Julie Arenholt

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Julie Arenholt
Julie Arenholt
Conhecido(a) por primeira mulher na Dinamarca a se formar em engenharia
Nascimento 10 de dezembro de 1873
Frederiksberg, Dinamarca
Morte 21 de julho de 1952 (78 anos)
Copenhague, Dinamarca
Residência Dinamarca
Nacionalidade dinamarquesa
Cônjuge Jørgen Arenhold
Alma mater Universidade Técnica da Dinamarca
Campo(s) Engenharia civil

Julie Johanne Arenholt (Frederiksberg, 10 de dezembro de 1873Copenhague, 21 de julho de 1952), foi uma engenheira civil, política e feminista dinamarquesa. Em 1910, ela se tornou a primeira mulher na Dinamarca formada em engenharia, inspecionando a instalação de padarias e fornos em Copenhague até sua aposentadoria em 1939.

Foi ativa no movimento feminista dinamarquês, tendo sido presidente da Danish Women's Society, de 1918 a 1921.[1] Foi figura de renome internacional, palestrando e atuando em diversos comitês da Aliança Internacional da Mulher (1923–1929).[2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Julie nasceu em Frederiksberg, um distrito de Copenhague, em 1873.[3] Era filha de Harald Christian Rosengreen (1836–1907), funcionário público e de Rasmine Rasmussen (1840–1914). Depois de concluir o magistério, ela começou a lecionar em escolas, antes de ingressar na Universidade Técnica da Dinamarca, em 1896, formando-se em engenharia e se tornando a primeira dinamarquesa engenheira, em 1901. Em 1903, casou-se com o médio Jørgen Arenhold (1876–1953).[2][3]

Trabalhou por um tempo no instituto onde se formou e depois foi para o laboratório Detlefsen and Meyer. Em 1910, ela conseguiu o cargo recém-criado de inspetora do departamento de trabalho, onde era responsável por inspecionar a instalação de padarias e confeitarias da capital dinamarquesa.[2]

Na esfera política, seu interesse por economia e sociedade começou em 1907, quando ela foi uma das fundadoras da associação sufragista da Dinamarca (Landsforbundet for Kvinders Valgret), editando o jornal Kvindevalgret (Direito ao Voto às Mulheres) de 1908 a 1912.[1][2] Quando as mulheres ganharam o direito ao voto nas eleições municipais, em 1909, ela foi eleita para a câmara dos vereadores da capital, pelo Partido Liberal Social da Dinamarca. Provou-se uma talentosa oradora, ganhando mais votos do que qualquer outro candidato para o partido, em Gentofte, em 1918 e foi a primeira mulher a discursar no Folketing.[2]

Em 1915, ela se filiou à Danish Women's Society, tendo sido sua presidente por três anos, ganhando reputação tanto em seu país quanto fora por sua liderança e oratória. Teve papel ativo nos congressos da Aliança Internacional da Mulher, trabalhando no comitê central de 1923 a 1929, lutando pela emancipação da mulher, não apenas na política, mas também nos negócios, lutando para que mulheres pudessem ser donas de estabelecimentos e gerenciadoras de suas próprias rendas.[2][3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Julie Arenholt morreu em Copenhague, 21 de julho de 1952, aos 78 anos e foi sepultada no Cemitério de Bispebjerg. [3]

Referências

  1. a b Boris, Eileen; Hoehtker, Dorothea; Zimmerman, Susan (2018). Women's ILO: Transnational Networks, Global Labour Standards, and Gender Equity, 1919 to Present. Londnres: Brill. p. 414. ISBN 978-9004360396 
  2. a b c d e f Ravn, Anna-Birte. «Julie Arenholt (1873 - 1952)». kvonfo. Consultado em 11 de outubro de 2018 
  3. a b c d e Gyruthe Lemche, ed. (1984). «Julie Arenholt». Gyldendal: Dansk Biografisk Leksikon. Consultado em 11 de outubro de 2018