Thomas Hardy

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Thomas Hardy
Thomas Hardy
Nascimento 2 de junho de 1840
Dorset, Inglaterra
Morte 11 de janeiro de 1928 (87 anos)
Max Gate, Inglaterra
Nacionalidade Inglaterra Inglês
Cônjuge Emma Lavinia Gifford (1874-1912); Florence Emily Dugdale (1912-1928)
Ocupação Escritor
Página oficial
Thomas Hardy Society

Thomas Hardy (Higher Bockhampton, Dorset, 2 de junho de 1840 - Max Gate, Dorchester, 11 de janeiro de 1928) foi um novelista e poeta inglês. Autor de obras de grande importância, conhecido pelo pessimismo radical que caracteriza os seus romances.

De uma família de classe média, filho de um próspero construtor civil, passou sua infância no campo. Estudou arquitetura e trabalhou na restauração de edifícios antigos, principalmente igrejas, enquanto escrevia poemas que só publicaria no fim da vida, quando se revelou um extraordinário poeta. No seu período de maturidade (1878-1895), escreveu obras que se tornaram clássicos da literatura inglesa. Também foi um brilhante contista, que traçou perfis psicológicos antitéticos, portadores e conscientes de seus desejos sexuais e de sua própria opressão pela sociedade. O estilo prosaico e objetivo da sua linguagem, cuja temática voltava-se para a velhice, o amor e a morte, influiu na reação anti-romântica. Por tudo isso, foi considerado o "último dos grandes vitorianos".

Hardy casou-se com Emma Lavinia Gifford em 1874. Após a morte da esposa, em 1912, casou-se com Florence Emily Dugdale, autora de livros infantis. Morreu de causas naturais aos 87 anos. Ele está enterrado na Abadia de Westminster

Vida

Hardy foi um arquiteto, romancista e poeta inglês. Era considerado um autor quase moderno devido ao fato de, ao mesmo tempo, distanciar-se e se aproximar dos escritores contemporâneos. Os elementos dos romances de Hardy, segundo Priestley e Spear (1963), associam-se aos Vitorianos por conter grandes críticas sociais, sem hesitar em mostrar a realidade da sociedade da época. Ele denunciava com muito pessimismo e ironia os padrões sociais e a maneira como eles influenciavam, de forma negativa, a vida das pessoas. Para o autor, a sociedade corrompe o ser humano,

Nasceu no dia 2 de junho de 1840, em uma isolada cabana de palha comprada por seu bisavô, há três milhas do condado de Dorchester e por lá cresceu. Após terminar o ensino primário, em Lower Bockhampton, Hardy foi transferido com dez anos para uma escola não convencional em Greyhound Yard. Aos dezesseis anos, completou sua educação formal e se tornou aprendiz de um arquiteto local, continuando sua jornada diária até a cidade.

Ficheiro:Thomas hardy memorial.jpg
Thomas Hardy Memorial

Alguns fatores foram importantes não apenas em sua educação, mas em seu subsequente desenvolvimento como novelista e poeta. Em abril de 1862, Hardy viajou a Londres com uma passagem de volta, mas rapidamente encontrou emprego como desenhista de igrejas góticas e, assim, permaneceu em Londres por mais cinco anos. Ainda em Londres, Hardy escreveu poemas muito intensos, mas sem expectativa de publicação. Em 1867, um problema de saúde obrigou-o a voltar a Dorset, onde ele conseguiu emprego novamente com o mesmo arquiteto. Ao voltar a escrever, Hardy se iniciou aos romances, sendo sua primeira novela, The Poor Man and the Lady, radical demais para publicação. Mas em 1870, ele produziu sua sensacional novela intitulada Desperate Remedies, publicada em 1871. Em 1870, Hardy viajou a North Cornwall para restaurar uma igreja na isolada paróquia de St. Juliot. Lá, apaixonou-se por Emma Lavinia Gifford, e rapidamente ficcionou seu romance em sua terceira novela: A Pair of Blue Eyes. Enquanto isso, Leslie Stephen, editor da Cornhill Magazine, ficou muito atraído pela segunda novela de Hardy, Under the Greenwood Tree, baseado nas experiências familiares de Hardy em Stinsford Quire. Stephen levou o romance Far from the Madding Crowd a se tornar um best seller, fazendo com que Hardy abandonasse a arquitetura e se casasse com Emma. O casal, que manteve-se sem filhos, passou a ser cada vez mais distante e infeliz. Em 1912, Emma inesperadamente adoeceu e faleceu, com 72 anos, iniciando uma intensa efusão de poesias líricas. Hardy amou sua mulher morta e enterrada como nunca a amou em vida. Depois de casado, Hardy publicou dez novelas durante os próximos vinte anos. Os romances The Woodlanders (1887), Tess of the d’Urbervilles (1891) e Jude the Obscure (1895) foram descritos como “endereçados para homens e mulheres de maior idade”. O subsequente clamor de indignação sobre o Judas resultou no banimento de circulação em livrarias. Além disso, Jude the Obscure foi queimado pelo Bispo de Wakefield, fazendo com que Hardy abandonasse a ficção e se concentrasse em seu primeiro amor, a poesia. Assim, o novelista vitoriano se tornou um poeta do século XX, publicando oito volumes de versos, com início em Wessex Poems, em 1898. Ao fim da Primeira Guerra Mundial, Hardy, que recebeu a Ordem de Mérito em 1910, recebeu o honroso título de Grand Old Man of English Letters. Hardy prosseguiu escrevendo poesias até o fim de sua vida, recluso em seu escritório. Hardy adoeceu e faleceu em 1928, com oitenta e sete anos. Recebeu um funeral de honra e suas cinzas foram guardadas em uma abadia em Westminster. [1]

Wessex

Como Thomas Hardy não sabia se seria arquiteto ou escritor e possuía um gosto muito maior pelas letras, ele pesquisou e estudou muito os gostos dos leitores do século XIX para se estabelecer na literatura. Com ajuda e contato com publicadores, como Macmillan e principalmente da amiga próxima e escritora George Elliot (que possui aspectos rurais e regionais em suas obras), Hardy percebeu que precisava criar um cenário para suas histórias, querendo assim um lugar fixo, uma marca própria para se distinguir dos outros escritores contemporâneos a ele. Essa marca se tornou Wessex, que apareceu pela primeira vez no best-seller do autor, Far from the Madding Crowd, e permaneceu até o último romance do autor. O nome utilizado foi inspirado em um, homônimo, dos grandes sete reinos anglo-saxões pertencentes ao Reino da Inglaterra que existiu até o século XI. Wessex retrata a região sudeste da Inglaterra, local que Hardy conhece muito bem por já ter vivido na área rural inglesa e por isso escreve de uma maneira tão real, que pinta os cenários, encantando não apenas os leitores da época, mas também os críticos. Sempre que o autor editava e revisava as antigas edições de seu romance, incorporava cada vez mais elementos da região, que criou vida própria com seus próprios costumes, personagens e cultura. Algo que impressionou não só a época, mas também hoje, pois ainda existem estudos atuais da região como o livro “Dysfunctional Families in the Wessex Novels of Thomas Hardy”, publicado em 2005 pelo escritor Lois Bethe Schoenfeld. [2] [3] [4]

Presença do Autor no Século XIX

Ao analisar periódicos do século XIX se encontra muito pouco sobre Thomas Hardy nos brasileiros. Esta informação é coerente, visto que nenhuma obra do autor havia sido traduzida para o Português. As notícias se limitam às participações de Hardy em eventos da nobreza inglesa e a algumas anedotas acerca de sua doença e posterior falecimento. A ausência de Hardy nos jornais brasileiros deve-se, entre outros motivos, ao fato de que este era canônico na Inglaterra, mas pouco conhecido até mesmo na França (de todas as suas obras, apenas seis edições são em francês), pois nada foi encontrado nas revistas e periódicos franceses. Sua popularidade limitava-se à Inglaterra e aos Estados Unidos, que exportavam bem menos para o Brasil, ao se comparar com a França. Enquanto em jornais ingleses o número de achados é muito grande. O mais encontrado foi anúncios de vendas dos livros, alguns, inclusive, apresentando Hardy como o melhor autor da temporada ou o melhor escritor de romances da época, destacando a importância e o caráter canônico dele na Inglaterra. Far from the Madding Crowd, por exemplo, seu best-seller, teve mais de 100 anúncios encontrado junto a diversas menções e críticas. [5]

