Praça de Touros de Leiria

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Praça de Touros de Leiria
Nome completo Praça de Touros de Leiria
Inauguração 1891
Lotação 4000 lugares
Propriedade Hospital D. Manuel de Aguiar
Encerramento Década de 1960
Localidade Portugal Lisboa
Província Estremadura

A Praça de Touros de Leiria foi inaugurada em 1891 e demolida em meados da década de 1960.

Historiografia[editar | editar código-fonte]

Há referências a alanceamentos de touros no concelho de Leiria ao tempo do reinado de D. Duarte, que decorreu entre os anos de 1433 a 1438; é conhecido que el-rei D. Duarte, nascido em Viseu e falecido em Tomar, se interessou pelos assuntos relacionados com cavalos e toiros, sendo até de sua autoria o livro Arte de Bem Cavalgar em Toda a Sela.

Quanto à antiga Praça de Toiros em Leiria, que se inaugurou em 19 de maio de 1891, e comportava lugar para cerca de 4.000 espectadores, a mesma foi erigida por subscrição pública e inicialmente explorada por um grupo de cidadãos[1].

Desde a sua fundação, em 1891, até à sua demolição, em meados da década de 1960, passaram pela praça de Leiria alguns dos melhores cavaleiros tauromáquicos do século XXJosé Casimiro, Simão da Veiga Júnior, João Branco Núncio, Fernando Salgueiro, Francisco Mascarenhas, José Athayde e seu irmão Luís Athayde ou David Ribeiro Telles; mas também toureiros a pé, como o célebre Manuel dos Santos e seu primo António dos Santos, Diamantino Viseu, Chico Mendes, ou o mítico toureiro sevilhano Curro Romero, na altura ainda novilheiro[2].

Em finais do século XIX a praça de touros de Leiria recebeu de visita o rei D. Carlos, que era muito aficionado e honrou os leirienses com a sua presença, logo no dia seguinte ao seu casamento com a rainha D. Amélia de Orleans e Bragança[1], ocasião em que se realizou na praça uma corrida de gala à antiga portuguesa.

Em 1919, na sequência da degradação da praça, foi constituída uma comissão que resolveu recolher fundos para a sua reparação e solicitou aos detentores das acções para que estas fossem cedidas de forma a que as instalações fossem oferecidas ao Hospital D. Manuel de Aguiar, o que veio a suceder.

Paralelamente, instalaram-se praças de madeira noutros locais da cidade, uma delas no atual Largo do Papa Paulo VI, outrora conhecido como Praça das Sardinhas.

A praça foi-se degradando sem que a Santa Casa da Misericórdia de Leiria, entidade proprietária daquele hospital, decidisse a sua remodelação.

O arquiteto Camilo Korrodi chegou a oferecer um projeto para uma nova praça de touros, mas a praça viria a ser demolida nos anos 60, por falta de iniciativa do poder local para que se efectuassem as devidas reparações de manutenção[3].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Gonçalves, Alda Sales Machado, 1926-, «Os pacatos leirienses em meio século de desporto amador»
  2. Antiga Portuguesa
  3. Antiga portuguesa