Prólogo

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Prólogo de Romeu e Julieta de William Shakespeare

Prólogo (do grego πρόλογος - prólogos, pelo latim prologos, o que se diz antes) é um termo originalmente usado na tragédia grega para a parte anterior à entrada do coro e da orquestra, na qual se enuncia o tema da peça[1]. Tornou-se também sinônimo de prefácio, preâmbulo, proémio, prelúdio e prormônio.

Tornou-se prática comum nas peças dos séculos XVII e XVIII, geralmente em verso. Neste preliminar da representação, um ator ou narrador declamava uma mensagem do dramaturgo ao público, frequentemente tecendo comentários satíricos, solicitando a indulgência dos espectadores em relação aos eventuais defeitos do espectáculo, ou especulando sobre os temas da própria peça. Havia uma familiaridade implícita nesta interpelação, revelando uma identificação social e ideológica com o público, quase exclusivamente aristocrata, especialmente notória no período da Restauração de Carlos II de Inglaterra[2].

Devido a esta função de apresentação, também na narrativa literária o prólogo passou a denominar um texto que precede ou apresenta uma obra, como por exemplo em Os Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer. Por extensão, a palavra prólogo também passou a designar, por vezes em sentido figurado, um início ou uma apresentação de qualquer tipo[3] (de acção política, competição desportiva, etc.).

Ver também[editar | editar código-fonte]

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O Wikcionário tem o verbete prólogo.

Referências

  1. Verbete "prólogo" no Dicionário de termos literários, p.371, por Massaud Moisés, 11.ª edição, Editora Cultrix, 2002, 520 páginas (ISBN 8531601304, ISBN 9788531601309) No Google Books
  2. Verbete "prólogo" no e-Dicionário de Termos Literários
  3. Definição de "prólogo" no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa