Oratorio del Gonfalone (Roma)

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Oratório de Gonfalone
Oratorio del Gonfalone
Oratorio del Gonfalone (Roma)
Fachada
Estilo dominante Barroco
Arquiteto Domenico Castelli
Fim da construção século XVI
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Website Site oficial
Área século XVII
Geografia
País Itália
Região Roma
Coordenadas 41° 53' 51" N 12° 27' 59" E
Notas: Desconsagrado entre 1933 e 1960

Oratorio del Gonfalone ou Oratório de Gonfalone, cujo nome oficial é Santa Maria Annunziata dei Gonfalone, era uma igreja de Roma, Itália, localizada no rione Ponte, na via del Gonfalone, perto da Via Giulia, desconsagrada entre 1933 e 1960. Era dedicada a Nossa Senhora da Anunciação.

Em 1960, foi desconsagrada e passou a abrigar a sede do Coro Polifônico Romano.

História[editar | editar código-fonte]

Esta igreja foi construída na segunda metade do século XVI sobre as ruínas de uma antiga igreja dedicada a Santa Lúcia para servir como oratório da "Arquiconfraria do Gonfalone", cuja sede ficava no palácio vizinho e dedicava-se à veneração de Nossa Senhora da Anunciação e dos apóstolos Pedro e Paulo. O termo "gonfalone" significa "bandeira" ou "estandarte" e é uma referência ao fato de que, no século XIV, durante suas procissões, a Confraria costumava alçar a bandeira do papa (que estava, na época, no chamado "cativeiro de Avinhão") para ostentar sua soberania sobre a cidade de Roma. O oratório foi reconstruído no século XVII por Domenico Castelli, que também construiu a nova fachada.

Depois da unificação da Itália, em 1870, as procissões religiosas foram suspensas, o que eliminou um dos grandes motivos para a existência da confraria. Em 1893, ela recebeu a ordem de se registrar como uma instituição de caridade secular ou teria seus ativos confiscados, o que dificultou ainda mais a existência do oratório.

Finalmente, a confraria acabou nos primeiros anos do século XX e a igreja de Santa Lucia del Gonfalone foi entregue para os claretianos, que fundaram um convento no local, assim como as chaves para o oratório.

Em 1933, os claretianos emprestaram o oratório a Ariodante Brandi, um padre interessado em atividades sociais e missionárias na cidade em nome dos coletores de lixo romanos (netturbini). Porém, o oratório rapidamente tornou-se um depósito, o que provavelmente levou à sua desconsagração (em data incerta).

Depois de entrar num estado de ruína, o oratório foi salvo ao se tornar uma sala de concertos musicais, uma iniciativa de Gastone Tosato, um diretor de corais de Vicenza que chegou em Roma em 1936 e passou a organizar os coros de diversas igrejas da cidade. Ele fundou o Coro Polifônico Romano em 1950 e identificou o arruinado oratório como uma boa base de trabalho.

A cidade restaurou o edifício e ele foi finalmente reaberto como sala de concertos em outubro de 1960, mas os afrescos ainda precisavam de cuidados depois de tantos anos de descuido. A restauração final se realizou em 1999 e o projeto foi completado em 2002. Atualmente a sala apresenta excelentes condições de conservação.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O oratório é particularmente importante por suas pinturas sobre a "Paixão de Cristo", uma série de doze afrescos e entre as mais importantes do maneirismo romano. São de Livio Agresti os afrescos sobre o "Império de Cristo em Jerusalém", "Última Ceia" e "Caminho do Calvário"; de Cesare Nebbia, "Agonia no Horto", "Coroação com Espinhos" e "Ecce Homo"; de Raffaellino da Reggio, "Prisão de Jesus"; de Federico Zuccari, "Flagelação"; de Daniele da Volterra, "Crucificação" e "Deposição da Cruz"; de Marco da Siena, "Ressurreição"; e, finalmente, de Matteo da Lecce, "David". No teto de madeira está uma obra entalhada de Ambrogio Bonazzini sobre a "Virgem e os Santos Pedro e Paulo".

Abaixo do do oratório é possível encontrar os restos da antiga Capela de Santa Lúcia, que a Arquiconfraria utilizava como local de sepultamento de seus membros.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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