Movimento Revolucionário Marxista

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O Movimento Revolucionário Marxista foi um grupo guerrilheiro brasileiro resultante de uma dissidência da Ala Vermelha do PCdoB. [1][2][3][4]

História[editar | editar código-fonte]

Surgido nos primeiros seis meses de 1970, como consequência das baixas que a Ala Vermelha havia sofrido em 1969, essa organização não chegaria a durar um ano, seus militantes vieram da Regional de Minas Gerais da Ala, e seu contingente era um dos mais reduzidos de todos os outros grupos. Aqueles jovens haviam fugido da repressão mineira e encontraram-se depois em São Paulo seus primeiros contatos foram com o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), tomaram abrigo ali, embora fossem claras as divergências políticas. Ainda participaram de algumas operações do MRT com a REDE, logo após, conseguiram definir sua própria linha programática e assumiram a sigla MRM, como proposta básica havia a de defender a necessidade da superação dos desvios militaristas que aconteceram em 1968 e 1969.

Defenderam a ideia de que todos os seus militantes (na sua maioria absoluta universitários) deveriam fazer cursos profissionalizantes e empregar-se como operários-industriais. O uso das armas aconteceria no máximo como autodefesa operária e na cobertura de ações de propaganda. Já no fim de 1970 esse pequeno grupo realizaria uma reunião em São Vicente, no litoral paulista, e aprovaria um resolução expressando as novas posições da organização, que passaria a se chamar Organização Partidária-Classe Operária, OP-COR.[5] Um ano depois todo o seu grupo foi preso pelo DOI-CODI paulista, na mesma levada que desmantelaria o MRT e a Ala Vermelha. O seu órgão interno de discussões era chamado de "Jornal de Debates", só foram publicados três números.

Referências

  1. Marcelo Ridenti (1993). O fantasma da revolução brasileira 2 ed. [S.l.]: Unesp. 284 páginas. ISBN 8571390509  Página 29
  2. Claudinei Cássio de Rezende (2010). Suicídio revolucionário (PDF). A luta armada e a herança da quimérica revolução em etapas 1 ed. [S.l.]: Unesp. 258 páginas. ISBN 8579830826  Página 46
  3. Sílvio César Oliveira Benevides (2006). Na contramão do poder. Juventude e movimento estudantil 1 ed. [S.l.]: Unb. 128 páginas. ISBN 9788574196046  Página 60
  4. «Memória dos anos negros - Depoimento exclusivo a Sibila de Thaelman C. M. de Almeida, filho do militante histórico Edgard de Almeida Martins». Consultado em 30 de maio de 2015 
  5. História dos movimentos e lutas sociais: a construção da cidadania dos ... Por Maria da Glória Marcondes Gohn