Praça General Gomes Carneiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Praça do Rink)
Praça General Gomes Carneiro
Praça do Rink
Praça General Gomes Carneiro
Chafariz da Memória na praça.
Localização Niterói, Brasil
Inauguração 1913

Praça General Gomes Carneiro, conhecida popularmente como Praça do Rink, é um logradouro no Centro da cidade de Niterói.[1] Seu nome popular provém de um rinque de patinação que havia ali no início do século XX. A praça possui jardins, um chafariz (inaugurado pelo imperador Dom Pedro II em 1845) e estátuas em estilo neoclássico de leões e de ninfas.[2] É margeada pelas ruas XV de Novembro, Aurelino Leal, Almirante Tefê e a Dr. Bormann. Cercada por intenso comércio, agências bancárias e restaurantes, a praça fica próxima do o histórico prédio da agência central dos Correios e do Palácio Arariboia.

História[editar | editar código-fonte]

Em 1819, atendendo aos apelos da população, o rei Dom João VI, que costumava passar temporadas de férias no bairro de São Domingos, elevou a região da Banda D´Álem à condição de vila.[3] No ano seguinte, foi feito um plano de arruamento da cidade, transferindo a sede da vila e a Câmara para um bairro vizinho a sede de então, o bairro de São Domingos, Arraial da Praia Grande, o atual Centro, ordenando o centro da cidade em ruas segundo uma disposição quadriculada que se mantém até hoje - sendo o primeiro planejamento urbano de uma cidade brasileira. O projeto era da autoria do francês Arnaud Julien Pallière e do major engenheiro brasileiro Antônio Rodrigues Gabriel de Castro.

No plano dispunha a Centro da Vila com duas grandes praças ou largos, paralelos e equidistantes. Em um ficaria o rossio, conhecido como Largo São João (atual Jardim São João) e o outro o Largo do Pelourinho, a atual Praça do Rink. No rossio se construiria a igreja matriz (a Catedral de São João Batista, inaugurada em 1854, na presença do imperador Dom Pedro II) e a Casa da Câmara e Cadeia, construída em 1824 e demolida e substituída em 1914 pelo Paço Municipal de Niterói), no Largo de São João, obedecendo ao planejamento urbanístico de Pallière.[3]

Em 1845, o imperador Dom Pedro II inaugurou na atual Praça do Rink o Chafariz da Memória, cujo nome prestava homenagem a memória da Rei Dom João VI, frequentador da cidade e que a elevara a condição de vila, passando a Praça também a ser conhecida como Largo da Memória.[2]

A Revolta da Armada (em 1893) destruiu vários prédios na zona urbana e bairros litorâneos, e paralisou as atividades produtivas da cidade causa a transferência da capital para Petrópolis. O retorno de Niterói a condição de Capital do Estado do Rio de Janeiro em 1903 marcou um período de intervenções urbanas, promovendo a cidade de qualificada infra-estrutura, procurando organizar uma vida urbana condizente com sua condição. Neste cenário, várias edificações foram construídas simbolizando o status re-adquirido pela capital, como Palácio Arariboia, erguido próximo do Largo do Pelourinho, à beira da Rua da Conceição (uma das mais importantes do Centro à época, em terreno conhecido como Largo do Capim (atualmente Praça Floriano Peixoto), levando ao re-arruamento de várias quadras entre o Largo da Memória e o Palácio.

Prefeitura Velha de Niterói

O edifício seria para ser a sede da prefeitura e da câmara dos vereadores do município, à medida que o edifício da câmara e cadeia abrigava também a assembleia legislativa do estado (ele próprio demolido para dar lugar ao Paço Municipal de Niterói e Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ganhará sede própria na Praça da República, onde hoje abriga a Câmara Municipal de Niterói. Porém, por divergências entre os vereadores e o prefeito, somente a Prefeitura se transferiu em 1910, ficando lá até início da década de 1980, ficando o edifício conhecido atualmente como Prefeitura Velha.

Em 1913, o Largo da Memória passa por nova urbanização, passando o formato atual de praça e ganhando o rink de patinação, prática popular à época, pelo qual passará a ser conhecido popularmente a praça (atualmente não conta mais com esse equipamento a várias décadas, em decorrência de uma reforma posterior).

Entre a década de 1960 até o começo da década de 1980 os terminais de ônibus do Centro de Niterói eram espalhados pela cidade, na Praça do Rink ficava o destinado a linhas para os bairros de Itaipu, Piratininga, Rio do Ouro e Várzea das Moças. Na década de 1990 a praça ganhará gradeamento lateral.

Feira[editar | editar código-fonte]

A Praça abriga, todas as quintas e sextas-feiras, uma feira de artesanato com mais de 15 barracas, que funcionam das 9h às 15h. Nelas podem ser encontrados os mais variados objetos, desde estojos personalizados até tapetes e bijuterias dos mais variados estilos.

Referências

  1. Patrimônio histórico é alvo da ação de vândalos O Globo. (Agosto, 2012).
  2. a b HISTÓRIA DE NITERÓI Cultura Niterói.
  3. a b "Niterói Patrimônio Cultural". Niterói: Secretaria Municipal de Cultura de Niterói/Niterói Livros, 2000