Syagrus insignis

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Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae
Subfamília: Arecoideae
Tribo: Cocoseae
Género: Syagrus
Espécie: Syagrus insignis

Syagrus insignis é uma espécie de planta do gênero Syagrus e da família Arecaceae.[1]

Palmeira nativa da Floresta Ombrófila Densa, nos estados do Rio de Janeiro e Espirito Santo. Cresce entre 1000-1800 metros de altitude, em locais com um curto período mais seco.

Semelhante à espécie Syagrus weddelliana, porém, é uma planta mais robusta (porte, folhas e inflorescências maiores), com bráctea peduncular, bainhas e parte abaxial da raque das folhas recobertas por indumento lanuginoso quase preto. Outra característica diferencial pode ser observada nas plântulas. Syagrus weddelliana possui um pequeno eófilo (5 centímetros) lanceolado, suas folhas subsequentes são sempre pinadas; Syagrus insignis apresenta um eófilo maior (> 10 centímetros) e segue emitindo folhas lanceoladas durante um longo período de vida (até 30 centímetros de altura), como em outros Syagrus e grande porte.[1]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A espécie foi descrita em 1916 por Odoardo Beccari.[2] Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]

  • Glaziova insignis Drude
  • Lytocaryum insigne (Drude) Toledo
  • Microcoelum insigne (Devansaye) Burret & Potztal
  • Calappa insignis (Drude) Kuntze

Forma de vida[editar | editar código-fonte]

É uma espécie terrícola e de palmeira.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Porte pequeno ou moderado, de4-12 metros de altura. Estipe solitário, com superfície lisa, anelado, ou com bainhas persistentes durante muitos anos. Ela tem folhas dispostas em espiral ao redor do estipe, 8-20 contemporâneas, levemente arqueada; pecíolo de 40-50 centímetros de comprimento; raque de 80-100 centímetros de comprimento, levemente arqueada, recoberta por indumento lanuginoso, quase preto na face abaxial; pinas membranáceas, rígidas, lineares, 40-65 pinas de cada lado, verde-escuras, brilhantes, discolores, prateadas e com tomento preto abaxialmente, ápice assimétrico, distribuídas uniformemente ao longo da raque e dispostas em um único plano, as da parte mediana da raque com 20-30 x 0,9-1,5 centímetros.[1]

Sua inflorescência é andrógina, ereta ou pendente, interfoliar; profilo 30-40 x 1,5-3 centímetros; bráctea peduncular sulcada, densamente recoberta por um indumento lanuginoso quase preto, 65-73 centímetros de comprimento total, parte expandida 35-65 x 3-6,6 centímetros; pedúnculo coberto por um tomento esparso, de cor acastanhada logo após a antese, 35-88 x 0,4-1 centímetros; raque 18-33 centímetros de comprimento, ramificada ao nível de primeira ordem; 18-65, ráquilas as da parte mediana da raque 12-25 centímetros de comprimento. Flores, estaminadas de 2,5-5 milímetros de comprimento, pistiladas. Frutos globosos ou ligeiramente ovoides, 1,8-2,3 x 1,6-2 centímetros; epicarpo esverdeado, finamente recoberto por tomento castanho escuro, especialmente no ápice. Endocarpo globoso, não ósseo, frágil, superfície exterior lisa. Endosperma regular, homogêneo.[1]

Caule[1]
superfície lisa/com remanescente das bainha foliar
tipo solitário/aéreo
Folha[1]
pinada verde
bainha persistente/decídua/com disposição helicoidal no estipe/com margem fibrosa
pecíolo com margem inerme
raque foliar levemente arqueada
pinas coriácea membranácea/inserida em 1 ângulo na raque/com disposição uniforme/rígida/com ápice agudo ou arredondado ou emarginado assimétrico/verde escura/discolor/face abaxial prateada
Inflorescência[1]
forma paniculada/ereta/pendente
infrutescência exposta interfoliar
espádice sulcada/lanuginosa
raque esparsamente tomentosa
ráquila disposição helicoidal na raque
Fruto[1]
formato globoso/ovoide
epicarpo esverdeado/tomentoso/fendido na extremidade quando maduro
mesocarpo fibroso
endocarpo não lenhoso/globoso
endosperma homogêneo

Conservação[editar | editar código-fonte]

A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R.[3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Espírito Santo e Rio de Janeiro.[1] Em termos ecológicos, é encontrada no domínio fitogeográfico de Mata Atlântica, em regiões com vegetação de mata ciliar e floresta ombrófila pluvial.[1]

Notas[editar | editar código-fonte]

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Soares, K.P. Syagrus in Flora e Funga do Brasil.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m «Syagrus insignis (Devansaye) Becc.». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  2. «Syagrus insignis». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022 
  3. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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