Sovena

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A Sovena (Sociedade Vendedora de Glicerinas) é um grupo português, pertencente à Nutrinveste uma holding do sector Agroindustrial do Grupo Jorge de Mello. A Nutrinveste é um dos principais grupos mundiais a atuar nos segmentos de azeite e óleos alimentares. Promove a especialização em cada fase da vida do azeite, estando presente desde a produção à distribuição.

O Grupo Sovena integra quatro áreas de negócio interrelacionadas e que cobrem todo o espectro da cadeia de valor da azeitona, do azeite, outros óleos vegetais e do sabão.

  • Sovena Consumer Goods – com operações fabris em Portugal, Espanha, EUA e Tunísia e presença comercial no Brasil e Angola, esta área loteia, embala e comercializa os produtos Sovena em cada mercado.
  • Sovena Oilseeds – os óleos vegetais são a génese do grupo, actua em Portugal e Espanha, no fornecimento de sementes para a plantação de oleaginosas e comprar sementes no final da colheita para produção e refinação dos óleos.
  • Sovena Agriculture – exploração de olivais próprios ou arrendados, além da gestão de lagares. Um projecto único a nível mundial, a operar em Portugal, Espanha e Marrocos e em plena expansão para outras regiões do mundo.
  • Sovena Biodiesel – a utilização de oleaginosas para a produção de bio combustíveis abriu as portas do mundo da energia ao Grupo Sovena.

O Grupo Sovena está actualmente em todo o mundo e fisicamente presente em 3 continentes, assumindo-se como um grupo “Glocal” ao juntar, num mesmo grupo de empresas a abrangência global com uma presença local. Ao compreender as especificidades locais, em termos de sabores, hábitos e atitudes, a Sovena adapta-se às mesmas para melhor satisfazer essas comunidades.

Historia[editar | editar código-fonte]

Da criação à revolução[editar | editar código-fonte]

Tudo começou nos finais do século XIX. pelas mãos de Alfredo da Silva, o maior industrial português, nasce o primeiro grupo industrial, comercial e financeiro de Portugal - a Companhia União Fabril, CUF, fruto da fusão de duas pequenas empresas químicas, a União Fabril e a Companhia Aliança Fabril.

Como rezava a lenda, "o que o país não tem, a CUF cria". No inicio no séc. XX, era já o maior grupo português, com um complexo industrial no Barreiro representativo de avanço tecnológico, desenvolvimento empresarial e modernização institucional, representante de 5% do PIB nacional, com mais de 100 empresas, 110.000 colaboradores e mais de 1000 produtos diferentes em produção. A abrangência de áreas de negócio era simplesmente fascinante: construção naval, adubos, têxteis, ácidos e óleos alimentares, entre outras.

A reconstrução de um grupo[editar | editar código-fonte]

Iniciativa, coragem, perspicácia e tenacidade, características que Alfredo da Silva conseguiu enraizar na sua família e nas gerações seguintes. Assim, com o regresso da estabilidade social e política no país nos finais do séc. XX, Jorge de Mello e José Manuel de Mello levaram a cabo a reconstrução do grupo.

Foi então na década de 1980 que Jorge de Mello reentra no mercado português pela aquisição da Sociedade Alco, Algodoeira Comercial e Industrial, e cuja área de negócio era a extracção, refinação e embalamento de óleos alimentares.

Na década de 90, seguem-se mais aquisições com o objectivo de reforçar a posição do grupo no mercado de óleos e azeites. A Lusol, cuja actividade consiste na extracção e refinação de óleos e produção de sabões; a Tagol, responsável pela extracção e refinação de oleaginosas e soja através de contrato façon com a empresa multinacional Bunge; e a Sovena, criada em 1956 por uma parceria entre a CUF, a Macedo e Coelho e a Sociedade Nacional de Sabões, para comercialização de óleos vegetais e sabões.

A internacionalização[editar | editar código-fonte]

A entrada no século XXI marcou o inicio da reestruturação industrial do grupo, com a concentração das actividades de extracção na Tagol e de embalamento na Sovena, e de uma nova vaga de aquisições em prol das necessidade crescente de responder a um mercado não nacional mas mundial.

No ano de 2002, surgiu a primeira aquisição do grupo fora de Portugal, que foi a compra de uma fábrica em Sevilha, que é responsável pela refinação e embalamento de óleos vegetais, na sua maioria azeite, permitiram ao grupo um crescimento fenomenal, tornando-se assim no 1º operador da Península Ibérica.

Já com uma voz relevante no mercado ibérico, o grupo sentiu necessidade de levar os seus produtos a mais pessoas, a mais países, a mais continentes. Foi então que, em 2004, o grupo adquire os activos de outra empresa detentora da marca de azeite Andorinha, especificamente utilizada para a exportação no Brasil, com o objectivo de relançar essa mesma marca no mercado brasileiro.

Segue-se então no ano de 2005 a aquisição de 80% do capital da East Coast Olive Oil, o maior importador e embalador de azeite nos E.U.A..

Ainda no mesmo ano, o grupo constitui a Tagol Ibérica de Aceites em Espanha para facilitar o acesso ao mercado de semente de girassol nesse país.

Com uma forte presença em três continentes alcançada em apenas 3 anos, em 2006 o grupo conquista mais um parceiro, a SOMED, para a criação de uma nova empresa sedeada em Marrocos, a Soprolives, que, através de exploração de olival, visa produzir e comercializar azeite para abastecer diversos mercados internacionais.

O ritmo mantém-se forte e novamente em 2006, o grupo adquire, em Espanha, 80% do capital de uma empresa dedicada exclusivamente à preparação e embalamento de azeitonas, essencialmente para exportação e com uma posição relevante nos mercados Russo, Ucraniano e do Médio Oriente.

Em 2007, foi criada a Sovena M.E.N.A. (Middle East & North Africa) na Tunísia, através de uma parceria com uma empresa local, para abastecer o mercado tunisino e países limítrofes.

A entrada do grupo na agricultura ocorre em 2006 com a Soprolives em Marrocos, mas é em 2007, em parceria com a Atitlan que se cria o projecto Elaia, cujo objectivo é a plantação de cerca de 10.000 hectares de olival, contribuindo assim para um maior controle de todo o processo produtivo.

Ainda em 2007 foi constituida a Agrodiesel. Uma parceria com a Diester Internacional (uma empresa participada pela Bunge e pela Diester, o maior operador europeu de Biodiesel). A fábrica foi instalada junto da fábrica da Tagol e iniciou operação em Dezembro do mesmo ano.

O grupo é já a segunda maior empresa de azeite do mundo e o maior fornecedor de marcas da distribuição do mundo.

Prémios[editar | editar código-fonte]

Os azeites Oliveira da Serra Lagar do Marmelo e Oliveira da Serra Vintage foram galardoados com o Superior Taste Award nos anos de 2011[1]e 2012,[2] concedido pelo International Taste and Quality Institute.

Referências

  1. Produtos Premiados 2011 Arquivado em 10 de outubro de 2013, no Wayback Machine., iTQi
  2. Produtos Premiados 2012 Arquivado em 9 de julho de 2013, no Wayback Machine., iTQi

Outros[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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