Topetinho-branco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTopetinho-branco

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Género: Lophornis
Espécie: L. adorabilis
Distribuição geográfica

O topetinho-branco (Lophornis adorabilis) é uma espécie de beija-flor dos "coquetes", tribo Lesbiini da subfamília Lesbiinae. É encontrado no Brasil, Costa Rica e no Panamá.[1]

Taxonomia e sistemática[editar | editar código-fonte]

Ao mesmo tempo, a coquete de crista branca e a coquete de crista negra (Lophornis helenae) foram colocadas no gênero Paphosia.[2] A coquete de crista branca é monotípica.[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A topetinho-branco tem cerca 7 cm (2.8 in) comprimento e pesa cerca de 2.7 g (0.095 oz). O macho adulto tem uma coroa frontal e traços de bronze acobreado, e a coroa tem uma crista branca ereta. A nuca e o dorso são verde-bronzeado; uma faixa branca separa o dorso da garupa de bronze arroxeado e das coberturas superiores da cauda. A cauda é castanho-avermelhada e as penas têm bordas de bronze. A garganta e as bochechas são verdes brilhantes e as últimas têm longos tufos finos. Uma faixa branca separa a garganta do peito canela-ruivo, barriga e abrigos infracaudais. Seu bico é vermelho com a ponta preta.[4]

A fêmea adulta é geralmente mais opaca que o macho e não possui a crista e os tufos nas bochechas. Seu rosto e coroa são de bronze escuro e a garganta e o peito são brancos com manchas verde-bronzeadas. A cauda é castanho-avermelhada com uma faixa preta perto da ponta. Sua maxila é preta e a mandíbula vermelha com ponta escura.

Os machos imaturos se assemelham à fêmea adulta, mas com uma garganta fortemente manchada de verde. As fêmeas imaturas se assemelham aos adultos com uma faixa menos distinta na cauda.[5]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrado no lado do Pacífico do sul da Costa Rica e um pouco no interior da Cordilheira Central e na encosta do Pacífico no extremo oeste do Panamá. Habita o interior e bordas de matas úmidas e matas secundárias mais altas; também ocorre em paisagens mais abertas, como ao longo de cercas vivas. Em elevação, varia do nível do mar até mais de 1,200 m (3,900 ft).[6]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Movimento[editar | editar código-fonte]

A coquete de crista branca parece ser um tanto nômade, passando o tempo em áreas com muitas árvores floridas e depois desaparecendo.[7]

Alimentando[editar | editar código-fonte]

A coquete-de-crista-branca alimenta-se de néctar, que é procurado principalmente na copa, mas também em níveis mais baixos nas bordas da floresta e nos jardins. Paira para se alimentar de néctar e de pequenos artrópodes que recolhe da folhagem.[8]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A coquete de crista branca se reproduz no início da estação seca, entre dezembro e fevereiro. Os machos cortejam com um vôo em arco lado a lado, de frente para uma fêmea empoleirada ou pairando. As fêmeas constroem um ninho em forma de xícara com penugem de planta e teia de aranha coberta de líquen e suspensa em um galho. O local é frequentemente exposto e ninhos foram vistos com altura de 18 m (59 ft) acima do solo. O tamanho da ninhada é de dois ovos; o emplumamento ocorre 21 a 22 dias após a eclosão.[9]

Vocalização[editar | editar código-fonte]

A coquete de crista branca produz um "líquido suave ao se alimentar".[10]

Estado de conservação[editar | editar código-fonte]

A IUCN avaliou o coquete de crista branca como sendo de menor preocupação. Sua população é estimada em pelo menos 20.000 indivíduos maduros, mas diminuindo.[11] "[Desmatamento e redução do habitat é a principal preocupação para estas e muitas outras espécies".[12]

Referências

  1. Miller, Matthew J. (dezembro de 2017). «HBW and BirdLife International Illustrated Checklist of the Birds of the World Volume 2: Passerines Josep del Hoyo, Nigel J. Collar. 2016. Lynx Edicions, Barcelona, 1013 pages, hundreds of color plates. ISBN 9788496553989. $269 (Hardcover).». Journal of Field Ornithology (4): 421–424. ISSN 0273-8570. doi:10.1111/jofo.12232. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  2. Arizmendi, M. d.
  3. Hoffmann, W; Bach, T C; Seliger, H; Kreil, G (1983). «Biosynthesis of caerulein in the skin of Xenopus laevis: partial sequences of precursors as deduced from cDNA clones.». The EMBO Journal (1): 111–114. ISSN 0261-4189. PMID 11894896. doi:10.1002/j.1460-2075.1983.tb01390.x. Consultado em 28 de novembro de 2022 
  4. Causes of evolution : a paleontological perspective. Robert M. Ross, Warren D. Allmon. Chicago: University of Chicago Press. 1990. OCLC 21560941 
  5. Gutiérrez-Vannucchi, Ana Cecilia; Obregón- Apéstegui, Ximena (4 de março de 2020). «White-crested Coquette (Lophornis adorabilis)». Cornell Lab of Ornithology. Birds of the World. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  6. Sclater, Philip Lutley (1862). Catalogue of a collection of American birds. London: N. Trubner and Co 
  7. Parker, Charles Thomas; Garrity, George M (1 de janeiro de 2003). «Exemplar Abstract for Calidifontibacillus oryziterrae (Bao et al. 2017) Adiguzel et al. 2020 pro synon. Schinkia oryziterrae (Bao et al. 2017) Gupta et al. 2020, Bacillus oryziterrae Bao et al. 2017 and Schinkia oryziterrae (Bao et al. 2017) Gupta et al. 2020.». The NamesforLife Abstracts. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  8. Williamson, Sheri (2001). A field guide to hummingbirds of North America. Boston: Houghton Mifflin. OCLC 46660593 
  9. «A field guide to hummingbirds of North America». Choice Reviews Online (10): 39–5821-39-5821. 1 de junho de 2002. ISSN 0009-4978. doi:10.5860/choice.39-5821. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  10. Gutiérrez-Vannucchi, Ana Cecilia; Obregón- Apéstegui, Ximena (2020). «White-crested Coquette (Lophornis adorabilis), version 1.0». Birds of the World (em inglês). doi:10.2173/bow.whccoq1.01. Consultado em 27 de novembro de 2022 
  11. BirdLife International (2020). "White-crested Coquette Lophornis adorabilis". IUCN Red List of Threatened Species. 2021: e.T22687247A167009879. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-3.RLTS.T22687247A167009879.en. Retrieved 17 February 2022.
  12. Gutiérrez-Vannucchi, A. C. and X. Obregón- Apéstegui (2020).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]