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Tito Lucrécio
Lucretius De Rerum Natura 1675 page 1

Tito Lucrécio Caro (99-55 a. C) foi poeta, filósofo latino e pouco se conhece sobre sua vida. Sabe-se que viveu no século I a.C, morou e foi educado em Roma , onde vivenciou a época em que a antiga religião romana havia perdido sua forte influência nas classes cultas, prevalecendo um ceticismo generalizado[1] . Ele fez um poema chamado De rerum natura (Sobre a natureza das coisas)[2], em que sua composição é inacabável, pois o poema necessitou de uma revisão completa antes de sua publicação. A revisão teria sido feita por Cícero e seu irmão Quinto.A obra foi dividida em seis livros,sendo que os dois primeiros livros tratam-se a discorrer sobre os átonos; o terceiro e o quarto livro falam sobre a alma(a mortalidade da alma,o pensamento e a sensações); o quinto e o sexto, do mundo(a criação e a história do mundo, os fenômenos celestes e terrestres)[3]. Para Lucrécio a filosofia de Epicuro de Samos[4] era a chave que poderia desvendar os segredos do universo e garantir a felicidade humana. Além de fonte para o conhecimento do epicurismo, o poema de Lucrécio tem grande importância literária[5]. Na filosofia sua preocupação está em torno do homem no seu campo de ação e também com o mundo em torno de nós, isso até o ponto que pode-se compreendê-lo. Além disso, foi um pensador da onda helênica, em que coloca a compreensão primeiro, filosoficamente e esteticamente. Lucrécio morreu aos quarenta e quatro anos, sua morte foi descrita por São Jerônimo, como um resultado de uma porção do amor ou um veneno qualquer[6].

De Rerum Natura[editar | editar código-fonte]

O livro De rerum natura foi traduzido para o latim por Cícero e pelo latinista Agostinho da Silva, este publicado no volume V da coleção Os Pensadores da editora Abril Cultural [7]. Lucrécio apresenta a teoria de que a luz visível seria composta de pequenas partículas. Porém essa teoria é incompleta, apesar de bastante consistente, é uma espécie de visão antiga da atual teoria dos fótons. Além disso, nesse poema Lucrécio sustenta a ideia da existência de criaturas vivas que apesar de invisíveis, teriam a capacidade de causar doenças. Essa ideia representa na realidade a base da microbiologia[8]. O poeta condena a vida faustosa e artificial de sua época, e contrasta com ela as alegrias derivadas do gosto simples e das belezas naturais. O estilo de Lucrécio tem influência dos antigos poetas latinos - Ênio, Névio, Pacúvio e Ácio -, e há na obra indícios de que lhe faltou um acabamento final [2]. O poema é uma peça de composição polêmica e séria, escrita mais no intuito de instruir e convencer do que agradar, e a maior parte de seu conteúdo não está voltado para um tratamento poético. O estilo imponente de Lucrécio[9] harmoniza-se com a magnitude do tema, e o arrebatamento de sua contemplação reverente da natureza.

Tradução[editar | editar código-fonte]

O poema de rerum natura( A natureza das coisas)[10] foi traduzido do original latino para o português por Antônio José Leitão (1856-1987). Os outros seis livros sobre a natureza das coisas de Lucrécio, foi traduzido para o português por Agostinho de Mendonça Falcão. Esses livros no Brasil são tidos como raros. Sabendo que, a tradução recente de Agostinho da Silva editada no Brasil é: De natureza, Ediouro, 1986.

Referências

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]