Críticas do Século XIX

É possível encontrar uma grande quantidade de críticas sobre Thomas Hardy em publicações inglesas, no website British Newspaper Archive. As críticas que falam sobre o autor são sempre muito positivas e enaltecem não só Hardy como romancista, mas também como pessoa. Elogiam, principalmente, o estilo de escrita dele, considerado distintivo de outros romancistas. A maioria dos jornais comenta que ele não escreve apenas uma sequência de acontecimentos e tramas para prender o público leitor, mas traça o enredo através dos pensamentos e sentimentos das personagens, dando simplicidade e delicadeza à composição das obras e da verossimilhança, muito elogiada pelos críticos. A escrita do autor era considerada profunda, especialmente quando falava sobre sentimentos primordiais, como o amor, o que encantava críticos e leitores da época.

As personagens são sempre muito criticadas de maneira positiva por serem bem construídas e se aproximarem muito de pessoas reais, como se Hardy criasse alguém não fictício, mas real. Elas são cheias de detalhes e genuínas. Não só isso, esse modo distintivo de escrita é elogiado na maneira como o autor descreve os cenários e o ambiente rural de Wessex que, de acordo com alguns jornais, nunca foi feito antes, pois traz uma sensibilidade nas descrições. O jornal The Graphic considera-o, sem dúvidas, o melhor romancista atual (da época) de língua inglesa (não apenas da Inglaterra, o que demonstra a canonização e importância de Hardy). O mais interessante é que alguns jornais recusavam o uso do termo romancista para o autor, por ele ser muito melhor que os romancistas (ilustrando o preconceito da época). O Cambridge Independent Press, por exemplo, diz que chamar Hardy de romancista é um insulto a todas as suas obras e personagens.

As únicas críticas negativas encontradas sobre o autor são sobre a sua crueldade com as personagens, sempre trazendo desgraça aos destinos delas. E um achado interessante relacionado a isso é que ele constantemente recebia cartas de fãs para mudar o final de suas obras, mas Hardy não acreditava em “viveram felizes para sempre”. Todavia, alguns jornais acabaram apoiando a crueldade usada pelo autor por mostrar a realidade da Inglaterra, por mais que não agradasse aos leitores no geral.

Sobre o best-seller, Far from the Madding Crowd, foram encontradas seis críticas. Todas elas foram muito positivas, elogiando-o totalmente. A maioria dos jornais considera que, com esse romance, Hardy ascendeu no meio literário e conquistou o direito de ser considerado um dos mestres da prosa inglesa, destacando-se de tantos outros escritores da época. Os críticos consideram Far from the Madding Crowd um romance maduro e poderoso, fruto das obras anteriores do autor, consideradas meros rascunhos. Elogiam as personagens do livro, que são muito reais e consideradas obras-primas escritas por Hardy. Batsheba e Sargento Troy, por exemplo, são personagens consideradas, por críticos da época, clássicos da literatura inglesa. O jornal The Manchester Courier afirma não conhecer outro romance que tenha impressionado à primeira vista, não só os críticos, mas também os leitores.

Judas, o obscuro, obra que fez Hardy parar de escrever romances foram encontradas diversas menções e críticas, que ilustraram o motivo que levou o autor a continuar apenas com poesias. A maioria das críticas é negativa pelo fato da história ser considerada indecente, repugnante, insultava à moral humana e vulgar (todas palavras usadas pelos jornais para falar do romance). Foi um livro que chocou a população pelas cenas, consideradas pelo Sheffield Independent horríveis e sórdidas, que vão desde relacionamentos sexuais até matança de porcos. Foram encontradas, também, diversas notícias sobre a queima dos exemplares de Judas e proibição da circulação, que foram apoiadas pelos jornais por contas das cenas explícitas do romance. Nas revistas havia até mesmo protestos de outros autores contra o tipo de literatura em que encaixaram Judas. O mais interessante encontrado nas críticas é que os jornais ficam indignados devido a um “mestre da literatura” que escreveu esse romance, o que os fazem comparar Hardy com amadores de 2ª categoria (nas palavras dos jornais).

