Referendo de anexação da República Dominicana em 1870

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República Dominicana
República Dominicana

O referendo sobre anexação da República Dominicana pelos Estados Unidos foi realizado na República Dominicana em 19 de fevereiro de 1870.[1] A proposta foi aprovada por 99,93% dos eleitores, embora a participação tenha sido de apenas 30%.[1] No entanto, o Senado dos Estados Unidos rejeitou a anexação em 30 de junho de 1870 com 28 a 28 votos.[2]

Plano inicial[editar | editar código-fonte]

A República Dominicana originalmente se tornou independente do Haiti em 1844, após a Guerra de Independência.[1] No entanto, em 1861, o país foi ocupado pela Espanha após uma crise inflacionária.[1] Em 1865, o país tornou-se independente novamente após a Guerra da Restauração.[1]

Em 1870, o país tinha dívidas significativas causadas pela Guerra dos Seis Anos.[1] O presidente Buenaventura Báez planejava vender a Península de Samaná aos Estados Unidos por US$ 1,1 milhão, enquanto o presidente dos EUA, Ulysses S. Grant, queria anexar o país inteiro.[1] Um tratado foi assinado entre os dois países em 29 de novembro de 1869.[1] Os EUA comprariam a República Dominicana por US$ 1,5 milhão e arrendariam a Península de Samaná por US$ 147.229,91 por 99 anos.[3]

Em 16 de fevereiro, Báez ordenou a realização de um referendo na forma de um registro. Onze votos contra foram ordenados para que os resultados parecessem plausíveis.[4]

Resultados[editar | editar código-fonte]

Escolha Votos %
Favorável 16,000 99.93
Contra 11 0.07
Votos inválidos / em branco 0
Total 16,011 100
Eleitores registrados / comparecimento 30.00
Fonte: Direct Democracy

Referências

  1. a b c d e f g h Dominican Republic: Integration with the USA Direct Democracy (em alemão)
  2. The Senate's Role in Treaties United States Senate
  3. Hidalgo, Dennis (1997). «Charles Sumner and the Annexation of the Dominican Republic». ITINERARIO-LEIDEN. 21. pp. 51–65 
  4. Polyné, Millery (2006). «Expansion Now!: Haiti," Santo Domingo," and Frederick Douglass at the Intersection of US and Caribbean Pan-Americanism». Caribbean Studies. 34. pp. 3–45