Smidr

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Smidr (nórdico antigo: smiðr; IPA: [ˈsmiːjʊr]) foi uma das classes sociais mais prestigiosas da era víquingue na Escandinávia, constituída por artesãos, artistas e aqueles que dominavam a arte da forja de metais, madeira ou pedra.[1]

A palavra era acompanhada por uma outra que identificava o material ou a área em que exerciam as funções; por exemplo, o carpinteiro era o «artesão das árvores» (trésmiðr), um sapateiro era o «fabricante de sapatos» (skósmiður) e um termo genérico e neutro para alguém que também era bom em algo menos tangível, que fazia de tudo um pouco, era o «artesão das mil grosas» (þúsundþjalasmiður), equivalente atual de «faz-tudo» e «sujeito para tarefas esporádicas». Os forjadores de metal eram divididos pelo tipo de especialização, o smiðr era o ferreiro comum,[2] o gullsmiðr trabalhava o ouro e o iarnsmiðr era forjador.

O termo era também utilizado noutras áreas das artes como o canto (lióðasmiðr) ou a retórica (galdasmiðr). O deus Bragi era conhecido como «frumsmiðr bragar» ou criador da poesia.[3]

Smiðr ou Smiður (em islandês) era também um nome próprio comum na Escandinávia medieval.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Cohat, Yves. Los vikingos, reyes de los mares (1989) ISBN 978-84-03-60057-7 p. 103.
  2. Rask, Rasmus Kristian (1976). A Grammar of the Icelandic Or Old Norse Tongue (em inglês). [S.l.]: John Benjamins Publishing. p. 150. 272 páginas. ISBN 9027208735 
  3. M. L. West, Indo-European Poetry and Myth, Oxford University Press, 2007, ISBN 0199280754 pp. 39-40.
  4. Kristoffer Kruken og Ola Stemshaug: Norsk Personnamnleksikon (1995), entrada para Smiðr.