Todavia, há elogios à construção da personagem principal e de algumas reflexões do autor na obra, como o debate entre vícios e virtudes. O Worchesteshire Chronicle, por exemplo, fala bem do romance, mas concorda que algumas cenas são muito mais francas do que os leitores estão acostumados, não tirando o crédito de Judas ser banido. O mais interessante encontrado são notícias de fatos reais que se assemelham com cenas deste romance de Hardy, como se tivesse inspirado os acontecimentos na vida real, demonstrando a necessidade da elite de mostrar os “perigos” e padrões comportamentais que os romances podem dar.

Na pesquisa foram encontrados prefácios escritos apenas pelo autor. Nas diversas coletâneas que reuniram as diversas obras de Hardy, todas possuem um prefácio escrito por ele em que diz a importância para ele em escrever romances e representar a região rural da Inglaterra. Algumas edições de Judas, o Obscuro também possuem prefácios, inclusive de 16 anos depois da primeira publicação, onde o autor comenta sobre o escândalo que esse romance teve na época, retratando-se. Ele também explica as decisões de escrever algumas cenas (como dito anteriormente, consideradas vulgares) e o porquê de serem essenciais à história da personagem principal. Os prefácios podem ser lidos na íntegra, nesse website. [6]

Estudos atuais no Brasil

Apesar da falta de informação e presença de Hardy no Brasil, é possível encontrar diversos artigos e teses sobre o autor, todos em português, mostrando que a sua canonização e mérito são enxergados no meio acadêmico. E o interessante é que não há apenas um local de estudo sobre o autor, há em diversos estados, como São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e Paraná. É interessante perceber que existem muitos livros, em inglês (alguns já traduzidos) - que comentam sobre as obras e sobre a vida de Hardy, reafirmando sua presença no meio acadêmico e fora do Brasil. [7]

Mulher nas Obras de Hardy

Conceber as mulheres na obra de Thomas Hardy é extremamente importante, na medida em que, na época Vitoriana, elas eram, na maioria das vezes estereotipadas e cerceadas por uma sociedade patriarcal e conservadora, vistas como donas de casa, fiéis aos maridos, puras, sem poder de trabalho.

Hardy, porém, transcendia a esses arquétipos. Ele criava personagens femininas reais, assim como os homens podiam ser. Suas mulheres, nos romances, trabalhavam, suavam, sentiam as dores físicas do trabalho, preocupavam-se com seu bem-estar. O autor não valorizava apenas as qualidades físicas de suas personagens, mas também seu psicológico. Tentava, portanto, trazer suas personagens a homens e mulheres reais, sem o estereótipo criado pela população do século XIX.

Por ser assim, Hardy precisava arcar, muitas vezes, com as críticas ferinas que eram-lhe dadas na época. O fato é que o autor, em sua transgressão mais do que necessária, criava caminhos para o reconhecimento das mulheres. Ele abolia o status quo, criando possibilidades de desestruturar as fundações da sociedade, bem como saindo do lugar comum que as pessoas tinham de que ou a mulher era considerada pura ou p*** (com o perdão da palavra). Para Hardy, todos os personagens tinham seus lados ruins e seus lados bons, suas virtudes e seus defeitos, assim como todas as pessoas do mundo real.

Esse caráter não maniqueísta utilizado, permitia que as heroínas dos romances pudessem se expor ao mundo, expressando tanto a ousadia, quanto a intimidade. Assim como todos nós temos ambos os momentos. Hardy não se preocupava nem um pouco em descrever cenas explicitamente íntimas, pois isso estava no caráter do ser humano. E era isso que fazia sua obra ao mesmo tempo que muito poética, muito controversa para os padrões da época.

