Redutível à homogênea

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Algumas equações diferenciais ordinárias de primeira ordem não se enquadram em nenhum dos métodos clássicos de solução. No entanto, as vezes é possível reescrever essas equações de modo a viabilizar o uso de um método clássico de solução. Este é o caso das equações redutíveis à homogênea. Essa classe de equações tem o lado direito dado por uma função que depende de uma expressão do tipo . Independente das constantes existem substituições que permitem reescrever a equação como uma equação homogênea de primeira ordem. Por esse motivo, essa classe é chamada de redutíveis à homogênea

Definição[editar | editar código-fonte]

Considere a equação diferencial ordinária de primeira ordem

Se é da forma , em que , dizemos que a equação é redutível à homogênea[1].

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Resolvendo uma equação redutível a homogênea[editar | editar código-fonte]

Há dois casos a considerar:

  • Se

Observe que neste caso o sistema linear tem única solução

Neste caso definimos e . Logo, e .

Com base nisso,

e

pois é solução do sistema linear.

Dessa forma, a equação diferencial fica

que é uma equação homogênea[2] [1] em relação as variáveis e .

A solução da equação é obtida usando o método para equações homogêneas de primeira ordem.

  • Se

Segue que . Portanto, e .

Com isso, a equação diferencial inicial fica

Façamos agora a mudança de variável . Daí, ou De onde segue que

Substituíndo na equação inicial

ou

Que é uma equação de variável separavel. Logo, obtemos a solução usando o método de separação de variáveis


Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Dantas, Edmundo Menezes Dantas (1970). Elementos de Equações Diferenciais 1 ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S.A. p. 20 
  2. Sotomayor, Jorge Sotomayor (1979). Lições de equações diferenciais ordinárias 1 ed. Rio de Janeiro: IMPA. p. 22