Shahrazad Ali

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Shahrazad Ali
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Shahrazad Ali (nascida em 27 de abril de 1954, em Atlanta, Geórgia), criada em Cincinnati, Ohio, é uma autora de vários livros, incluindo uma brochura The Blackman's Guide to Understanding the Blackwoman.[1][2][3] O livro foi controverso[4][5] causando a resposta de "fóruns comunitários, piquetes e discussões acaloradas entre negros em muitas partes" dos EUA[1] quando foi publicado em 1989.

Resenhas do livro[editar | editar código-fonte]

Resenhas sobre o livro apareceram no Los Angeles Times, The New York Times, Washington Post, Newsday e Newsweek. Ali apareceu vários talk-shows, como Tony Brown's Journal, Sally, The Phil Donahue Show e Geraldo — e foi ridicularizada no programa In Living Color dos irmãos Wayans.[6] O livro supostamente trouxas novos negócios para livrarias negras,[4] enquanto outras o baniram.[1] Também provocou um livro de ensaios (chamado Confusion by Any Other Name) que explorou o seu impacto negativo.[6]

Algumas passagens do seu livro descreveram mulheres afro-americanas — referidas como A Mulher Negra (the Blackwoman), como é o jargão da Nação do Islã — citadas pela mídia incluem o seguinte:

Embora não seja preguiçosa por natureza, ela se tornou solta e descuidada sobre si mesma e sobre seu homem e família. Seu cérebro é menor do que o do Homem Negro, então, enquanto ela é aclamada por seu alto desempenho acadêmico, seus processos de pensamento não se comparam aos do Homem Negro consciente. Sua língua desenfreada é a principal razão pela qual ela não pode se dar bem com o Homem Negro... se ela ignora a autoridade e superioridade do Homem Negro, há uma penalidade. Quando ela cruza essa linha e se torna viciosamente insultante, é hora do Homem Negro dar um profundo tapa em sua boca.[1][6]

Ali alegou que escreveu esse livro porque "as mulheres negras na América se tornaram protegidas e isoladas contra certos tipos de críticas e exames."[5] Os críticos reclamaram que o livro não oferecia dados factuais para substanciar seus pontos de vista ou informações sobre como ela chegou a suas conclusões e que era essencialmente um produto vanity-press (uma editora na qual os autores pagam para ter seus livros publicados) que teria sido ignorado pelos negros e outros se não fosse pela atenção da mídia causada por seu escândalo.[1][6]

Comentarista convidada[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2013, Ali re-apareceu na mídia como comentarista convidada no programa de Dr. Drew na HLN.[4] Ela também foi entrevistada no talk show de Trisha Goddard junto com o supremacista branco Craig Cobb, concordando com Cobb que a raça negra e a raça branca devem ser separadas.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Ali é mãe de 12 filhos, nove deles adotados.[5]

Bibliografia selecionada[editar | editar código-fonte]

Ela também escreveu alguns livros que estão esgotados.

  • Urban Survival for the Year 2000
  • How to Prepare for the Y2K Computer Problem in the 'Hood

Referências

  1. a b c d e Williams, Lena (2 de outubro de 1990). «Black Woman's Book Starts a Predictable Storm». New York Times. Consultado em 17 de março de 2010 
  2. Millner, Denene (16 de julho de 1996). «Waiting to Experience Marriage Books Challenge Black Women to Stop Tarrying & Start Marrying». New York Daily News [ligação inativa] 
  3. Smith, Elmer (28 de outubro de 1991). «Marriage of Civil Rights, Women's movement is sore point». The Pittsburgh Press. Consultado em 17 de março de 2010 
  4. a b c Simmons, Sheila. «The Return of Shahrazad Ali». 1 September 2013. Liberty City Press. Consultado em 25 de novembro de 2013 
  5. a b c Fitten, Ronald K. (3 de dezembro de 1990). «Shahrazad Ali Points Finger at Black Women—Controversial Author to Speak at Paramount Theater Tonight». Seattle Times. Consultado em 25 de novembro de 2013 
  6. a b c d Page, Clarence (2 de novembro de 1990). «Black writer's trashy book is target of black humor». Toledo Blade. Consultado em 17 de março de 2010