Críticos diriam que sua obra era moralmente degenerada, mas isso era fruto de um apagamento, de uma ignorância acerca da sexualidade da mulher. Hardy, também, desconsiderava a mulher perfeita em suas obras. Ele as descrevia de forma não perfeita para o mundo não perfeito ao qual elas se encaixavam, e o qual não estava preparado para poder aceitá-las. Hardy não era adepto do feminismo de seus dias.

Mesmo que no começo de sua produção, Hardy precisasse disfarçar ou esconder esse caráter antifeminista, por fim o autor passou a defender essa ideia sem se preocupar com o que iriam dizer dele. Inspirando-se e estudando o socialista francês Charles Fourier, Hardy tinha fortes defesas contra o casamento, ele era veementemente oposto à idealização do casamento.

O autor identificava-se com as classes oprimidas da época, pois também se sentia uma delas, com tantas afrontas e críticas contra sua obra. Mas ele defendia suas ideias. E isso pode ter causado o gosto da população. As mulheres, em suas obras, ao que parece, tiveram uma participação importante na canonização de Hardy, na medida em que a sociedade oprimida via-se retratada em uma obra literária, sentindo-se importante ou, pelo menos, valorizando a percepção que alguém tinha dela.

Enfim, torna-se necessário reforçar que Hardy criava personagens femininas que desviavam do padrão regido pela época. Suas mulheres fortes, erotizadas, imperfeitas, assim como todos os seres humanos são no mundo real foram alvo de fortes críticas da sociedade da época.

Hardy apresentava possibilidades alternativas para as relações sexuais humanas. Ele conseguia fazer, através de suas descrições, com que as leitoras se identificassem, que conseguissem ver que, até num romance canônico as personagens eram como elas. Isso tornava a leitura melhor, mais fluida e mais consagrada. A população, identificando-se na leitura, elevava o pedestal de Hardy.

Porém essa imperfeição declarada de suas personagens femininas não tiravam o poder das mesmas, não as tornava fracas. Elas eram donas de seus próprios “eus”. Elas tinham senso de determinação. Elas eram assim como os homens. Humanas. [8]

Filmes, Séries e Teatro

As obras de Hardy, por serem cheias de peripécias e acontecimentos chocantes, são um prato cheio para o cinema, o qual recebeu diversas adaptações de várias obras do autor. A obra The Mayor of Casterbridge tornou-se um filme, por Dennis Potter em 1978, peça de teatro de Philip Goulding e David Thacker, em 2001. Tess of the D’Urbervilles se tornou filme de Polanski em 1979 e uma séria da BBC do Reino Unido, em 2008. Até mesmo Judas, o Obscuro teve uma adaptação para o cinema em 1996. E, em junho de 2015, no Reino Unido e nos EUA, lançou-se um filme baseado em outra obra de Hardy, Far from the Madding Crowd. Esse fato é tão expressivo que até contribuiu para o lançamento, em Julho de 2015, de uma tradução, para o português, da obra homônima. Isso evidencia como a mídia tem uma influência para o reconhecimento do autor. Talvez, numa hipótese, se o filme não tivesse sido lançado nesse ano, não haveria nenhuma tradução do livro em inglês para o português.

Um fato interessante é a questão da adaptação teatral vista em grande frequência tanto no século XIX, enquanto Hardy era vivo, até os dias de hoje, que encontramos diversas peças teatrais baseadas não só nas obras dele, mas também na sua vida pessoal. [9]


Filmes

Jude, Paixão Proibida

• Far from the Madding Crowd, 1915, 1967, 1998 e 2015

Tess of the D`Urbervilles

• The Mayor of Casterbridge, 1921 e 2003

• Under the Greenwood Tree, 1918, 1929 e 2005


Séries

• Far from the Madding Crowd, 2003

The Mayor of Casterbridge

Tess of the D`Urbervilles

• Under the Greenwood Tree, 2006 e 2014


Curiosidades

Estátua de Thomas Hardy em Dorchester

☞ Em 1931, foi construída, na cidade natal de Hardy, Dorchester, uma estátua em homenagem a ele, demonstrando sua imponência e importância na sociedade e literatura inglesa.

