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O naufrágio da baleeira Vascaína se deu em ..., quando a baleeira de 12 remos denominada Vascaína, de propriedade do Club de Regatas Vasco da Gama, que rumava a Icaraí, virou devido a uma forte ventania. Os remadores ficaram à deriva por três horas, até que seus gritos de socorro fossem ouvidos na praia de Gragoatá, onde dois pescadores partiram em auxílio. Dos treze tripulantes, nove foram salvos e quatro faleceram. Foram encontrados os corpos de apenas dois dos quatro falecidos.

O incidente foi bastante discutido na época. Segundo a imprensa local, a cidade do Rio de Janeiro, na época capital federal, foi possuída por "um grande pesar" em razão da tragédia.[1]


O naufrágio também repercutiu em Portugal, de onde vieram presentes e homenagens aos pescadores que atuaram no resgate. O Rei de Portugal da época, Carlos I, agraciou os pescadores com duas medalhas de ouro.[2]

Baleeira Vascaína[editar | editar código-fonte]

A baleeira foi construída no "estaleiro do Sr. Adriano", segundo os jornais da época, localizado no bairro de Santo Cristo, e teria custado um milhão e duzentos mil réis.[3] O barco foi lançado ao mar pela primeira vez no dia 1 de julho, em solenidade de "batismo", na qual participaram os sócios do clube e uma flotilha de barcos. O Jornal Semana Sportiva descreveu o evento como "imponente", e o conjunto de barcos vascaínos um "belíssimo espetáculo". Sobre a baleeira, o jornal apontou que a Vascaína parecia um "excelente barco" e que "muito honra seu construtor, o velho artista Sr. Adriano". [3]

A baleeira foi finalizada a tempo de participar do Campeonato de Remo do mesmo ano, no 7º páreo (baleeiras a 12 remos) na categoria juniors, competindo com o barco Vaga, do Clube de Regatas Guanabara, Paz, da equipe Natação e Amazonas, do Clube de Regatas Boqueirão do Passeio.[4][5] A disputa se deu em 12 de agosto, na enseada de Botafogo, sendo vencida pela baleeira vascaína, com o tempo de 4 minutos e 8 segundos.[6] A performance vascaína foi elogiada pela imprensa: o jornal O Paiz afirmou que a baleeira venceu a disputa de forma "brilhantemente",[7]; no mesmo sentido, o Jornal Semana Sportiva afirmou que a Vascaína fez "brilhante carreira".[8] Eram os integrantes da baleeira cruzmaltina: F. d'Oliveira (patrão), J. B. de Mello, A. Mesquita, L. Coineci, G. Rodrigues, J. Brito, A. Freitas, J. Barbosa, A. de Moura, Augusto Couto, M. Marques, J. Carvalho e M. Soares.[4][5]

O barco cruzmaltino ainda participaria de diversas disputas no ano de 1901: no dia 16 de junho, participou de regata com outros 18 competidores, sendo classificada pelo jornal O Paiz como um dos "azarões".[9] Em 6 de outubro, a baleeira ficou em 3º lugar no páreo

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_03&Pesq=%22Vasca%c3%adna%22&pagfis=3228

Em 21 de (que mês? está ilegível) participou http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=364568_09&pesq=%22vasca%C3%ADna%22&pasta=ano%20190&pagfis=2715 http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=364568_09&pesq=%22vasca%C3%ADna%22&pasta=ano%20190&pagfis=3363

Evento do Vasco: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=116300&pesq=%22vasca%C3%ADna%22&pasta=ano%20190&pagfis=52



Incidente[editar | editar código-fonte]

A baleeira adentrou a Baía de Guanabara às 2 horas da tarde do dia 18 de maio de 1902, rumando em direção à Icaraí.[10] Passada uma hora do trajeto, fortes ventos começaram a soprar da baía, tornando a travessia difícil. Na altura da Ilha de Villegagnon os remadores já se encontravam em dificuldades para manter o barco.[10] Com a ventania, a baleeira não conseguia avançava, sendo atirada de um lado para o outro pelas ondas. Os tripulantes ficaram nessa situação, à deriva, por três horas, quando uma onda virou a embarcação, jogando seus integrantes ao mar.

Uma criança, de nome, ...[nota 1]

Consequências[editar | editar código-fonte]

A forte ventania do dia não fez vítimas apenas entre a baleeira vascaína; o jornal O Paiz noticiou que outra baleeira naufragou em frente ao Morro da Viúva, falecendo um de seus tripulantes.[10]

Muitos órgãos de imprensa enviaram notas de pesares ao Vasco, tais como ... a revista Tagarela,[1]

... O Congresso Central União dos Operários do Brazil, uma das centrais trabalhadoras da época, emitiu voto de pesar em razão da catástrofe e declarou luto de oito dias. http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=178691_03&Pesq=%22Vasca%c3%adna%22&pagfis=4320. O Jornal do Brasil

O Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Sabino Barroso, propôs ao Presidente da República, Campos Sales, que fosse concedida aos pescadores medalha humanitária como homenagem a sua atuação no resgate dos náufragos.[11]

No dia 25 de maio foi feita uma grande recepção aos pescadores na sede do Vasco. Moreno e Silveira remaram até a sede do clube, na mesma canoa que utilizaram para salvar os integrantes da baleeira. Ao chegarem, a canoa foi levada pelos sócios vascaínos até o pavilhão, onde se deu a manifestação. Nessa, os pescadores foram agraciados com títulos de sócios honorários do Vasco, sendo ainda concedidas medalhas pelo Presidente da República, Campos Salles. [12]

No ano seguinte, no dia 25 de julho, Vasco inaugurou, em sessão solene, retrato do náufrago falecido Luís Ferreira Carvalho. Na mesma ocasião, Moreno e Silveira foram agraciados com duas medalhas de ouro, oferecidas pelo Rei de Portugal, Carlos I. As medalhas foram entregues pelo conselheiro Camelo Lampreia, em nome de D. Carlos.[2]

Buscas pelos corpos[editar | editar código-fonte]

Foram feitas várias tentativas para se encontrar os corpos dos quatro remadores falecidos.

Notas

  1. Registro de "crianças"

Referências

  1. a b «Rowing: Club Vasco da Gama». Revista Tagarela. 24 de maio de 1902. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  2. a b «Rowing». Revista O Malho. 4 de julho de 1903. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  3. a b «Rowing». Semana Sportiva. 7 de julho de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  4. a b «Rowing». Jornal A Imprensa, edição nº 669. 6 de agosto de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  5. a b «Rowing». Jornal O Paiz, edição nº 5.780. 4 de agosto de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  6. «Rowing». Jornal A Imprensa, edição nº 669. 13 de agosto de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  7. «A regata do campeonato». Jornal O Paiz, edição nº 5.789. 13 de agosto de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  8. «Rowing: a regata do campeonato». Semana Sportiva. 18 de agosto de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  9. «Rowing: A regata de hoje». Jornal O Paiz, edição nº 6.095. 16 de junho de 1900. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  10. a b c «Recreio de morte: naufrágio da "vascaína"». Jornal O Paiz, edição nº 6.432. 19 de maio de 1902. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  11. «Câmara dos Deputados». Cidade do Rio. 22 de maio de 1902. Consultado em 13 de agosto de 2020 
  12. «"A Vascaína": os salvadores». Jornal Cidade do Rio. 26 de maio de 1902. Consultado em 13 de agosto de 2020