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O jacuguaçu ou jacuaçu (Penelope obscura) é uma ave da família dos cracídeos, que habita a Mata Atlântica no Brasil, nas regiões Sudeste e Sul do país. Sua área de distribuição estende-se também à Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Índice

 1 Etimologia
2 Características
3 Distribuição geográfica e habitat 
4 Referências
5 Bibliografia

Etimologia[editar código-fonte]

"Jacuguaçu" é originário da junção dos termos tupis ya'ku (jacu) e wa'su (grande), significando, portanto, "jacu grande".

Ca Parece vagamente um pavão - daí seu nome castelhano pava de monte - pelo tamanho e pelo corpo e pescoço alongados - que facilitam o seu acesso aos frutos, já que permitem-lhe introduzir o corpo e/ou a cabeça entre a ramagem - mas distingue-se do pavão pela ausência de cauda longa, de plumagem brilhante, e de dimorfismo sexual acentuado. Possui barbelas pouco desenvolvidas, não tendo crista, e uma plumagem basicamente escura, entre o preto e o marrom. Tem olhos vermelhos. Distingue-se da sua parente próxima, a jacupemba (Penelope superciliaris), por ser maior e possuir patas de cor escura, puxando para o cinza (daí o seu nome científico, obscura) enquanto a jacupemba é menor (55 cm.) e possui patas avermelhadas.

Mede aproximadamente 73 cm, alimenta-se de frutos, folhas e animais invertebrados. Os jacus tem preferencias pelo fruto, folhas e brotos do murici e da caneleira, e agem como dispersor de sementes para diversas palmeiras,como a Euterpe edulis, ou as palmeiras do gênero Syagrus.

Apesar de seu porte, voa e se esgueira agilmente entre a densa vegetação das copas das árvores. Vive em pequenos bandos familiares (casal e filhotes). Sua vocalização consiste em sons peculiares, semelhantes a grasnidos e ao cacarejo de forma intermitente. Apesar do tamanho, possui voo silencioso, deslocando-se de manhã e no final da tarde na copa de árvores em busca de frutos de espécies nativas, como a jabuticaba, a pitanga, o palmito, a amora e a embaúba (Cecropia spp.) ou mesmo exóticas, como o jamelão ou o caqui, atuando como um importante dispersor de sementes, mesmo em florestas secundárias. Caminha longas distâncias na floresta e frequenta pomares em bordas de mata. Pode vir a alimentar-se no chão e também danificar hortas ao alimentar-se de hortaliças cultivadas. Esta capacidade de adaptação é que parece ter preservado a espécie, que é ainda relativamente abundante no Sudeste do Brasil, mesmo fora do sistema de unidades de proteção, enquanto outras espécies da guilda regional de cracídeos - o mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii) e a jacutinga (Pipile jacutinga) - encontram-se extintas fora de algumas poucas áreas protegidas. Empoleira-se facilmente nos ramos mais finos, apesar do tamanho. É espécie cinegética, sendo atraído pelo caçador através de um pio específico.

Distribuição Geográfica e habitat

O jacuguaçu é presente em matas e montanhas no sudeste do Brasil, desde o Rio de Janeiro até Santa Catarina e também ao leste de Minas Gerais. Outras áreas de distribuição do Jacu é o nordeste da Argentina e sul do Paraguai e Uruguai.[1][2]


Referências[editar | editar código-fonte]

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. p. 979,40,871
  1. Neves, Valéria Pequeno Pedrosa (8 de dezembro de 1988). «Aspectos da Ontogenia do Jacu-guaçu (Penelope obscura bronzina Hellmayr, 1914), segundo levantamento em cativeiro». Dissertação, UFRJ. Consultado em 8 de agosto de 2019 
  2. «As aves dos campos gerais». pesquisa,UEPG. 2007  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)