☞ Antes do lançamento de seu livro Far From The Madding Crownd, os fazendeiros da época costumavam ganhar entre 10 e 12 shillings por semana. Com o lançamento, passaram a ganhar 9 shillings, apenas pelo fato de o livro ser um pouco subversivo e, por isso, pensarem que os fazendeiros da vida real fossem, também, imorais. Isso nos mostra como, naquela época, a literatura era importante para a ordenação da sociedade e, nesse caso, da economia.

☞ Existem, na Inglaterra, diversos passeios turísticos históricos pelas fazendas de algodão de Hardy, atendendo aos interesses de seus fãs de conhecerem as terras que inspiraram os romances do autor.

☞ Na Inglaterra, país de origem do autor e, curiosamente, no Japão, encontram-se Sociedades dedicadas a Thomas Hardy, nas quais há a apresentação de palestras, congressos, eventos. Nesse ano (2015), um congresso foi realizado para comemorar os 175 anos de Hardy. Essas Sociedades têm seu próprio website, em que divulgam os horário e dias das palestras, informam sobre a vida do autor e suas obras e até vendem produtos (tais como: canecas, camisetas, cartões postais, bonés, sacolas, mochilas).

Obras

  • The Poor Man and the Lady (1866)
  • Remédios Desesperados (Desperate Remedies) (1871)
  • Sob a Árvore Verdejante (Under the Greenwood Tree ) (1872)
  • Um Par de Olhos Azuis (A Pair of Blue Eyes) (1873)
  • Longe da Multidão Estulta (Far from the Madding Crowd) (1874)
  • A Volta do Nativo (The Return of the Native) (1878)
  • The Trumpet Major (1880)
  • Dois numa Torre (Two on a Tower) (1882)
  • O Prefeito de Casterbridge: A Vida e a Morte de um Homem de Caráter (The Mayor of Casterbridge: The Life and Death of a Man of Character ) (1886)
  • The Woodlanders (1887)
  • Wessex Tales (1888)
  • Tess of the d'Ubervilles (1891)
  • Judas, O Obscuro (Jude the Obscure ) (1895)
  • Wessex Poems and other Verses (1898)
  • Os Dinastas (The Dynasts) (1903 - 1908)
  • Late Lyrics and Ealier (1922)
  • The Famous Tragedy of the Queen of Cornwall at Tintagel in Lyonnesse (1923)

