Templo de Hierasicamino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Templo de Hierasicamino
Templo de Maarraca
المحرقة
Templo de Hierasicamino
Entrada do templo
Localização atual
Templo de Hierasicamino está localizado em: Egito
Templo de Hierasicamino
Coordenadas 22° 48' N 32° 32' E
País  Egito
Dados históricos
Fundação Período Romano
Abandono Período Romano

Hierasicamino (em grego clássico: Hierasykaminos) ou Maarraca em árabe: المحرقة; romaniz.:al-Maḥarraqa) é um sítio da Baixa Núbia, situado cerca de 120 quilômetros ao sul de Assuã na fronteira sul do Império Romano no Egito.[1] Em 23 a.C., apenas alguns anos depois da conquista do Egito em 30 a.C., os cuxitas do Reino de Meroé lançaram um raide na região da primeira catarata do Nilo. O prefeito do Egito, Caio Petrônio, retaliou e derrotou o exército meroítico invasor e então estacionou uma guarnição romana de 400 soldados em Forte Ibrim. Após algumas negociações, uma fronteira permanente entre Meroé e o Egito foi estabelecida em Hierasicamino.[2]

Templo de Serápis e Ísis[editar | editar código-fonte]

O templo, dedicado aos deuses egípcios Ísis e Serápis, foi realocado em meados dos anos 60 devido ao projeto da barragem de Assuã. O templo não pode ser atribuído com segurança ao reinado de nenhum imperador, uma vez que nunca foi totalmente concluído nem inscrito, mas como se sabe que a construção de templos na Núbia declinou após Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.), o templo pode ser datado de seu reinado.[3] A única parte que foi concluída "era uma quadra de 13,56 x 15,69 metros cercada em três lados por colunas". Apresenta uma escada espiral sinuosa num canto da quadra, que levava ao seu telhado.[1]

Seu deslocamento ocorreu em 1961 sob supervisão do Serviço Egípcio de Antiguidades.[4] Foi subsequentemente reconstruído junto ao Templo de Daca em 1966 na Nova Uádi Sebua, que fica apenas 4 quilômetros da localização original de Uádi Sebua.[5] Segundo Christine Hobson: "Um pouco ao norte de Amada agora estão os templos de Uádi Sebua (construídos por Ramessés II), Daca e Maarraca."[6]

Referências

  1. a b Arnold 2003, p. 85.
  2. Quirke 1994, p. 212.
  3. Arnold 2003, p. 244.
  4. Arnold 2003, p. 86.
  5. Baines 1982, p. 183.
  6. Hobson 1993, p. 177.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Arnold, Dieter; Strudwick, Nigel; Gardiner (2003). The Encyclopaedia of Ancient Egyptian Architecture. Oxônia: I.B. Tauris Publishers 
  • Baines, John; Malek, Jaromir (1982). Atlas of Ancient Egypt. Nova Iorque: Facts on File Publications 
  • Hobson, Christine (1993). Exploring the World of the Pharaohs: A complete guide to Ancient Egypt. Londres: Thames & Hudson 
  • Quirke, Stephen; Spenser, Jeffrey (1994). The British Museum Book of Ancient Egypt. Londres: Thames & Hudson