou-se com Charlotte Marcuse, assistente de laboratório do Instituto.

Em 1930, foi encarregado da organização e da direção da seção de Espectroscopia e de Análise Espectral da Escola Politécnica, cargo que exerceu até 1933, quando foi exonerado de seu cargo em Berlim e teve de se refugiar na França, logo após a subida de Hitler ao poder.

Por indicação de Albert Einstein, pode dar aulas na Escola Municipal de Química e Física e continuar suas pesquisas na Universidade de Paris, onde lecionava o físico Charles Fabry, então Diretor do Instituto de Pesquisas Óticas dessa Universidade.[2]

Interrompeu seus trabalhos científicos na Sorbonne, em 1936, em virtude de convites que lhe foram feitos pelo Governo do Irã, no sentido de instalar e organizar um laboratório de pesquisas físico-químicas na Universidade de Teerã, e pela Academia de Ciência da URSS, para dar um curso de Espectro-Fotometria, no instituto Ótico de Leningrado.

De volta à Paris, continuou os seus trabalhos científicos, contratado pelo Centre National de la Recherche Scientifique Apliqué, uma organização administrada em comum pelo Ministérios da Educação Nacional e pelo Ministério da Guerra, com o fim de coordenar as pesquisas científicas, cuja aplicação prática era o interesse nacional.

Em 1939, foi encarregado, pela referida entidade, do estudo de um método para tratamento preventivo, por ionopherresis, de queimaduras oriundas de gás “ypérite” pela degradação eletrolítica do gás penetrado na pele.

Em 1940, quando da invasão da França, conseguiu sair desse país e vir para o Brasil, graças a uma intervenção do Prof. Aloysio de Castro.

Em 1944, ingressou no Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, onde participou dos trabalhos efetuados para o Ministério da Marinha.

Desenvolveu a construção de válvulas de vapor de mercúrio utilizadas nos eco-batimetros, um papel de registro de impulsos elétricos para a o mesmo instrumento, etc..

Construiu um novo tipo de cathodos de emissão termoiônicos, utilizados em lâmpadas fluorescentes.

(Biografia elaborada pelo titular)[3]

Referências

  1. «Hans Stammreich» (em inglês) 
  2. a b c d «AG20190418_NEHS.pdf». quimicanova.sbq.org.br. doi:10.21577/0100-4042.20170433. Consultado em 2 de maio de 2024 
  3. «Hans Stammreich | História "Sérgio Buarque de Holanda"». caph.fflch.usp.br. Consultado em 3 de abril de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Bernhard Schrader e Andreas Otto, Hans Stammreich, Bunsen-Magazin, 2. Jahrgang, 5/2000, S. 120–122:
  • Hans Stammreich: in André Trombetta, since 2011: „Neglected Science – Scientific Research in developing countries“ [1]
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