Bibliografia

  • Armstrong, Tim. "Player Piano: Poetry and Sonic Modernity" in Modernism/Modernity 14.1 (January 2007), 1–19.
  • Blunden, Edmund. Thomas Hardy. New York: St. Martin's, 1942.
  • Brennecke, Jr., Ernest. The Life of Thomas Hardy. New York: Greenberg, 1925.
  • D'Agnillo, Renzo, "Music and Metaphor in Under the Greenwood Tree, in The Thomas Hardy Journal, 9, 2 (May 1993), pp.39–50.
  • D'Agnillo, Renzo, “Between Belief and Non-Belief: Thomas Hardy’s ‘The Shadow on the Stone’”, in Thomas Hardy, Francesco Marroni and Norman Page (eds), Pescara, Edizioni Tracce, 1995, pp.197–222.
  • Deacon, Lois and Terry Coleman. Providence and Mr. Hardy. London: Hutchinson, 1966.
  • Draper, Jo. Thomas Hardy: A Life in Pictures. Wimborne, Dorset: The Dovecote Press.
  • Ellman, Richard & O'Clair, Robert (eds.) 1988. "Thomas Hardy" in The Norton Anthology of Modern Poetry, Norton, New York.
  • Gatrell, Simon. Hardy the Creator: A Textual Biography. Oxford: Clarendon, 1988.
  • Gibson, James. Thomas Hardy: A Literary Life. London: Macmillan, 1996.
  • Gittings, Robert. Thomas Hardy's Later Years. Boston : Little, Brown, 1978.
  • Gittings, Robert. Young Thomas Hardy. Boston : Little, Brown, 1975.
  • Gittings, Robert and Jo Manton. The Second Mrs Hardy. London: Heinemann, 1979.
  • Gossin, P. Thomas Hardy's Novel Universe: Astronomy, Cosmology, and Gender in the Post-Darwinian World. Aldershot, Ashgate, 2007 (The Nineteenth Century Series).
  • Halliday, F. E. Thomas Hardy: His Life and Work. Bath: Adams & Dart, 1972.
  • Hands, Timothy. Thomas Hardy : Distracted Preacher? : Hardy's religious biography and its influence on his novels. New York: St. Martin's Press, 1989.
  • Hardy, Evelyn. Thomas Hardy: A Critical Biography. London: Hogarth Press, 1954.
  • Hardy, Florence Emily. The Early Life of Thomas Hardy, 1840–1891. London: Macmillan, 1928.
  • Hardy, Florence Emily. The Later Years of Thomas Hardy, 1892–1928 London: Macmillan, 1930.
  • Harvey, Geoffrey. Thomas Hardy: The Complete Critical Guide to Thomas Hardy. New York: Routledge (Taylor & Francis Group), 2003.
  • Hedgcock, F. A., Thomas Hardy: penseur et artiste. Paris: Librairie Hachette, 1911.
  • Holland, Clive. Thomas Hardy O.M.: The Man, His Works and the Land of Wessex. London: Herbert Jenkins, 1933.
  • Jedrzejewski, Jan. Thomas Hardy and the Church. London: Macmillan, 1996.
  • Johnson, Lionel Pigot. The art of Thomas Hardy (London: E. Mathews, 1894).
  • Kay-Robinson, Denys. The First Mrs Thomas Hardy. London: Macmillan, 1979.
  • Langbaum, Robert. "Thomas Hardy in Our Time." New York: St. Martin's Press, 1995, London: Macmillan, 1997.
  • Marroni, Francesco, "The Negation of Eros in 'Barbara of the House of Grebe’ ", in "Thomas Hardy Journal", 10, 1 (February 1994) pp. 33–41
  • Marroni, Francesco and Norman Page (eds.), Thomas Hardy. Pescara: Edizioni Tracce, 1995.
  • Marroni, Francesco, La poesia di Thomas Hardy. Bari: Adriatica Editrice, 1997.
  • Marroni, Francesco, "The Poetry of Ornithology in Keats, Leopardi, and Hardy: A Dialogic Analysis", in "Thomas Hardy Journal", 14, 2 (Mayy 1998) pp. 35–44
  • Millgate, Michael (ed.). The Life and Work of Thomas Hardy by Thomas Hardy. London: Macmillan, 1984.
  • Millgate, Michael. Thomas Hardy: A Biography. New York: Random House, 1982.
  • Millgate, Michael. Thomas Hardy: A Biography Revisited. Oxford: Oxford University Press, 2004.
  • Musselwhite, David. Social Transformations in Hardy's Tragic Novels: Megamachines and Phantasms. London: Palgrave Macmillan, 2003.
  • O'Sullivan, Timothy. Thomas Hardy: An Illustrated Biography. London: Macmillan, 1975.
  • Orel, Harold. The Final Years of Thomas Hardy, 1912–1928. Lawrence: University Press of Kansas, 1976.
  • Orel, Harold. The Unknown Thomas Hardy. New York: St. Martin's, 1987.
  • Phelps, Kenneth. The Wormwood Cup: Thomas Hardy in Cornwall. Padstow: Lodenek Press, 1975.
  • Pinion, F. B. Thomas Hardy: His Life and Friends. London: Palgrave, 1992.
