Placenta

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 Nota: Se procura o termo botânico, veja Placenta (botânica).
Representação do feto no útero entre os quinto e seis meses; placenta.
Face fetal de placenta humana. Esta placenta apresenta uma alteração morfológica e se denomina "placenta marginada".
Placenta humana após o nascimento com o cordão umbilical no sitio.

A placenta é um anexo embrionário existente apenas na infraclasse Eutheria, onde estão os mamíferos placentários ou nos marsupiais, através da qual ocorrem as trocas entre a mãe e seu filho. É formada pelos tecidos do óvulo, embriologicamente derivada do córion. Através da placenta o concepto "respira" (ocorrem as trocas de oxigênio e gás carbônico), "alimenta-se" (recebendo diretamente os nutrientes por difusão do sangue materno) e excreta produtos de seu metabolismo (excretas nitrogenadas). A placenta é também órgão endócrino importante na gravidez, envolvida na produção de diversos hormônios: progesterona, gonadotrofina coriônica (hCG), hormônio lactogênio placentário, estrogênio (principalmente o estriol) etc.

Placenta humana

A placenta humana implanta-se na camada intermediária da decídua (nome dado ao endométrio durante a gravidez), denominada de camada esponjosa. Depois do parto, quando o útero reduz de tamanho significativamente, forma-se área de clivagem (descolamento) que, gradativamente, descola a placenta. A placenta humana impede moléculas de alto peso molecular de entrarem em contato com o feto. O sangue da mãe nunca se mistura com o do feto, uma vez que os vasos sanguíneos de ambos não são contínuos, ou seja, a continuidade é assegurada pelo sistema artério-venoso da placenta, por si só um filtro importante.

Hormônios placentários

Os hormônios produzidos pela placenta são: a gonadotropina coriônica, lactogênio placentário (somatomamotropina coriônica), bem como os esteróides, estrogênios, progesterona e hormônios neuropeptídicos semelhantes aos encontrados no hipotálamo (hormônios hipotalâmicos).

Patologias placentárias

Acretismo placentário

Ver artigo principal: Acretismo placentário

Acretismo placentário é a denominação que se dá à placenta que se adere anormalmente à decídua ou à parede uterina.

Placenta acreta: Denominação da placenta que penetra mais profundamente na decídua, atingindo o miométrio (músculo uterino) apenas superficialmente. A placenta "acreta" é aquela que atinge a camada basal da decídua. Quando alguma área da placenta está acreta, ela não descolará naturalmente, pois estará aderida anormalmente à decídua.

Placenta increta: Quando a placenta penetra mais profundamente no útero e atinge a camada muscular (miométrio) mais profundamente, é chamada de "increta".

Placenta percreta: Quando a placenta ultrapassa o miométrio e atinge a serosa (peritônio visceral).

Poderá haver persistência de restos ovulares depois do parto em casos de acretismo placentário. Nestes casos, estará indicada a curagem uterina, a curetagem ou mesmo a retirada do útero (histerectomia).

Placenta prévia

Ver artigo principal: Placenta prévia

Patologia obstétrica que ocorre quando há, na segunda metade da gestação, inserção total ou parcial da placenta na área do segmento inferior, isto é, entre o orifício interno do colo e o anel de Schröder, também chamado de Bandel, ou zona perigosa de Banes ou não estar à frente da apresentação fetal.

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