Papello

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O termo italiano papello[1] (em siciliano papeddu) indica "uma longa e detalhada nota, uma carta ou uma queixa", contendo indicações.[2]

Na imprensa italiana desde a década de 2000, o termo é designado para o Pacto Máfia-Estado que ocorreu durante a década de 1990. Uma cópia do papello foi expedido para os magistrados por Massimo Ciancimino, através de seu advogado, Francesca Russo, em 15 de outubro de 2009.

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A vontade de Cosa Nostra, então comandada por Salvatore Riina, passou para Vito Ciancimino com doze pedidos para o estado italiano contidos de fato no papello:

  1. Revisão da sentença do Maxiprocesso di palermo;
  2. Revogação do Artigo 41-bis do regime de prisão;
  3. Revisão de Lei Rognoni-La Torre ("associazione di tipo mafioso", ou seja, crime de associação à máfia);
  4. A reforma da lei sobre pentiti;
  5. O reconhecimento de benefícios dissociados para os condenados da máfia;
  6. Prisão domiciliar para pessoas com idade superior a 70 anos;
  7. Fechamento das "super-prisões";
  8. Servir tempo na prisão perto das casas de parentes;
  9. Nenhuma censura nas correspondências com parentes;
  10. Medida de prevenção e relação com os parentes;
  11. Prisão somente em crime flagrante;
  12. Isenção de impostos para a gasolina na Sicília.[3][4]

Referências

  1. De papýrus e latim e πάπυρος (pàpyros) em grego antigo, dos quais derivam as palavras modernas derivadas paper, papier (francês) e papel (espanhol e português).
  2. (in Italian)(em italiano) Papellu, quoted by Vincenzo Consolo in La parola. Corriere della sera. Archivio storico. 20 luglio 2009.
  3. (in Italian)(em italiano) «Stato-mafia, ecco il papello» [ligação inativa] 
  4. (em italiano)(em italiano) «Ecco il papello»