Leão Argiro

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Leão Argiro
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação General e governador
Religião Catolicismo

Leão Argiro (em grego: Λέων Ἀργυρός) foi um general bizantino ativo na primeira metade do século X, durante o reinado dos imperadores Leão VI, o Sábio (r. 886–912), Alexandre (r. 912–913), Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959) e Romano I Lecapeno (r. 920–944).

Vida[editar | editar código-fonte]

Fólis de Leão VI, o Sábio (r. 886–912)
Soldo de Romano I Lecapeno (r. 920–944) e Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959)

Foi o filho do magistro Eustácio Argiro, drungário da guarda sob o imperador Leão VI, o Sábio (r. 886–912). Em ca. 910, Leão e seu irmão Potos Argiro serviram sob Leão VI como manglabitas (guarda-costas pessoais),[1] quando o pai deles foi envenenado após cair pela suspeita de Leão. Os irmãos levaram o corpo do pai para o mosteiro de Santa Isabel no Tema de Carsiano.[2][3]

Potos e Leão seguiram carreira militar. De acordo com Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959), já em 911, Leão, apesar de jovem, tornou-se um governador militar (estratego) do Tema de Sebasteia com o posto de protoespatário. Ele então participou na desastrosa campanha contra a Bulgária que terminou na batalha de Anquíalo em 20 de agosto de 917. Sob Romano I Lecapeno (r. 920–944), Leão alcançou ofícios mais altos: casou-se com uma das filhas do imperador, Ágata, e atingiu os postos de patrício e finalmente magistro. Em 922, participou junto com seu irmão Potos, que era então doméstico das escolas, em outra pesada derrota contra os búlgaros na batalha de Pegas. Em algum ponto, ou ca. 922 ou após a queda de Romano Lecapeno em 944, também serviu como doméstico das escolas.[1][2]

Leão Argiro teve dois filhos, Mariano Argiro e Romano Argiro. Ambos era firmes apoiantes de Romano Lecapeno e desfrutaram de altos títulos cortesões; Romano Argiro casou-se com a filha do imperador, Ágata.[4] Através de Romano, Leão Argiro foi provavelmente o avô ou bisavô do imperador Romano III Argiro (r. 1028–1034).[5]

Referências

  1. a b Guilland 1967, p. 441-442; 178-179.
  2. a b Tougher 1997, p. 211.
  3. Guilland 1967, p. 570.
  4. Cheynet 2003, p. 62–64.
  5. Guilland 1967, p. 179.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Cheynet, J.-C.; Vannier, J.-F. (2003). Les Argyroi (em francês). 40. [S.l.]: Zbornik Radova Vizantološkog Instituta. p. 57–90. ISSN 0584-9888 
  • Guilland, Rodolphe (1967). Recherches sur les Institutions Byzantines, Tomes I–II. Berlim: Akademie-Verlag 
  • Tougher, Shaun (1997). The Reign of Leo VI (886-912): Politics and People. Leiden, Países Baixos: Brill. ISBN 978-9-00-410811-0