Leandro Gomes de Barros

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Leandro Gomes de Barros
Fotografia de Leandro Gomes de Barros (início do século XX)
Nascimento Leandro Gomes de Barros
19 de novembro de 1865
Pombal Paraíba
Morte 4 de março de 1918 (52 anos)
Recife
Nacionalidade  Brasileira
Cônjuge Venustiniana Eulália de Barros
Ocupação Poeta cordelista
Movimento literário Movimento Armorial

Leandro Gomes de Barros (Pombal, 19 de novembro de 1865Recife, 4 de março de 1918) foi um poeta de literatura de cordel brasileiro[1].

Biografia

É considerado como o primeiro escritor brasileiro de literatura de cordel, tendo escrito aproximadamente 240 obras. No seu tempo, era cognominado "O Primeiro sem Segundo", e ainda é considerado o maior poeta popular do Brasil de todos os tempos, autor de vários clássicos e campeão absoluto de vendas, com muitos folhetos que ultrapassam a casa dos milhões de exemplares vendidos.

Capa do famoso cordel: Batalha de Oliveiros com Ferrabraz, edição de 1913.

Compôs obras-primas que eram utilizadas em obras de outros grandes autores, como por exemplo Ariano Suassuna, que utilizou a história do cavalo que defecava dinheiro no seu Auto da Compadecida.

Depois de fundar uma pequena gráfica, em 1906, seus folhetos se espalharam pelo Nordeste, sendo considerado por Câmara Cascudo o mais lido dos escritores populares.

Segundo Carlos Drummond de Andrade, Leandro Gomes de Barros foi "o rei da poesia do sertão e do Brasil".

Segundo Permínio Ásfora, teria sido preso em 1918 porque o chefe de polícia considerou afronta às autoridades alguns dos versos da obra O Punhal e a Palmatória, trama que tratava de um senhor de engenho assassinado por um homem em quem teria dado uma surra e deixado-o sangrando os olhos.

Sebastião Nunes Batista, no entanto, em Antologia da Literatura de Cordel (Fundação José Augusto, Natal, 1977)[2] dá como causa da morte do cordelista a gripe espanhola (influenza).

É o patrono da cadeira numero um da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

A estrofe considerada desrespeitosa de O Punhal e a Palmatória é:

Leandro morreu dia 4 de março de 1918, vitimado pela gripe espanhola, em Recife aos 52 anos.

Obras

  • O cavalo que defecava dinheiro
  • História de Juvenal e o Dragão
  • História do Boi Misterioso
  • Batalha de Oliveiros com Ferrabrás
  • Branca de Neve e o Soldado Guerreiro
  • A Confissão de Antônio Silvino
  • A Vida de Pedro Cem
  • Os Sofrimentos de Alzira
  • Como Antônio Silvino Fez o Diabo Chocar
  • História de João da Cruz
  • Vida e Testamento de Cancão de Fogo
  • A Mulher Roubada
  • Suspiros de um Sertanejo
  • O soldado Jogador
  • Donzela Teodora

Ver também

Referências

  1. Biografia na Fundação Casa de Rui barbosa
  2. BATISTA. Sebastião Nunes, Antologia da Literatura de Cordel. Natal; Fundação José Augustol, 1977
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