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Monitor Bahia no Rio de Janeiro

Bahia foi um monitor encouraçado operado pela Armada Imperial Brasileira. O monitor foi construído nos estaleiros ingleses de Lair Birkenhead, na cidade de Liverpool. A embarcação foi originalmente encomendada pelo governo paraguaio, contudo, as dificuldades criadas pela Guerra do Paraguai impediram o país de efetuar o pagamento por ela, com o governo imperial brasileiro decidindo por adquiri-la em 1865. Quando o monitor foi lançado, os paraguaios batizaram-no de Minerva e quando passou para o Brasil, recebeu o nome de Bahia, em homenagem à província homônima.

O primeiro combate do encouraçado na Guerra do Paraguai se deu contra a Fortaleza de Itapiru, no Rio Paraná, onde forneceu suporte para transporte e desembarque de tropas. Posteriormente, enfrentou as fortificações Curuzu e Curupaití, no Rio Paraguai, dando combate às fortalezas em conjunto com diversos outros navios encouraçados e de madeira. No dia 15 de agosto de 1867, efetuou a transposição dela em duas horas de passagem. Ficou preso entre esta fortificação e a fortaleza de Humaitá por cerca de seis meses. Apenas em fevereiro de 1868 a transposição desta também foi efetuada, quando o monitor forçou a passagem sob fogo de 109 peças de artilharia.

Ainda no mês de fevereiro, bombardeou a capital paraguaia Assunção. Em março, o Bahia meteu a pique o vapor Tacuari e contribuiu para o afundamento do Igurei próximo às fortificações do Estabelecimiento, também no Rio Paraguai. Após essas comissões, foi enviado para o Rio Tebicuari para fazer um reconhecimento da região e atacar as baterias defensivas. As últimas operações na guerra foram a transposição e bombardeio da Fortaleza de Angostura, apoio às tropas do exército que estavam nessa região, no final de 1868, e o bloqueio naval realizado à foz do rio Manduvirá no início de 1869.

Após a guerra, o Bahia foi enviado à Flotilha do Mato Grosso. Fez diversas viagens entre Mato Grosso e Santa Catarina. Em 1892, ocorreu uma revolta na Província de Mato Grosso de caráter separatista e o Bahia se encontrava fundeado em Santa Catarina, naquela ocasião, quando foi designado para compor uma divisão destinada a dar suporte às forças federativas e nas missões de retomada de territórios perdidos para os rebeldes. No entanto, devido o naufrágio de um dos navios, o Bahia não chegou a tempo. O monitor foi enviado para o descarte em 1895.


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