  • Pite, Ralph. Thomas Hardy: The Guarded Life. London: Picador, 2006.
  • Saxelby, F. Outwin. A Thomas Hardy dictionary : the characters and scenes of the novels and poems alphabetically arranged and described (London: G. Routledge, 1911).
  • Seymour-Smith, Martin. Hardy. London: Bloomsbury, 1994.
  • Stevens-Cox, J. Thomas Hardy: Materials for a Study of his Life, Times, and Works. St. Peter Port, Guernsey: Toucan Press, 1968.
  • Stevens-Cox, J. Thomas Hardy: More Materials for a Study of his Life, Times, and Works. St. Peter Port, Guernsey: Toucan Press, 1971.
  • Stewart, J. I. M. Thomas Hardy: A Critical Biography. New York: Dodd, Mead & Co., 1971.
  • Turner, Paul. The Life of Thomas Hardy: A Critical Biography. Oxford: Blackwell, 1998.
  • Weber, Carl J. Hardy of Wessex, his Life and Literary Career. New York: Columbia University Press, 1940.
  • Wilson, Keith. Thomas Hardy on Stage. London: Macmillan, 1995.
  • Wilson, Keith, ed. Thomas Hardy Reappraised: Essays in Honour of Michael Millgate. Toronto: University of Toronto Press, 2006.
  • Wotton, George. Thomas Hardy: Towards A Materialist Criticism. Lanham: Rowan & Littlefield, 1985.
  • Letter from Hardy to Bertram Windle, transcribed by Birgit Plietzsch, from CL, vol 2, pp.131–133 The letter is contained in the maps section of the TTHA website.
  • ALTICK, R. D. Victorian people and ideas. New York: Norton, 1973.
  • BARNARD, R. A short history of english literature. 2nd. ed. Oxford: Blackwell, 1995.
  • BURGESS, Anthony. A literatura inglesa. 2. ed. Tradução de Duda Machado. São Paulo: Ática, 2006.
  • CHAPMAN, R. The language of Thomas Hardy. Basingstoke: Macmillan, 1990.
  • COMPTON-RICKETT, Arthur. A history of English Literature. Londres: Nelson, 1966, pp. 29, 406, 541-546, 552, 553, 578, 658, 677.
  • EVANS, Sir Ifor. A short History of English Literature. Baltimore: Penguin Books, 1940, pp.73-74, 191, 194-196.
  • EVANS, Ifor. História da Literatura Inglesa. São Paulo: edições 70, 1976, pp. 129-130, 302, 305-306, 343, 409, 433, 434.
  • GREENSLADE, William. Degeneration, Culture and the Novel 1880-1940. Bristol: Cambridge University Press, 1994, pp. 6. 160-162
  • HUDSON, William Henry. An Outline History of English Literature. Londres: G. Bell and Sons, TLD, 1966, pp. 263- 290.
  • MORGAN, Rosemarie. Women and sexuality in the novels of Thomas Hardy. London; New York: Routledge, 1988.
  • PAGANINE, Carolina Geaquinto. Thomas Hardy: teoria estética e produção literária. Acta Scientiarum. Language and Culture. Maringá, 2014, p. 29-35.
  • PECK, John; COYLE, Martin. A Brief History of English Literature. Londres: Palgrave, 2002, pp. 194-197, 206-212, 224.
  • PRIESTLEY, J. B.; SPEAR, Josephine. Adventures in English Literature, vl.3. Nova Iorque: Harcourt, Brace & World, 1963, pp. 115, 258, 259, 360, 361.
  • SILVA, Isaías Eliseu da. De Wessex para o mundo: a universalidade de Tess of the d'Urbervilles. Revista Iluminart. São Paulo, 2013, p. 5-20.
  • SUMMERS, Della. Longman Dictionary of English Language and Culture. Harlow: Longman, 1998, p. 602
  • WILLIAMS, Raymond. O campo e a cidade: na história e na literatura. Tradução de Paulo Henriques Britto. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
  • The Literature Network, Thomas Hardy
  • Skoob, Charles Dickens
  • Skoob, Thomas Hardy
  • UOL Educação, Thomas Hardy
  • Facebook, Thomas Hardy
  • Facebook, Virginia Woolf
  • Thomas Hardy Society
  • An introduction to Thomas Hardy’s Wessex
  • Thomas Hardy’s Wessex


Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Thomas Hardy
  1. [1], Thomas Hardy Society. About Hardy.
  2. [2], Victoria Web, Thomas Hardy
  3. [3], Info Britain, Thomas Hardy
  4. [4], Poetry Foundation, Thomas Hardy
  5. [5], Thomas Hardy periódicos.
  6. [6], Thomas Hardy periódicos e publicações.
  7. [7], Estudiosa no Brasil sobre Thomas Hardy
  8. MORGAN, Rosemarie. Women and sexuality in the novels of Thomas Hardy. London; New York: Routledge, 1988.
  9. [8], IMDB