Transmigração

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Transmigração é uma doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de um período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida.

Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria, para os espíritas, interpretando o contéudo do Livro dos Espíritos (1857), estruturado por Allan Kardec (1804-1869), um retroagir na evolução alcançada, portanto nada provável de acontecer; em segundo lugar, já não sendo afirmação espírita, essa transmigração não se opera senão na Terra. Os espíritas compreendem o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma alcançou uma condição mais superior na hierarquia de evolução no reino animal na Terra, que as diferentes existências podem realizar-se quer na Terra, quer, seguindo uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que a alma se torne um espírito puro ou, em outras palavras, por falta de uma descrição melhor, um espírito dotado de todas as plenitudes e liberado de todas as limitações.

A transmigração observa a regularidade do desenvolvimento biológico em primeiro plano. De acordo com a tradição espiritualista esotérica, uma alma pode vir a ser condenada a passar a reencarnar em corpos animais subumanos caso se demonize. Além disso, nos casos de perda planetária e consequente transmigração planetária, pode ocorrer de humanidades inteiras passarem a reencarnar sob a forma de entidades infra-humanas como dinossauros ou mesmo trilobites, por exemplo.

Ícone de esboço Este artigo sobre religião é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.