Thomas Garth, Jr.

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Thomas Garth, Jr.
Nascimento 11 de agosto de 1800
Weymouth, Dorset, Inglaterra, Grã-Bretanha
Morte 1875 (75 anos)
Progenitores Mãe: Princesa Sofia do Reino Unido
Pai: Thomas Garth
Cônjuge Georgiana Caroline Dashwood
Filho(a)(s) Georgiana Garth
Religião Anglicalismo

Thomas Garth, Jr. (11 de agosto de 18001875) foi o suposto filho ilegítimo da Princesa Sofia do Reino Unido e do General-major Thomas Garth.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Thomas nasceu em Weymouth, Dorset, filho ilegítimo da Princesa Sofia do Reino Unido e do General-major Thomas Garth e neto do rei Jorge III do Reino Unido e da princesa Carlota de Mecklemburgo-Strelitz.[2]

Suposta existência[editar | editar código-fonte]

Durante a vida de Sofia, surgiram vários rumores sobre a sua suposta relação incestuosa com o seu irmão, o príncipe Ernesto Augusto, que se tornaria mais tarde rei de Hanôver.[3][4] O príncipe-regente terá avisado a sua irmã para não ficar no quarto sozinha com o irmão,[5] e Ernesto era profundamente impopular junto do povo britânico. Não se sabe se estes rumores tinham algum fundamento ou se foram inventados pelos inimigos políticos de Ernesto Augusto.[6]

Afastadas do convívio com homens do seu estatuto social, Sofia e várias das suas irmãs acabaram por se envolver com cortesãos e escudeiros. Sofia teve uma relação com o escudeiro-chefe do seu pai, o general-major Thomas Garth, um homem trinta-e-três anos mais velho do que ela. Thomas tinha um grande sinal de nascimento roxo no rosto, o que levou a a irmã de Sofia, Maria, se referisse a ele como "a luz roxa do amor"[7] e o cortesão e diarista Charles Greville chamou-o de "um velho diabo horrendo".[8] Apesar disso, uma dama-de-companhia reparou que "a princesa estava tão profundamente apaixonada com ele que todos conseguiam perceber. Não se conseguia conter na sua presença."[8] Greville escreveu sobre os casos amorosos de Sofia e das suas irmãs numa entrada do seu diário: "as mulheres apaixonam-se por tudo - e a oportunidade e casualidade das paixões são mais importantes do que qualquer mérito da mente ou do corpo (...) [As princesas] foram escondidas do mundo, conviveram com pouca gente. As suas paixões estavam fervorosas e estavam prontas para cair nas mãos do primeiro homem cujas circunstâncias permitisse conquistá-las."[9]

Não demoraram a aparecer rumores sobre a existência de um filho ilegítimo. Alguns historiadores especulam que, algum tempo antes de Agosto de 1800, Sofia deu à luz uma criança de Thomas Garth em Weymouth.[10][11] Flora Fraser acredita nos rumores de que Sofia teve um filho, mas questiona se o pai da criança seria Garth ou o irmão de Sofia, o Duque de Cumberland.[12] Alguns historiadores escrevem ainda que a criança, baptizada de Thomas Garth, como o pai, foi criada pelo pai em Weymouth,[8] onde a mãe o visitava ocasionalmente.[13] Em 1828, este filho terá tentado chantagear a família real com alguns documentos comprometedores do seu pai que falavam da sua relação com a princesa Sofia, apesar de, no final, a sua tentativa ter falhado.[13][6]

Anthony Camp desafia de forma controversa a crença de que Sofia terá tido um filho e oferece um resumo detalhado das provas existentes.[14] No seu livro Royal Babylon: the Alarming History of European Royalty, Karl Shaw expõe a possibilidade de que o duque de Cumberland terá violado a sua irmã, citando provas existentes no diário de Charles Greville, assim como outros factores.[15][16] A historiadora Gillian Gill acredita que Sofia deu à luz a criança em segredo e que foi essa a razão pela qual nunca se casou.[11] Contudo, Alison Weir e outros falam de um possível casamento entre Sofia e Garth que se terá realizado no mesmo ano em que a criança nasceu,[13][17] mas não existem provas para tal afirmação a não ser um anel de noivado que Sofia parece usar num retrato já na sua velhice.[10]

Casamento[editar | editar código-fonte]

Em 1835, Thomas casou com Georgiana Caroline Dashwood (16 de março de 1796-28 de junho de 1835), filha de Sir Henry Watkin Dashwood, 3.º Bt. e Mary Helen Graham. Eles tiveram uma filha ilegítima: Georgiana Garth.

Viuvez e morte[editar | editar código-fonte]

Sua esposa Georgiana Caroline Dashwood morreu em 28 de junho de 1835 aos 39 anos.

Thomas morreu em 1875 aos 75 anos.[18]

Referências

  1. Alison Weir, Famílias reais da Grã-Bretanha: The Complete Genealogy (Londres, Reino Unido: O Chefe Bodley, 1999), página 298. Daqui em diante citado comofamílias reais da Grã-Bretanha.
  2. Christopher Quaile, "re: Senhor Bowen," mensagem de e-mail para Darryl Lundy. Daqui em diante citado como "re: Senhor Bowen."
  3. Gill 2009, p. 30.
  4. Hibbert 2000, p. 368, 384.
  5. Shaw 2001, pp. 213–214.
  6. a b Panton 2011, p. 429.
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Purdue 2004
  8. a b c Williams 2010, p. 35.
  9. David, Saul (2000). The Prince of Pleasure: The Prince of Wales and the Making of the Regency. Grove Press. p. 201. ISBN 0802137032.
  10. a b Weir 2008, p. 300.
  11. a b Gill 2009, p. 47.
  12. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Birds in a gilded cage
  13. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Beatty 2003, p. 229
  14. Camp, Anthony (2007). Royal Mistresses and Bastards: Fact and Fiction 1714–1936. London: Anthony J. Camp. pp. 313–23. ISBN 0950330825.
  15. Shaw 2001, p. 214.
  16. A idade e aspecto físico de Thomas Garth, bem como o facto de este nunca ter sido dispensado do seu serviço podem ser indicadores de que o Duque de Cumberland poderá ter sido o pai.
  17. Black 2006, p. 159.
  18. «Person Page». thepeerage.com. Consultado em 17 de julho de 2016